Syngonanthus nitens (Bong.) Ruhland: prospecção químico-biológica do extrato metanólico de escapos no tratamento da candidíase vulvovaginal
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/181061 |
Resumo: | A elevada incidência de casos infecciosos causada por C. albicans, tal como a candidíase vulvovaginal (CVV) expõe o ser humano a terapias agressivas, bem como implica no desenvolvimento da resistência aos antifúngicos disponíveis na terapêutica clínica. Neste sentido, diversos pesquisadores encontram na natureza, bem como em plataformas nanotecnológicas de liberação de fármacos, um novo horizonte para disponibilizar novos recursos que possibilitem compor o arsenal terapêutico das doenças fúngicas. Em vista disso, este trabalho visou avaliar o potencial antifúngico in vitro e in vivo de frações do extrato metanólico de escapos de Syngonanthus nitens, o qual vem se mostrando promissor no tratamento da CVV, não incorporado e incorporado em um sistema nanoestruturado de liberação de fármacos (nanoemulsão lipídica - NE) buscando aprimorar os parâmetros referentes à biodisponibilidade das mesmas. Os ensaios investigativos foram iniciados com o fracionamento do extrato bruto (extração em fase sólida) e caracterização química das frações (ensaios cromatográficos por CCD e CLAE-DAD), seguido para o desenvolvimento da NE, a qual foi composta por colesterol (fase oleosa), Brij 58 (tensoativo) e tampão fosfato pH 7,4 + 0,25% de dispersão de quitosana (fase aquosa). 12 frações foram obtidas e apresentaram perfis químicos e antimicrobianos distintos, dentre elas, a fração Fr3 foi a mais promissora e constatou-se que o flavonóide luteolina é o composto majoritário e o responsável pela atividade antimicrobiana observada. Os ensaios farmacotécnicos (elaboração do diagrama de fases, microscopia de luz polarizada, dispersão por luz dinâmica, potencial zeta, ensaios de estabilidade, estudo reológico contínuo e oscilatório) permitiram selecionar duas formulações (F1 e F9) que foram empregadas como plataforma de liberação e administração do extrato bruto e da Fr3 (F1 EXT, F9 EXT, F1 Fr3 e F9 Fr3). A caracterização farmacotécnica mostrou que estas formulações possuem propriedades aceitáveis para a incorporação de fármacos, bem como para a administração por via intravaginal. As análises biológicas in vitro (determinação da CIM, potencial anti-biofilme, interferência na adesão de C. albicans sobre superfície em condições de fluxo, influência dos tratamentos sobre os genes ALS3, CDR1, CDR2 e ERG 11 em biofilmes maduros associados com a CVV e ensaios de toxicidade celular e em modelo de A. salina) bem como a determinação físico-química das amostras adsorvidas à superfície (determinação no ângulo de contato da água e XPS) foram realizadas com as amostras vegetais incorporadas e não incorporadas. Adicionalmente, um ensaio terapêutico experimental in vivo de CVV foi realizado com a fração Fr3 livre e incorporada em F9 (F9 Fr3). Os resultados das análises biológicas mostraram que as formulações foram capazes de potencializar a atividade biológica dos compostos vegetais no que se diz respeito ao potencial inibitório (diminuição dos valores de CIM para células planctônicas potencialização da inibição de biofilmes monotípicos e heterotípicos), adicionalmente, foi verificado que a utilização de F1 EXT, F9 EXT, F1 Fr3 e F9 Fr3 interferem na adesão de C. albicans sobre superfícies em condições de fluxo, bem como promovem alterações na expressão de genes associados com a adesão, resistência antifúngica e biossíntese do ergosterol. A utilização da Fr3 livre e F9 Fr3 exerceram comportamento terapêutico sobre ratas que estavam em processo de CVV agudo, entretanto, uso do derivado vegetal incorporado em F9 mostrou-se superior. Em suma, os resultados obtidos até o momento mostram a potencialidade antifúngica in vitro e in vivo de derivados de S. nitens não incorporados e incoporados em uma NE. O trabalho será continuado empregando novas abordagens investigativas que permitirão avaliar a acao dos derivados vegetais sobre outras espécies de Candida associadas com a CVV. |
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Syngonanthus nitens (Bong.) Ruhland: prospecção químico-biológica do extrato metanólico de escapos no tratamento da candidíase vulvovaginalSyngonanthus nitens (Bong.) Ruhland: Chemical-biological prospection of the metanolic extratct from scapes in the vulvovaginal candidiasis treatment.Candidíase vulvovaginalBiofilmeSyngonanthus nitensNanoemulsãoAtividade anti-Candida albicansVulvovaginal candidiasisBiofilmSyngonanthus nitensNanoemulsionanti-Candida albicans activityA elevada incidência de casos infecciosos causada por C. albicans, tal como a candidíase vulvovaginal (CVV) expõe o ser humano a terapias agressivas, bem como implica no desenvolvimento da resistência aos antifúngicos disponíveis na terapêutica clínica. Neste sentido, diversos pesquisadores encontram na natureza, bem como em plataformas nanotecnológicas de liberação de fármacos, um novo horizonte para disponibilizar novos recursos que possibilitem compor o arsenal terapêutico das doenças fúngicas. Em vista disso, este trabalho visou avaliar o potencial antifúngico in vitro e in vivo de frações do extrato metanólico de escapos de Syngonanthus nitens, o qual vem se mostrando promissor no tratamento da CVV, não incorporado e incorporado em um sistema nanoestruturado de liberação de fármacos (nanoemulsão lipídica - NE) buscando aprimorar os parâmetros referentes à biodisponibilidade das mesmas. Os ensaios investigativos foram iniciados com o fracionamento do extrato bruto (extração em fase sólida) e caracterização química das frações (ensaios cromatográficos por CCD e CLAE-DAD), seguido para o desenvolvimento da NE, a qual foi composta por colesterol (fase oleosa), Brij 58 (tensoativo) e tampão fosfato pH 7,4 + 0,25% de dispersão de quitosana (fase aquosa). 12 frações foram obtidas e apresentaram perfis químicos e antimicrobianos distintos, dentre elas, a fração Fr3 foi a mais promissora e constatou-se que o flavonóide luteolina é o composto majoritário e o responsável pela atividade antimicrobiana observada. Os ensaios farmacotécnicos (elaboração do diagrama de fases, microscopia de luz polarizada, dispersão por luz dinâmica, potencial zeta, ensaios de estabilidade, estudo reológico contínuo e oscilatório) permitiram selecionar duas formulações (F1 e F9) que foram empregadas como plataforma de liberação e administração do extrato bruto e da Fr3 (F1 EXT, F9 EXT, F1 Fr3 e F9 Fr3). A caracterização farmacotécnica mostrou que estas formulações possuem propriedades aceitáveis para a incorporação de fármacos, bem como para a administração por via intravaginal. As análises biológicas in vitro (determinação da CIM, potencial anti-biofilme, interferência na adesão de C. albicans sobre superfície em condições de fluxo, influência dos tratamentos sobre os genes ALS3, CDR1, CDR2 e ERG 11 em biofilmes maduros associados com a CVV e ensaios de toxicidade celular e em modelo de A. salina) bem como a determinação físico-química das amostras adsorvidas à superfície (determinação no ângulo de contato da água e XPS) foram realizadas com as amostras vegetais incorporadas e não incorporadas. Adicionalmente, um ensaio terapêutico experimental in vivo de CVV foi realizado com a fração Fr3 livre e incorporada em F9 (F9 Fr3). Os resultados das análises biológicas mostraram que as formulações foram capazes de potencializar a atividade biológica dos compostos vegetais no que se diz respeito ao potencial inibitório (diminuição dos valores de CIM para células planctônicas potencialização da inibição de biofilmes monotípicos e heterotípicos), adicionalmente, foi verificado que a utilização de F1 EXT, F9 EXT, F1 Fr3 e F9 Fr3 interferem na adesão de C. albicans sobre superfícies em condições de fluxo, bem como promovem alterações na expressão de genes associados com a adesão, resistência antifúngica e biossíntese do ergosterol. A utilização da Fr3 livre e F9 Fr3 exerceram comportamento terapêutico sobre ratas que estavam em processo de CVV agudo, entretanto, uso do derivado vegetal incorporado em F9 mostrou-se superior. Em suma, os resultados obtidos até o momento mostram a potencialidade antifúngica in vitro e in vivo de derivados de S. nitens não incorporados e incoporados em uma NE. O trabalho será continuado empregando novas abordagens investigativas que permitirão avaliar a acao dos derivados vegetais sobre outras espécies de Candida associadas com a CVV.Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)Processo FAPESP: 2014/24626-9Universidade Estadual Paulista (Unesp)Bauab, Taís MariaAlmeida, Margarete Teresa Gottardo deUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Ramos, Matheus Aparecido dos Santos [UNESP]2019-03-18T13:55:26Z2019-03-18T13:55:26Z2019-01-25info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/18106100091383933004030078P6porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-06-24T19:01:05Zoai:repositorio.unesp.br:11449/181061Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T17:01:36.114620Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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