A Revolução na Índia: o Movimento Naxalita, suas estratégias, táticas e conexões internacionais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gusson, Guilherme Theodoro
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: https://hdl.handle.net/11449/255906
Resumo: Historicamente, movimentos insurgentes, dentre eles as guerras revolucionárias, se destacam por serem uma das formas de guerra que mais ameaça os Estados modernos, desestabilizando a ordem política vigente, mobilizando grande número de militantes e resultando em conflitos que podem se arrastar por décadas. Um dos pontos-chave dentro deste panorama é a dimensão internacional que tais movimentos têm adquirido e que pode ser crucial no curso dos conflitos. O apoio externo a grupos armados não-estatais é uma manobra que visa, entre outros objetivos, a desestabilização de um Estado rival ou, no caso de alianças entre grupos não-estatais, a multiplicação de forças contra um inimigo comum. No caso da Índia, desde sua independência, em 1947, o país tem enfrentado diversos movimentos insurgentes motivados por contradições étnico-religiosas, questões socioeconômicas ou que clamam pelo separatismo de suas regiões. Dentre eles destaca-se o Movimento Naxalita, movimento revolucionário de caráter maoísta iniciado em 1967 cujo objetivo é derrubar o governo indiano em prol de um regime comunista. Tendo se arrastado por mais de cinco décadas, os naxalitas chegaram a ser considerados a maior ameaça de segurança interna que a Índia já enfrentou, utilizando-se das mais variadas formas de violência para atingir seus objetivos. Ao longo de sua história o movimento apresentou uma ampla rede de conexões externas, seja com atores estatais ou não-estatais, sendo este um dos motivos de sua força e longevidade. Portanto, esta pesquisa tem por objetivo analisar o Movimento Naxalita, compreendendo as raízes de tais levantes, seus desdobramentos e as estratégias utilizadas em sua luta armada. Mais especificamente, procura-se compreender de que forma ocorreu a participação de atores externos no curso dos conflitos e quais as repercussões de tais ingerências. A realização de tal estudo se mostra uma importante contribuição para a literatura especializada pois joga uma nova luz analítica sobre o naxalismo, cujas dimensões internacionais são pouquíssimo exploradas, além de ser tema pouquíssimo explorado em sua totalidade pela literatura nacional. No mais, a pesquisa oferece ainda uma contribuição para o debate teórico ao discorrer sobre o apoio externo a atores armados não-estatais.
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O apoio externo a grupos armados não-estatais é uma manobra que visa, entre outros objetivos, a desestabilização de um Estado rival ou, no caso de alianças entre grupos não-estatais, a multiplicação de forças contra um inimigo comum. No caso da Índia, desde sua independência, em 1947, o país tem enfrentado diversos movimentos insurgentes motivados por contradições étnico-religiosas, questões socioeconômicas ou que clamam pelo separatismo de suas regiões. Dentre eles destaca-se o Movimento Naxalita, movimento revolucionário de caráter maoísta iniciado em 1967 cujo objetivo é derrubar o governo indiano em prol de um regime comunista. Tendo se arrastado por mais de cinco décadas, os naxalitas chegaram a ser considerados a maior ameaça de segurança interna que a Índia já enfrentou, utilizando-se das mais variadas formas de violência para atingir seus objetivos. Ao longo de sua história o movimento apresentou uma ampla rede de conexões externas, seja com atores estatais ou não-estatais, sendo este um dos motivos de sua força e longevidade. Portanto, esta pesquisa tem por objetivo analisar o Movimento Naxalita, compreendendo as raízes de tais levantes, seus desdobramentos e as estratégias utilizadas em sua luta armada. Mais especificamente, procura-se compreender de que forma ocorreu a participação de atores externos no curso dos conflitos e quais as repercussões de tais ingerências. A realização de tal estudo se mostra uma importante contribuição para a literatura especializada pois joga uma nova luz analítica sobre o naxalismo, cujas dimensões internacionais são pouquíssimo exploradas, além de ser tema pouquíssimo explorado em sua totalidade pela literatura nacional. No mais, a pesquisa oferece ainda uma contribuição para o debate teórico ao discorrer sobre o apoio externo a atores armados não-estatais.Historically, insurgent movements, including revolutionary wars, stand out for being one of the forms of war that most threaten modern states, destabilizing the current political order, mobilizing a large number of militants and resulting in conflicts that can drag on for decades. One of the key points in this panorama is the international dimension that such movements acquire and which can be crucial in the course of conflicts. External support for non-state armed groups is a maneuver that aims, among other objectives, to destabilize a rival state or, in the case of alliances between non-state groups, to multiply forces against a common enemy. In the case of India, since its independence in 1947, the country has faced several insurgent movements motivated by ethno-religious contradictions, socioeconomic issues or that call for separatism in their regions. Among them, the Naxalite Movement stands out, a revolutionary movement of a Maoist nature that began in 1967 and whose objective is to overthrow the Indian government in favor of a communist regime. Having been dragged for more than five decades, the Naxalites came to be considered the greatest internal security threat to India, using the most diverse forms of violence to achieve their objectives. Throughout its history, the movement has presented a wide network of external connections, whether with state or non-state actors, which is one of the reasons for its strength and longevity. Therefore, this research aims to analyze the Naxalite Movement, understanding the roots of such uprisings, their consequences and the strategies used in their armed struggle. More specifically, try to understand how external actors participated in the course of conflicts and what were the repercussions of such interference. Carrying out such a study shows an important contribution to specialized literature as it sheds new analytical light on Naxalism, whose international dimensions are very little explored, in addition to being a topic that is very little explored in its entirety in national literature. Furthermore, the research also offers a contribution to the theoretical debate by discussing external support for non-state armed actors.Históricamente, los movimientos insurgentes, incluidas las guerras revolucionarias, se destacan por ser una de las formas de guerra que más amenaza a los estados modernos, desestabilizando el orden político actual, movilizando a un gran número de militantes y resultando en conflictos que pueden prolongarse durante décadas. Uno de los puntos claves de este panorama es la dimensión internacional que tales movimientos han adquirido y que puede ser crucial en el curso de los conflictos. El apoyo externo a grupos armados no estatales es una maniobra que apunta, entre otros objetivos, a desestabilizar a un Estado rival o, en el caso de alianzas entre grupos no estatales, a multiplicar fuerzas contra un enemigo común. En el caso de la India, desde su independencia en 1947, el país ha enfrentado varios movimientos insurgentes motivados por contradicciones étnico-religiosas, cuestiones socioeconómicas o que llaman al separatismo en sus regiones. Entre ellos destaca el Movimiento Naxalita, un movimiento revolucionario de carácter maoísta que se inició en 1967 y cuyo objetivo es derrocar al gobierno indio en favor de un régimen comunista. Después de más de cinco décadas de resistencia, los naxalitas llegaron a ser considerados la mayor amenaza a la seguridad interna que la India haya enfrentado jamás, utilizando las más variadas formas de violencia para lograr sus objetivos. A lo largo de su historia, el movimiento ha presentado una amplia red de conexiones externas, ya sea con actores estatales o no estatales, lo que es una de las razones de su fuerza y ​​longevidad. Por lo tanto, esta investigación tiene como objetivo analizar el Movimiento Naxalita, comprendiendo las raíces de tales levantamientos, sus consecuencias y las estrategias utilizadas en su lucha armada. Más específicamente, buscamos comprender cómo participaron los actores externos en el curso de los conflictos y cuáles fueron las repercusiones de dicha interferencia. La realización de un estudio de este tipo resulta ser una contribución importante a la literatura especializada ya que arroja nueva luz analítica sobre el naxalismo, cuyas dimensiones internacionales están muy poco exploradas, además de ser un tema muy poco explorado en su totalidad en la literatura nacional. Además, la investigación también ofrece una contribución al debate teórico al discutir el apoyo externo a actores armados no estatales.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)CAPES: 001Universidade Estadual Paulista (Unesp)Oliveira, Giuliano Contento deGusson, Guilherme Theodoro2024-06-10T17:20:15Z2024-06-10T17:20:15Z2024-02-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfGUSSON, Guilherme Theodoro. A Revolução na Índia: o Movimento Naxalita, suas estratégias, táticas e conexões internacionais. Orientador: Giuliano Contento de Oliveira. 2024. 240 f. Dissertação (Mestrado em Relações Internacionais) – UNESP/UNICAMP/PUC-SP, Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais San Tiago Dantas, São Paulo, 2024.https://hdl.handle.net/11449/255906porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-06-11T06:02:04Zoai:repositorio.unesp.br:11449/255906Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-06-11T06:02:04Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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