Análise paleomagnética de basaltos localizados entre a Formação Botucatu e os arenitos asfálticos da Formação Pirambóia na Bacia do Paraná, sudoeste do estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Triburcia, Thomás Peixe [UNESP]
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/244467
Resumo: Na Bacia do Paraná, a grande maioria de ocorrências de hidrocarbonetos se encontram na Formação Pirambóia, uma unidade geológica composta principalmente por arenitos. A distribuição de hidrocarbonetos nessa formação sugere que a migração ocorreu seguindo o contato das intrusões basálticas. Estratigraficamente acima da Formação Pirambóia encontra-se a Formação Botucatu, também composta por rochas areníticas. A existência de hidrocarbonetos apenas na Formação Pirambóia, sem alguma evidência de ocorrência na Formação Botucatu, foi explicada pela hipótese que existiu um pulso magmático mais antigo do que a Formação Botucatu e, portanto, também mais antigo do que a Formação Serra Geral. Esse pulso teria sido responsável pela geração e migração de hidrocarbonetos da Formação Irati para a Formação Pirambóia, quando ainda não havia se depositado a Formação Botucatu. Para testar essa hipótese foi escolhida a área de Angatuba, onde uma camada basáltica encontra-se entre as Formações Pirambóia e Botucatu. Foram utilizados os princípios do paleomagnetismo, que se baseiam na magnetização remanescente natural (NRM) de rochas sedimentares e ígneas. Tal magnetização é influenciada pelo campo geomagnético que agia durante os processos geológicos que levaram à formação da rocha. A partir da média de componentes primárias dessa magnetização, foi calculado o polo geomagnético virtual (VGP) para cada sítio de amostragem e, consequentemente, a partir do conjunto de VGPs de todos os sítios, foi possível encontrar o polo paleomagnético para o basalto de Angatuba. Posteriormente, esse polo paleomagnético foi comparado ao caminho de migração aparente de polos paleomagnéticos (APW) do bloco tectônico do Paraná, já estudado e disponível em literaturas, para conseguir uma idade aproximada. Para o basalto de Angatuba, foi inferida uma idade de aproximadamente 140 Ma, (Cretáceo Inferior). As análises feitas em sítios sedimentares, a fim de comparação com as rochas do derrame, resultaram em uma idade de 190 Ma (Jurássico Inferior) para a Formação Pirambóia e 215 Ma (Triássico Superior) para a Formação Teresina. Os resultados para as duas últimas formações foram considerados não confiáveis, enquanto os resultados para as rochas basálticas foram considerados razoavelmente bons e satisfatórios. Como resultado desse estudo, a hipótese de um derrame basáltico anterior à Formação Serra Geral não foi verificada na região de Angatuba.
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A existência de hidrocarbonetos apenas na Formação Pirambóia, sem alguma evidência de ocorrência na Formação Botucatu, foi explicada pela hipótese que existiu um pulso magmático mais antigo do que a Formação Botucatu e, portanto, também mais antigo do que a Formação Serra Geral. Esse pulso teria sido responsável pela geração e migração de hidrocarbonetos da Formação Irati para a Formação Pirambóia, quando ainda não havia se depositado a Formação Botucatu. Para testar essa hipótese foi escolhida a área de Angatuba, onde uma camada basáltica encontra-se entre as Formações Pirambóia e Botucatu. Foram utilizados os princípios do paleomagnetismo, que se baseiam na magnetização remanescente natural (NRM) de rochas sedimentares e ígneas. Tal magnetização é influenciada pelo campo geomagnético que agia durante os processos geológicos que levaram à formação da rocha. A partir da média de componentes primárias dessa magnetização, foi calculado o polo geomagnético virtual (VGP) para cada sítio de amostragem e, consequentemente, a partir do conjunto de VGPs de todos os sítios, foi possível encontrar o polo paleomagnético para o basalto de Angatuba. Posteriormente, esse polo paleomagnético foi comparado ao caminho de migração aparente de polos paleomagnéticos (APW) do bloco tectônico do Paraná, já estudado e disponível em literaturas, para conseguir uma idade aproximada. Para o basalto de Angatuba, foi inferida uma idade de aproximadamente 140 Ma, (Cretáceo Inferior). As análises feitas em sítios sedimentares, a fim de comparação com as rochas do derrame, resultaram em uma idade de 190 Ma (Jurássico Inferior) para a Formação Pirambóia e 215 Ma (Triássico Superior) para a Formação Teresina. Os resultados para as duas últimas formações foram considerados não confiáveis, enquanto os resultados para as rochas basálticas foram considerados razoavelmente bons e satisfatórios. Como resultado desse estudo, a hipótese de um derrame basáltico anterior à Formação Serra Geral não foi verificada na região de Angatuba.In the Paraná Basin, most hydrocarbon occurrences are found in the Pirambóia Formation, a geological unit composed mainly of sandstones. The distribution of hydrocarbons in this formation suggests that the migration occurred following the contact of basaltic intrusions. Stratigraphically above the Pirambóia Formation is the Botucatu Formation, also composed of sandstones. The existence of hydrocarbons only in the Pirambóia Formation, without any evidence of occurrence in the Botucatu Formation, was explained by the hypothesis that there was a magmatic pulse older than the Botucatu Formation and therefore older than the Serra Geral Formation. This pulse would have been responsible for the generation and migration of hydrocarbons from the Irati Formation to the Pirambóia Formation, when the Botucatu Formation had not yet been deposited. To test this hypothesis, the Angatuba area was chosen, where a basaltic layer lies between the Pirambóia and Botucatu Formations. The principles of paleomagnetism, which are based on the natural remanant magnetization (NRM) of sedimentary and igneous rocks, were used. This magnetization is influenced by the geomagnetic field that acted during the geological processes that led to the formation of the rock. From the average of the primary components of this magnetization, the virtual geomagnetic pole (VGP) was calculated for each sampling site and, consequently, from the set of VGPs from all sites, it was possible to find the paleomagnetic pole for the Angatuba basalt. Subsequently, this paleomagnetic pole was compared to the apparent paleomagnetic pole migration path (APW) of the Paraná tectonic block, already studied and available in the literature, to get an approximate age. For the Angatuba basalt, an age of about 140 Ma was inferred (Lower Cretaceous). Analyses made on sedimentary sites, to compare them with the rocks from the extrusion event, resulted in an age of 190 Ma (Lower Jurassic) for the Pirambóia Formation and 215 Ma (Upper Triassic) for the Teresina Formation. The results for the latter two formations were considered unreliable, while the results for the basaltic rocks were considered reasonably good and satisfactory. As a result of this study, the hypothesis of a basaltic extrusion event prior to the Serra Geral Formation was not verified in the Angatuba region.Não recebi financiamentoUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Scardia, Giancarlo [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Triburcia, Thomás Peixe [UNESP]2023-07-07T17:57:34Z2023-07-07T17:57:34Z2023-07-04info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/244467porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-10-08T06:02:19Zoai:repositorio.unesp.br:11449/244467Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-05-23T11:47:25.906956Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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