Doenças bucais e hábitos de sucção: qualidade de vida de crianças participantes de projeto social
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/11449/251111 |
Resumo: | As doenças bucais são comuns durante a infância e causam prejuízos na qualidade de vida das crianças e adolescentes. Nesse contexto, objetivou-se verificar o perfil familiar, higienização bucal, prevalência de cárie dentaria, maloclusão e de periodontopatias, impacto da saúde bucal na qualidade de vida e presença de hábitos bucais em crianças e adolescentes integrantes de um projeto social de Araçatuba-SP. Analisou-se a ficha de cadastro das famílias das crianças e adolescentes participantes do projeto para averiguar o perfil socioeconômico das mesmas. A higienização bucal foi verificada por meio do cálculo do Índice de Higiene Oral Simplificado. Realizou-se levantamento epidemiológico de cárie dentária por meio dos índices ceod e CPOD e de Necessidade de tratamento. Utilizou-se o Índice de Maloclusão, em crianças com até 10 anos e o Índice de Estética Dental em crianças com 11 anos ou mais, para verificar a presença de anormalidades dento faciais. Avaliou-se alterações periodontais por meio do Índice Periodontal Comunitário em crianças acima de 10 anos. Foi aplicada a Escala de Faces de Andrews para observar a percepção das crianças e adolescentes em relação a fatores relacionados à saúde bucal. Nos pais ou responsáveis aplicou-se um questionário sobre hábitos bucais e o questionário de qualidade de vida relacionada à saúde bucal de crianças na idade pré-escolar. Na maioria dos casos, os escolares moravam em quatro pessoas na casa (43,3%) e sem a presença do pai no núcleo familiar (51%). Em relação ao nível de escolaridade, a mãe (58,3%) e o pai (44%) estudaram até o ensino médio completo e a renda familiar era entre 1 e 2 salários mínimos (72,1%). 51 (34%) e 44 (45,8%) dos pesquisados apresentavam o índice ceod e CPOD maior que 0, respectivamente; sendo o componente “cariado” o de maior porcentagem em ambos os índices. Tanto nas crianças em idade pré-escolar, quanto nas em idade escolar, a necessidade de tratamento era restauração de uma superfície dental (67,7% e 53%, respectivamente). A maior parte da população pesquisada tinha nível de higienização na faixa “regular” (74,5%) e anormalidades dento faciais em diferentes graus (57,3%). Observou-se cálculo em um ou dois sextantes em 21% e 6% dos escolares, respectivamente. Nas crianças que apresentavam hábitos, 65% eram de sucção. Não foi observada associação entre a percepção de hábitos de sucção e ocorrência de maloclusão, com o oferecimento de chupeta. A saúde bucal influenciou na qualidade de vida das crianças e adolescentes, em especial no domínio “Sintomas”, além de apresentar impacto sobre a família, especialmente no domínio “Angústia dos pais”. Conclui-se que os participantes do projeto social integram famílias de baixo nível socioeconômico e estão inseridos em um ambiente que pode dificultar a prevenção de doenças. Apesar disso, apresentam percepção positiva em relação a aspectos relacionados a saúde bucal. A prevalência de cárie é baixa e as necessidades de tratamento menos complexas. No entanto, a de maloclusões e hábitos bucais é alta. A higienização bucal mostrou-se regular apresentando sextantes com cálculo dentário. A saúde bucal influenciou na qualidade de vida tanto das crianças, quanto dos pais. |
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Doenças bucais e hábitos de sucção: qualidade de vida de crianças participantes de projeto socialOral diseases and sucking habits: quality of life of children participating in a social programEnfermedades bucales y hábitos de succión: calidad de vida de niños participantes en un proyecto social.CriançasCáries dentáriasMá oclusãoQualidade de vidaUsos e costumesDental cariesAs doenças bucais são comuns durante a infância e causam prejuízos na qualidade de vida das crianças e adolescentes. Nesse contexto, objetivou-se verificar o perfil familiar, higienização bucal, prevalência de cárie dentaria, maloclusão e de periodontopatias, impacto da saúde bucal na qualidade de vida e presença de hábitos bucais em crianças e adolescentes integrantes de um projeto social de Araçatuba-SP. Analisou-se a ficha de cadastro das famílias das crianças e adolescentes participantes do projeto para averiguar o perfil socioeconômico das mesmas. A higienização bucal foi verificada por meio do cálculo do Índice de Higiene Oral Simplificado. Realizou-se levantamento epidemiológico de cárie dentária por meio dos índices ceod e CPOD e de Necessidade de tratamento. Utilizou-se o Índice de Maloclusão, em crianças com até 10 anos e o Índice de Estética Dental em crianças com 11 anos ou mais, para verificar a presença de anormalidades dento faciais. Avaliou-se alterações periodontais por meio do Índice Periodontal Comunitário em crianças acima de 10 anos. Foi aplicada a Escala de Faces de Andrews para observar a percepção das crianças e adolescentes em relação a fatores relacionados à saúde bucal. Nos pais ou responsáveis aplicou-se um questionário sobre hábitos bucais e o questionário de qualidade de vida relacionada à saúde bucal de crianças na idade pré-escolar. Na maioria dos casos, os escolares moravam em quatro pessoas na casa (43,3%) e sem a presença do pai no núcleo familiar (51%). Em relação ao nível de escolaridade, a mãe (58,3%) e o pai (44%) estudaram até o ensino médio completo e a renda familiar era entre 1 e 2 salários mínimos (72,1%). 51 (34%) e 44 (45,8%) dos pesquisados apresentavam o índice ceod e CPOD maior que 0, respectivamente; sendo o componente “cariado” o de maior porcentagem em ambos os índices. Tanto nas crianças em idade pré-escolar, quanto nas em idade escolar, a necessidade de tratamento era restauração de uma superfície dental (67,7% e 53%, respectivamente). A maior parte da população pesquisada tinha nível de higienização na faixa “regular” (74,5%) e anormalidades dento faciais em diferentes graus (57,3%). Observou-se cálculo em um ou dois sextantes em 21% e 6% dos escolares, respectivamente. Nas crianças que apresentavam hábitos, 65% eram de sucção. Não foi observada associação entre a percepção de hábitos de sucção e ocorrência de maloclusão, com o oferecimento de chupeta. A saúde bucal influenciou na qualidade de vida das crianças e adolescentes, em especial no domínio “Sintomas”, além de apresentar impacto sobre a família, especialmente no domínio “Angústia dos pais”. Conclui-se que os participantes do projeto social integram famílias de baixo nível socioeconômico e estão inseridos em um ambiente que pode dificultar a prevenção de doenças. Apesar disso, apresentam percepção positiva em relação a aspectos relacionados a saúde bucal. A prevalência de cárie é baixa e as necessidades de tratamento menos complexas. No entanto, a de maloclusões e hábitos bucais é alta. A higienização bucal mostrou-se regular apresentando sextantes com cálculo dentário. A saúde bucal influenciou na qualidade de vida tanto das crianças, quanto dos pais.Oral diseases are common during childhood and cause harm to the quality of life of children and adolescents. In this context, the objective was to verify the family profile, oral hygiene, prevalence of dental caries, malocclusion and periodontal disease, impact of oral health on quality of life and presence of oral habits in children and adolescents participating in a social problem in Araçatuba-SP. The registration form of the families of children and adolescents participating in the project was analyzed to ascertain their socioeconomic profile. Oral hygiene was verified by calculating the Simplified Oral Hygiene Index. An epidemiological survey of dental caries was carried out using the dmft and DMFT indices and Need for treatment. The Malocclusion Index was used in children up to 10 years old and the Dental Aesthetics Index in children aged 11 years and over, to check the presence of dentofacial abnormalities. Periodontal changes were evaluated using the Community Periodontal Index in children over 10 years of age. The Andrews Face Scale was applied to observe the perception of children and adolescents in relation to factors related to oral health. Parents or guardians were given a questionnaire on oral habits and a questionnaire on quality of life related to the oral health of preschool children. In most cases, students lived with four people in the house (43.3%) and without the presence of their father in the family unit (51%). Regarding the level of education, the mother (58.3%) and father (44%) studied until completing high school and the family income was between 1 and 2 minimums (72.1%). 51 (34%) and 44 (45.8%) of those surveyed had a dmft and DMFT index greater than 0, respectively; with the “decayed” component having the highest percentage in both indices. In both preschool and school-age children, the need for treatment was restoration of a tooth surface (67.7% and 53%, respectively). The majority of the population surveyed had a hygiene level in the “regular” range (74.5%) and dentofacial abnormalities of varying degrees (57.3%). Dental calculus in one or two sextants was observed in 21% and 6% of students, respectively. In children 65% were sucking habits. No association was observed between the perception of sucking habits and the occurrence of malocclusion, with the offering of a pacifier. Oral health influenced the quality of life of children and adolescents, especially in the “Symptoms” domain, in addition to having an impact on the family, especially in the “Parental distress” domain. It is concluded that the participants in the social project are part of families of low socioeconomic status and are inserted in an environment that can make disease prevention difficult. Despite this, they have a positive perception regarding aspects related to oral health. The prevalence of caries is low and treatment needs are less complex. However, the rate of malocclusions and oral habits is high. Oral hygiene proved to be regular, presenting sextants with dental calculus. Oral health influences the quality of life of both children and parents.Las enfermedades bucales son comunes durante la infancia y causan daños a la calidad de vida de niños y adolescentes. En este contexto, el objetivo fue verificar el perfil familiar, higiene bucal, prevalencia de caries dental, maloclusión y enfermedad periodontal, impacto de la salud bucal en la calidad de vida y presencia de hábitos bucales en niños y adolescentes participantes de un proyecto social en Araçatuba. - SP. Se analizó el formulario de registro de las familias de niños, niñas y adolescentes participantes en el proyecto para conocer su perfil socioeconómico. La higiene bucal se verificó mediante el cálculo del Índice Simplificado de Higiene Bucal. Se realizó una encuesta epidemiológica de caries dental utilizando los índices ceod, CPOD y Necesidad de tratamiento. Se utilizó el Índice de Maloclusión en niños de hasta 10 años y el Índice de Estética Dental en niños de 11 años y más, para comprobar la presencia de anomalías dentofaciales. Los cambios periodontales se evaluaron mediante el Índice Periodontal Comunitario en niños mayores de 10 años. Se aplicó la Escala de Cara de Andrews para observar la percepción de niños y adolescentes en relación a factores relacionados con la salud bucal. A los padres o tutores se les aplicó un cuestionario sobre hábitos bucales y un cuestionario sobre calidad de vida relacionada con la salud bucal de los niños en edad preescolar. En la mayoría de los casos, los estudiantes vivían con cuatro personas en la casa (43,3%) y sin la presencia del padre en la unidad familiar (51%). En relación al nivel de escolaridad, la madre (58,3%) y el padre (44%) tenían secundaria completa y el ingreso familiar se encontraba entre 1 y 2 mínimos (72,1%). 51 (34%) y 44 (45,8%) de los encuestados tenían un índice ceod y CPOD mayor a 0, respectivamente; siendo el componente “decaído” el que tiene el mayor porcentaje en ambos índices. Tanto en niños en edad preescolar como en edad escolar, la necesidad de tratamiento fue la restauración de la superficie del diente (67,7% y 53%, respectivamente). La mayoría de la población encuestada presentó un nivel de higiene en el rango “regular” (74,5%) y anomalías dentofaciales de diversos grados (57,3%). El cálculo en uno o dos sextantes se observó en el 21% y el 6% de los estudiantes, respectivamente. De los niños que tenían hábitos, el 65% de succíon . No se observó asociación entre la percepción de hábitos de succión y la aparición de maloclusión, con el ofrecimiento de chupete. La salud bucal influyó en la calidad de vida de niños y adolescentes, especialmente en el dominio “Síntomas”, además de tener impacto en la familia, especialmente en el dominio “Angustia parental”. Se concluye que los participantes del proyecto social forman parte de familias de bajo nivel socioeconómico y están insertos en un entorno que puede dificultar la prevención de enfermedades. A pesar de ello, tienen una percepción positiva respecto a aspectos relacionados con la salud bucal. La prevalencia de caries es baja y las necesidades de tratamiento son menos complejas. Sin embargo, el índice de maloclusiones y hábitos bucales es elevado. La higiene bucal resultó ser regular, presentando sextantes con cálculo dental. La salud bucal influye en la calidad de vida tanto de los niños como de los padres.Universidade Estadual Paulista (Unesp)Martins, Ronald Jefferson [UNESP]Silva, Carolina Enemoto [UNESP]2023-10-25T21:18:50Z2023-10-25T21:18:50Z2023-10-09info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfSilva, C. E. Doenças bucais e hábitos de sucção: qualidade de vida de crianças participantes de projeto social. 2023. 58 f. Trabalho de conclusão de curso – Faculdade de Odontologia de Araçatuba, Universidade Estadual Paulista, Araçatuba, 2023.https://hdl.handle.net/11449/251111porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-12-14T06:25:25Zoai:repositorio.unesp.br:11449/251111Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T20:21:48.286819Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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