A política dos Estados Unidos para a China na América Latina no início do século XXI: acomodação versus confrontação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Magnotta, Fernanda Petená [UNESP]
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/183594
Resumo: No início do século XXI, a China aumentou significativamente o seu engajamento na América Latina, uma região tratada desde a Doutrina Monroe como a “área natural de influência” dos Estados Unidos. A partir de então, houve um aumento significativo no fluxo de comércio e investimento entre esses países, seguido de avanços diplomáticos e institucionais. Considerando tal cenário, o principal objetivo dessa tese de doutorado é analisar, com o uso de literatura especializada, documentos primários e entrevistas inéditas, de que modo os Estados Unidos perceberam a aproximação entre a China e a América Latina no período, e como o governo norteamericano reagiu a esse movimento. Considera-se, como marco temporal da análise, o intervalo compreendido entre 2001 e 2012, incluindo os dois mandatos do presidente George W. Bush (2001-2008) e o primeiro mandato do presidente Barack Obama (2009-2012), com foco no período ativo do U.S.- China Latin America Sub Dialogue (2006-2012). A hipótese aqui aventada é de que prevaleceu, por parte dos Estados Unidos, uma política de acomodação da China na América Latina, com momentos de cooperação direta, em vez de uma abordagem predominantemente propensa à contenção ou ao conflito. Como resultado, a análise dos materiais evidencia que não houve harmonização irrestrita de interesses, e que traços de desconfiança mútua marcaram os movimentos na região. Além disso, a pesquisa mostrou que, durante o período estudado, a relação não foi pautada por absoluta linearidade, mas por oscilações, e por momentos em que a falta de consensos ficou evidente. Assim, embora tenha prevalecido durante a maior parte do tempo uma política propensa à acomodação, houve, no fim da década, certo tensionamento e propensão à confrontação.
id UNSP_1fc0b51693a6029788f82de65c482705
oai_identifier_str oai:repositorio.unesp.br:11449/183594
network_acronym_str UNSP
network_name_str Repositório Institucional da UNESP
repository_id_str 2946
spelling A política dos Estados Unidos para a China na América Latina no início do século XXI: acomodação versus confrontaçãoUS policy towards China in Latin America in the early 21st century: accommodation versus confrontationLa política estadounidense hacia China en América Latina a principios del siglo XXI: acomodación versus confrontaciónEstados UnidosChinaAmérica LatinaSub dialogueRelações exterioresUnited StatesLatin AmericaForeign policyRelaciones exterioresNo início do século XXI, a China aumentou significativamente o seu engajamento na América Latina, uma região tratada desde a Doutrina Monroe como a “área natural de influência” dos Estados Unidos. A partir de então, houve um aumento significativo no fluxo de comércio e investimento entre esses países, seguido de avanços diplomáticos e institucionais. Considerando tal cenário, o principal objetivo dessa tese de doutorado é analisar, com o uso de literatura especializada, documentos primários e entrevistas inéditas, de que modo os Estados Unidos perceberam a aproximação entre a China e a América Latina no período, e como o governo norteamericano reagiu a esse movimento. Considera-se, como marco temporal da análise, o intervalo compreendido entre 2001 e 2012, incluindo os dois mandatos do presidente George W. Bush (2001-2008) e o primeiro mandato do presidente Barack Obama (2009-2012), com foco no período ativo do U.S.- China Latin America Sub Dialogue (2006-2012). A hipótese aqui aventada é de que prevaleceu, por parte dos Estados Unidos, uma política de acomodação da China na América Latina, com momentos de cooperação direta, em vez de uma abordagem predominantemente propensa à contenção ou ao conflito. Como resultado, a análise dos materiais evidencia que não houve harmonização irrestrita de interesses, e que traços de desconfiança mútua marcaram os movimentos na região. Além disso, a pesquisa mostrou que, durante o período estudado, a relação não foi pautada por absoluta linearidade, mas por oscilações, e por momentos em que a falta de consensos ficou evidente. Assim, embora tenha prevalecido durante a maior parte do tempo uma política propensa à acomodação, houve, no fim da década, certo tensionamento e propensão à confrontação.In the early 21st century, China significantly increased its engagement in Latin America, a region treated since the Monroe Doctrine as the “natural area of influence” of the United States. Since then, there has been a significant improvement in the trade and investment between these countries, followed by diplomatic and institutional advances. Considering this scenario, the main objective of this doctoral thesis is to analyze, using specialized literature, primary documents and unpublished interviews, how the United States has perceived the approximation between China and Latin America in the period, and how the American government reacted to that. The timeframe of the analysis reaches from 2001 to 2012, including President George W. Bush's two terms in office (2001-2008) and President Barack Obama's first term (2009-2012), focusing on the active period of the US-China Latin America Sub Dialogue (2006-2012). The hypothesis raised here is that prevailed a policy of accommodating China in Latin America, with moments of direct cooperation, rather than a predominantly contention or conflict-oriented approach. As a result, the analysis of the materials shows that there was no unrestricted harmonization of interests, and that mutual distrust marked many movements in the region. In addition, the research has shown that, during the analyzed period, the relationship between the United States and China was not based on absolute linearity, but on oscillations, and eventual lack of consensus. Thus, although a policy prone to accommodation predominated for the most part of the time, there was, at the end of the decade, some tension and a confrontation propensity.A principios del siglo XXI, China aumentó significativamente su participación en América Latina, una región tratada desde la Doctrina Monroe como "área natural de influencia" de los Estados Unidos. Desde entonces, ha habido un aumento significativo en el flujo de comercio e inversión entre estos países, seguido de avances diplomáticos e institucionales. Considerando este escenario, el objetivo principal de esta tesis doctoral es analizar, utilizando literatura especializada, documentos primarios y entrevistas no publicadas, cómo los Estados Unidos percibieron la aproximación entre China y América Latina en el período, y cómo el gobierno estadounidense respondió a este movimiento. El periodo del análisis es de 2001 a 2012, incluidos los dos períodos de mandato del presidente George W. Bush (2001-2008) y el primer mandato del presidente Barack Obama (2009-2012), centrándose en el período activo del U.S.- China Latin America Sub Dialogue. La hipótesis planteada aquí es que prevaleció una política de acomodar a China en América Latina, con momentos de cooperación directa, en lugar de un enfoque predominantemente contencioso o propenso a conflictos. Como resultado, el análisis de los materiales muestra que no hubo una armonización irrestricta de intereses, y que las huellas de desconfianza mutua marcaron los movimientos en la región. Además, la investigación ha demostrado que, durante el período de estudio, la relación no se basó en la linealidad absoluta, sino en las oscilaciones, y en momentos en que la falta de consenso era evidente. Por lo tanto, aunque una política propensa a acomodaciones prevaleció en su mayor parte, al final de la década, hubo cierta tensión y una propensión de confrontación.Não recebi financiamentoUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Vigevani, Tullo [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Magnotta, Fernanda Petená [UNESP]2019-09-24T16:37:49Z2019-09-24T16:37:49Z2019-08-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/18359400092538733004110044P0porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-08-13T19:29:49Zoai:repositorio.unesp.br:11449/183594Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-13T19:29:49Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
dc.title.none.fl_str_mv A política dos Estados Unidos para a China na América Latina no início do século XXI: acomodação versus confrontação
US policy towards China in Latin America in the early 21st century: accommodation versus confrontation
La política estadounidense hacia China en América Latina a principios del siglo XXI: acomodación versus confrontación
title A política dos Estados Unidos para a China na América Latina no início do século XXI: acomodação versus confrontação
spellingShingle A política dos Estados Unidos para a China na América Latina no início do século XXI: acomodação versus confrontação
Magnotta, Fernanda Petená [UNESP]
Estados Unidos
China
América Latina
Sub dialogue
Relações exteriores
United States
Latin America
Foreign policy
Relaciones exteriores
title_short A política dos Estados Unidos para a China na América Latina no início do século XXI: acomodação versus confrontação
title_full A política dos Estados Unidos para a China na América Latina no início do século XXI: acomodação versus confrontação
title_fullStr A política dos Estados Unidos para a China na América Latina no início do século XXI: acomodação versus confrontação
title_full_unstemmed A política dos Estados Unidos para a China na América Latina no início do século XXI: acomodação versus confrontação
title_sort A política dos Estados Unidos para a China na América Latina no início do século XXI: acomodação versus confrontação
author Magnotta, Fernanda Petená [UNESP]
author_facet Magnotta, Fernanda Petená [UNESP]
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Vigevani, Tullo [UNESP]
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.contributor.author.fl_str_mv Magnotta, Fernanda Petená [UNESP]
dc.subject.por.fl_str_mv Estados Unidos
China
América Latina
Sub dialogue
Relações exteriores
United States
Latin America
Foreign policy
Relaciones exteriores
topic Estados Unidos
China
América Latina
Sub dialogue
Relações exteriores
United States
Latin America
Foreign policy
Relaciones exteriores
description No início do século XXI, a China aumentou significativamente o seu engajamento na América Latina, uma região tratada desde a Doutrina Monroe como a “área natural de influência” dos Estados Unidos. A partir de então, houve um aumento significativo no fluxo de comércio e investimento entre esses países, seguido de avanços diplomáticos e institucionais. Considerando tal cenário, o principal objetivo dessa tese de doutorado é analisar, com o uso de literatura especializada, documentos primários e entrevistas inéditas, de que modo os Estados Unidos perceberam a aproximação entre a China e a América Latina no período, e como o governo norteamericano reagiu a esse movimento. Considera-se, como marco temporal da análise, o intervalo compreendido entre 2001 e 2012, incluindo os dois mandatos do presidente George W. Bush (2001-2008) e o primeiro mandato do presidente Barack Obama (2009-2012), com foco no período ativo do U.S.- China Latin America Sub Dialogue (2006-2012). A hipótese aqui aventada é de que prevaleceu, por parte dos Estados Unidos, uma política de acomodação da China na América Latina, com momentos de cooperação direta, em vez de uma abordagem predominantemente propensa à contenção ou ao conflito. Como resultado, a análise dos materiais evidencia que não houve harmonização irrestrita de interesses, e que traços de desconfiança mútua marcaram os movimentos na região. Além disso, a pesquisa mostrou que, durante o período estudado, a relação não foi pautada por absoluta linearidade, mas por oscilações, e por momentos em que a falta de consensos ficou evidente. Assim, embora tenha prevalecido durante a maior parte do tempo uma política propensa à acomodação, houve, no fim da década, certo tensionamento e propensão à confrontação.
publishDate 2019
dc.date.none.fl_str_mv 2019-09-24T16:37:49Z
2019-09-24T16:37:49Z
2019-08-26
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/11449/183594
000925387
33004110044P0
url http://hdl.handle.net/11449/183594
identifier_str_mv 000925387
33004110044P0
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UNESP
instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron:UNESP
instname_str Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron_str UNESP
institution UNESP
reponame_str Repositório Institucional da UNESP
collection Repositório Institucional da UNESP
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1808128151512940544