Conjugação e validação de controle isotípico IgG1-FITC para uso em citometria de fluxo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Golim, Márjorie de Assis [UNESP]
Data de Publicação: 2007
Outros Autores: Deffune, Elenice [UNESP], Rossi-Ferreira, Rosana [UNESP], Oliveira, Ana Paula E. [UNESP], Padovani, Carlos Roberto [UNESP], Machado, Paulo Eduardo de Abreu [UNESP]
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://dx.doi.org/10.1590/S1516-84842007000400008
http://hdl.handle.net/11449/13504
Resumo: Em meados da década de 50 iniciou-se o desenvolvimento da citometria de fluxo, tecnologia que permite verificar características físico-químicas de células ou partículas suspensas em meio fluido. Esta tecnologia utiliza anticorpos monoclonais marcados com fluorocromos como ferramenta de investigação em diversas análises e necessita de controles isotípicos para definição da região negativa (background). Estes controles são constituídos por imunoglobulinas de mesmo isotipo e fluorocromo dos anticorpos testes, sendo o isotiocianato de fluoresceína (FITC) o marcador fluorescente mais utilizado na conjugação de anticorpos. Os controles isotípicos têm como função definir a fluorescência inespecífica (células negativas) e as regiões fluorescentes (células positivas). No presente estudo foi selecionado anticorpo monoclonal murino (AcMm) dirigido contra antígeno eritrocitário canino, produzido no Laboratório de Anticorpos Monoclonais do Hemocentro de Botucatu, o qual reage positivamente com hemácias de cães, mas nunca com leucócitos humanos, tendo, portanto, potencial utilidade como controle negativo em citometria de fluxo. A purificação do AcMm da subclasse IgG1 foi feita por cromatografia de afinidade em Proteína-A Sepharose, e o controle da purificação realizado por eletroforese em géis de ágarose e poliacrilamida (SDS-PAGE). A imunoglobulina purificada foi conjugada ao FITC e filtrado em coluna de Sephadex G-25 para separação das proteínas marcadas e não-marcadas. O AcMm conjugado foi testado contra hemácias de cães, e o êxito da conjugação comprovado por testes de fluorescência, sendo a mediana de positividade de 94,70. Frente a leucócitos humanos a mediana de positividade foi 0,03 contra 0,50 dos reagentes comerciais. Os testes estatísticos não-paramétricos de Wilcoxon e correlação de Spearman comprovaram a eficiência e validam o controle isotípico produzido em comparação aos reagentes comerciais testados.
id UNSP_162506eeb45b7974ca7fedd69464c0f5
oai_identifier_str oai:repositorio.unesp.br:11449/13504
network_acronym_str UNSP
network_name_str Repositório Institucional da UNESP
repository_id_str 2946
spelling Conjugação e validação de controle isotípico IgG1-FITC para uso em citometria de fluxoConjugation and validation of IgG1-FITC isotype control to be used in flow cytometryControle isotípicocitometria de fluxoanticorpo monoclonalisotiocianato de fluoresceína (FITC)Isotype controlflow cytometrymonoclonal antibodyfluorescein isothiocyanate (FITC)Em meados da década de 50 iniciou-se o desenvolvimento da citometria de fluxo, tecnologia que permite verificar características físico-químicas de células ou partículas suspensas em meio fluido. Esta tecnologia utiliza anticorpos monoclonais marcados com fluorocromos como ferramenta de investigação em diversas análises e necessita de controles isotípicos para definição da região negativa (background). Estes controles são constituídos por imunoglobulinas de mesmo isotipo e fluorocromo dos anticorpos testes, sendo o isotiocianato de fluoresceína (FITC) o marcador fluorescente mais utilizado na conjugação de anticorpos. Os controles isotípicos têm como função definir a fluorescência inespecífica (células negativas) e as regiões fluorescentes (células positivas). No presente estudo foi selecionado anticorpo monoclonal murino (AcMm) dirigido contra antígeno eritrocitário canino, produzido no Laboratório de Anticorpos Monoclonais do Hemocentro de Botucatu, o qual reage positivamente com hemácias de cães, mas nunca com leucócitos humanos, tendo, portanto, potencial utilidade como controle negativo em citometria de fluxo. A purificação do AcMm da subclasse IgG1 foi feita por cromatografia de afinidade em Proteína-A Sepharose, e o controle da purificação realizado por eletroforese em géis de ágarose e poliacrilamida (SDS-PAGE). A imunoglobulina purificada foi conjugada ao FITC e filtrado em coluna de Sephadex G-25 para separação das proteínas marcadas e não-marcadas. O AcMm conjugado foi testado contra hemácias de cães, e o êxito da conjugação comprovado por testes de fluorescência, sendo a mediana de positividade de 94,70. Frente a leucócitos humanos a mediana de positividade foi 0,03 contra 0,50 dos reagentes comerciais. Os testes estatísticos não-paramétricos de Wilcoxon e correlação de Spearman comprovaram a eficiência e validam o controle isotípico produzido em comparação aos reagentes comerciais testados.It was during the 1950's that the development of flow cytometry started, technology that allow to measure physiochemical characteristics of cells or suspended particles in fluid. This technology uses monoclonal antibodies labeled by fluorochromes as investigation tool in several analysis and needs isotype controls to define the negative region (background). These controls are constituted by immunoglobulins of the same isotype and fluorochrome from test antibodies, being fluorescein isothiocyanate (FITC) the most fluorescent marker used in antibody conjugations. The isotype controls have the function to define the unspecific fluorescence (negative cells) and the fluorescent regions (positive cells). In this study was selected monoclonal antibody (mAb) against canine erythrocyte antigen, produced in the Monoclonal Antibodies Laboratory - Blood Center of Botucatu, which reacts positively with dog red blood cells, but never with human leukocytes, having therefore, utility potential as negative control in flow cytometry. The purification mAb of IgG1 subclass was made by affinity chromatography in Sepharose Protein-A and the purification control was performed by electrophoresis in ágarose and polyacrylamide gels (SDS-PAGE). The purified immunoglobulin was conjugated to FITC and after was filtered in Sephadex G25 column to separation of labeled and unlabeled proteins. The conjugated mAb was tested against dog red blood cells and the conjugation success was verified by fluorescence tests, being the median positivity of 94.70. To the human leucocytes the positivity median was 0.03 against 0.50 of the commercial reagents. The nonparametric statistical tests of Wilcoxon and the correlation Spearman showed the efficiency and validate the isotype control produced in relation to the tested commercial reagents.Unesp Faculdade de Medicina de BotucatuUniversité Paris VIUnesp Faculdade de Medicina de Botucatu Departamento de UrologiaClínica MédicaUnesp Departamento de Ciências BiológicasUnesp Instituto de Biociências de BotucatuUnesp Faculdade de Medicina de BotucatuUnesp Faculdade de Medicina de Botucatu Departamento de UrologiaUnesp Departamento de Ciências BiológicasUnesp Instituto de Biociências de BotucatuAssociação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia e daSociedade Brasileira de Transplante de Medula ÓsseaUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Université Paris VIClínica MédicaGolim, Márjorie de Assis [UNESP]Deffune, Elenice [UNESP]Rossi-Ferreira, Rosana [UNESP]Oliveira, Ana Paula E. [UNESP]Padovani, Carlos Roberto [UNESP]Machado, Paulo Eduardo de Abreu [UNESP]2014-05-20T13:38:56Z2014-05-20T13:38:56Z2007-12-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article361-368application/pdfhttp://dx.doi.org/10.1590/S1516-84842007000400008Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia. Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia e daSociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea, v. 29, n. 4, p. 361-368, 2007.1516-8484http://hdl.handle.net/11449/1350410.1590/S1516-84842007000400008S1516-84842007000400008S1516-84842007000400008.pdf9646764071339214SciELOreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporRevista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia0,335info:eu-repo/semantics/openAccess2024-09-03T14:29:58Zoai:repositorio.unesp.br:11449/13504Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestrepositoriounesp@unesp.bropendoar:29462024-09-03T14:29:58Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
dc.title.none.fl_str_mv Conjugação e validação de controle isotípico IgG1-FITC para uso em citometria de fluxo
Conjugation and validation of IgG1-FITC isotype control to be used in flow cytometry
title Conjugação e validação de controle isotípico IgG1-FITC para uso em citometria de fluxo
spellingShingle Conjugação e validação de controle isotípico IgG1-FITC para uso em citometria de fluxo
Golim, Márjorie de Assis [UNESP]
Controle isotípico
citometria de fluxo
anticorpo monoclonal
isotiocianato de fluoresceína (FITC)
Isotype control
flow cytometry
monoclonal antibody
fluorescein isothiocyanate (FITC)
title_short Conjugação e validação de controle isotípico IgG1-FITC para uso em citometria de fluxo
title_full Conjugação e validação de controle isotípico IgG1-FITC para uso em citometria de fluxo
title_fullStr Conjugação e validação de controle isotípico IgG1-FITC para uso em citometria de fluxo
title_full_unstemmed Conjugação e validação de controle isotípico IgG1-FITC para uso em citometria de fluxo
title_sort Conjugação e validação de controle isotípico IgG1-FITC para uso em citometria de fluxo
author Golim, Márjorie de Assis [UNESP]
author_facet Golim, Márjorie de Assis [UNESP]
Deffune, Elenice [UNESP]
Rossi-Ferreira, Rosana [UNESP]
Oliveira, Ana Paula E. [UNESP]
Padovani, Carlos Roberto [UNESP]
Machado, Paulo Eduardo de Abreu [UNESP]
author_role author
author2 Deffune, Elenice [UNESP]
Rossi-Ferreira, Rosana [UNESP]
Oliveira, Ana Paula E. [UNESP]
Padovani, Carlos Roberto [UNESP]
Machado, Paulo Eduardo de Abreu [UNESP]
author2_role author
author
author
author
author
dc.contributor.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Université Paris VI
Clínica Médica
dc.contributor.author.fl_str_mv Golim, Márjorie de Assis [UNESP]
Deffune, Elenice [UNESP]
Rossi-Ferreira, Rosana [UNESP]
Oliveira, Ana Paula E. [UNESP]
Padovani, Carlos Roberto [UNESP]
Machado, Paulo Eduardo de Abreu [UNESP]
dc.subject.por.fl_str_mv Controle isotípico
citometria de fluxo
anticorpo monoclonal
isotiocianato de fluoresceína (FITC)
Isotype control
flow cytometry
monoclonal antibody
fluorescein isothiocyanate (FITC)
topic Controle isotípico
citometria de fluxo
anticorpo monoclonal
isotiocianato de fluoresceína (FITC)
Isotype control
flow cytometry
monoclonal antibody
fluorescein isothiocyanate (FITC)
description Em meados da década de 50 iniciou-se o desenvolvimento da citometria de fluxo, tecnologia que permite verificar características físico-químicas de células ou partículas suspensas em meio fluido. Esta tecnologia utiliza anticorpos monoclonais marcados com fluorocromos como ferramenta de investigação em diversas análises e necessita de controles isotípicos para definição da região negativa (background). Estes controles são constituídos por imunoglobulinas de mesmo isotipo e fluorocromo dos anticorpos testes, sendo o isotiocianato de fluoresceína (FITC) o marcador fluorescente mais utilizado na conjugação de anticorpos. Os controles isotípicos têm como função definir a fluorescência inespecífica (células negativas) e as regiões fluorescentes (células positivas). No presente estudo foi selecionado anticorpo monoclonal murino (AcMm) dirigido contra antígeno eritrocitário canino, produzido no Laboratório de Anticorpos Monoclonais do Hemocentro de Botucatu, o qual reage positivamente com hemácias de cães, mas nunca com leucócitos humanos, tendo, portanto, potencial utilidade como controle negativo em citometria de fluxo. A purificação do AcMm da subclasse IgG1 foi feita por cromatografia de afinidade em Proteína-A Sepharose, e o controle da purificação realizado por eletroforese em géis de ágarose e poliacrilamida (SDS-PAGE). A imunoglobulina purificada foi conjugada ao FITC e filtrado em coluna de Sephadex G-25 para separação das proteínas marcadas e não-marcadas. O AcMm conjugado foi testado contra hemácias de cães, e o êxito da conjugação comprovado por testes de fluorescência, sendo a mediana de positividade de 94,70. Frente a leucócitos humanos a mediana de positividade foi 0,03 contra 0,50 dos reagentes comerciais. Os testes estatísticos não-paramétricos de Wilcoxon e correlação de Spearman comprovaram a eficiência e validam o controle isotípico produzido em comparação aos reagentes comerciais testados.
publishDate 2007
dc.date.none.fl_str_mv 2007-12-01
2014-05-20T13:38:56Z
2014-05-20T13:38:56Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://dx.doi.org/10.1590/S1516-84842007000400008
Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia. Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia e daSociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea, v. 29, n. 4, p. 361-368, 2007.
1516-8484
http://hdl.handle.net/11449/13504
10.1590/S1516-84842007000400008
S1516-84842007000400008
S1516-84842007000400008.pdf
9646764071339214
url http://dx.doi.org/10.1590/S1516-84842007000400008
http://hdl.handle.net/11449/13504
identifier_str_mv Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia. Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia e daSociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea, v. 29, n. 4, p. 361-368, 2007.
1516-8484
10.1590/S1516-84842007000400008
S1516-84842007000400008
S1516-84842007000400008.pdf
9646764071339214
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia
0,335
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 361-368
application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia e daSociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea
publisher.none.fl_str_mv Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia e daSociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea
dc.source.none.fl_str_mv SciELO
reponame:Repositório Institucional da UNESP
instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron:UNESP
instname_str Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron_str UNESP
institution UNESP
reponame_str Repositório Institucional da UNESP
collection Repositório Institucional da UNESP
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)
repository.mail.fl_str_mv repositoriounesp@unesp.br
_version_ 1810021372920856576