Retratos de uma lenda norte-americana: adaptações de narrativas gráficas como formas autônomas de representação
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/190799 |
Resumo: | Desde os anos 2000 os filmes de super-herói alcançaram grande sucesso, tanto de crítica quanto de bilheteria, devido à sua dependência nas adaptações de histórias em quadrinhos. Maior exemplo desse sucesso é o Marvel Cinematic Universe [Universo Cinematográfico Marvel], obra do Marvel Studios, já na marca de vinte e três longas-metragens, que tem o mérito de ter conseguido adaptar para o cinema (com a adição de séries de TV, web series, novelizações, parques temáticos e histórias em quadrinhos) o universo compartilhado criado por Stan Lee nos quadrinhos da editora Marvel Comics nos anos 1960, além de ter criado uma nova forma de produzir adaptações. Essencial para o êxito desse universo compartilhado foi o engajamento da parcela do público leitora do material adaptado, e sua ideia sobre autenticidade e fidelidade a respeito dele. Esse envolvimento dos fãs, e sua subsequente aprovação das adaptações permitiu, também, o oferecimento de um método diferenciado e eficiente de marketing para o restante do público: o vigésimo-segundo filme lançado pelo estúdio, Vingadores: Ultimato (2019), penúltimo filme da série de filmes que ficou conhecida como Saga do Infinito, iniciada em 2008 com o lançamento de Homem de Ferro, se tornou a maior bilheteria de todos os tempos, levando às salas de cinema fãs de longa data dos quadrinhos adaptados, espectadores ocasionais e pessoas que nunca se interessaram pelo gênero super-herói, mas que foram conferir o que faz desses filmes algo tão atrativo. Para entender melhor como esse engajamento dos fãs com as adaptações do MCU influenciou não somente o universo compartilhado e sua expansão, mas o cenário da produção cinematográfica em Hollywood, este trabalho analisa a graphic novel Guerra Civil, de 2006, e sua adaptação, o filme Capitão América: Guerra Civil, de 2016, bem como sua recepção pelo público leitor e não-leitor de quadrinhos, pela imprensa especializada, chegando à conclusão de que a criação bem-sucedida do universo transmidiático do Marvel Studios, nunca antes atingida por nenhuma outra franquia, garantiu o surgimento de um novo grupo consumidor de adaptações. |
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Retratos de uma lenda norte-americana: adaptações de narrativas gráficas como formas autônomas de representaçãoPortraits of an american legend: adaptations of graphic narratives as autonomous forms of representationAdaptaçõesAdaptações para o cinemaHistórias em quadrinhosSuper-heróisGraphic novelsAdaptationsFilm adaptationsComic booksSuperheroesDesde os anos 2000 os filmes de super-herói alcançaram grande sucesso, tanto de crítica quanto de bilheteria, devido à sua dependência nas adaptações de histórias em quadrinhos. Maior exemplo desse sucesso é o Marvel Cinematic Universe [Universo Cinematográfico Marvel], obra do Marvel Studios, já na marca de vinte e três longas-metragens, que tem o mérito de ter conseguido adaptar para o cinema (com a adição de séries de TV, web series, novelizações, parques temáticos e histórias em quadrinhos) o universo compartilhado criado por Stan Lee nos quadrinhos da editora Marvel Comics nos anos 1960, além de ter criado uma nova forma de produzir adaptações. Essencial para o êxito desse universo compartilhado foi o engajamento da parcela do público leitora do material adaptado, e sua ideia sobre autenticidade e fidelidade a respeito dele. Esse envolvimento dos fãs, e sua subsequente aprovação das adaptações permitiu, também, o oferecimento de um método diferenciado e eficiente de marketing para o restante do público: o vigésimo-segundo filme lançado pelo estúdio, Vingadores: Ultimato (2019), penúltimo filme da série de filmes que ficou conhecida como Saga do Infinito, iniciada em 2008 com o lançamento de Homem de Ferro, se tornou a maior bilheteria de todos os tempos, levando às salas de cinema fãs de longa data dos quadrinhos adaptados, espectadores ocasionais e pessoas que nunca se interessaram pelo gênero super-herói, mas que foram conferir o que faz desses filmes algo tão atrativo. Para entender melhor como esse engajamento dos fãs com as adaptações do MCU influenciou não somente o universo compartilhado e sua expansão, mas o cenário da produção cinematográfica em Hollywood, este trabalho analisa a graphic novel Guerra Civil, de 2006, e sua adaptação, o filme Capitão América: Guerra Civil, de 2016, bem como sua recepção pelo público leitor e não-leitor de quadrinhos, pela imprensa especializada, chegando à conclusão de que a criação bem-sucedida do universo transmidiático do Marvel Studios, nunca antes atingida por nenhuma outra franquia, garantiu o surgimento de um novo grupo consumidor de adaptações.Since the 2000s, superhero films have achieved both critical and box office success due to their reliance on comic book adaptations. The greatest example of this success is Marvel Cinematic Universe, a work of Marvel Studios, with already twenty-three feature films, which has the merit of being able to adapt to the cinema (with the addition of TV series, web series, novelizations, theme parks, and comics) the shared universe created by Stan Lee in the Marvel Comics in the 1960s, and created a new way of producing adaptations. Essential to the triumph of this shared universe was the engagement of the portion of readers of the adapted material, and their idea of authenticity and fidelity about it. This fan involvement, and their subsequent approval of the adaptations, also allowed for a differentiated and efficient marketing method to be offered to the rest of the audience: the twenty-second film released by the studio, Avengers: Endgame (2019), the second-to-last movie in the movie series known as The Infinity Saga, which began in 2008 with the release of Iron Man, has become the biggest box office of all time, bringing to the theaters long-time fans of adapted comics, occasional viewers, and people who have never been interested in the superhero genre but who have been checking out what makes these movies so appealing. To better understand how this fan engagement with MCU adaptations has influenced not only the shared universe and its expansion, but the setting of cinematographic production in Hollywood, this paper analyzes the graphic novel Civil War, released in 2006, and its adaptation, the movie Captain America: Civil War, from 2016, as well as its reception by the comics-reading public and non-comics readers, the trade press, coming to the conclusion that the successful creation of the Marvel Studios’ transmedia universe, never before achieved by any another franchise, ensured the emergence of a new consumer group of adaptations.Universidade Estadual Paulista (Unesp)Hattnher, Alvaro Luiz [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Gedo, Alyssa Carolina Barbosa Marques2019-10-22T12:46:28Z2019-10-22T12:46:28Z2019-09-27info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/19079900092624033004153015P2porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-12-10T06:17:50Zoai:repositorio.unesp.br:11449/190799Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T19:55:42.281786Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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