Aprendendo com classes EJA: peculiaridades usadas para elevar a freqüência

• Autor(a) principal: Fernandes, Hadriel [UNESP]
• Data de Publicação: 2005
• Outros Autores: Pereira, Paulo Vitor [UNESP], Silva, Ronivan Sousa da [UNESP], Gordo, Vanessa Orsi [UNESP], Oliveira, Ernandes Rocha de [UNESP], Freitas, Zulind Luzmarina [UNESP], Carvalho, Lizete Maria Orquiza de [UNESP], Cunha, Ailson Vasconcelos da [UNESP]
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: http://www.unesp.br/proex/programas/pcct_3congresso.php; http://hdl.handle.net/11449/143664

Introdução: O programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA) e o Programa Permanente de Formação de Funcionários (PROPERFF) do Campus da Unesp de Ilha Solteira tem como educadores, alunos dos cursos de licenciatura da FEIS, e atende alunos que trabalham na universidade e alunos da comunidade local. O grupo tem desde a sua formação a difícil tarefa de trazer novos alunos, e cultivar os alunos já efetivos nas aulas. A aposta da equipe responsável pelo projeto para sanar o problema de faltas e de atrasos, é de que se houver um envolvimento pessoal, entre alunos e professores, de forma que ambos tornem-se íntimos, a freqüência em sala de aula aumenta, além do fato da intimidade do aluno com o professor quase zerar os casos em que o aluno não questiona a matéria por timidez. Objetivos: O objetivo maior do programa é trazer os alunos para sala de aula e ainda fazer com que os educadores procurem soluções para superar os problemas com atrasos, faltas, desistências e outros. Métodos: Foram realizadas reuniões semanais, onde foram apresentadas propostas, as quais foram analisadas e refletidas para que se chegasse a um consenso. Estes ciclos, de reuniões, de propostas e análises se repetiam semanalmente. Resultados: Foram apresentadas várias propostas para elevar a presença dos alunos EJA em sala de aula. Podemos salientar entre elas a proposta de realçar o vínculo entre docentes e discentes, de modo que não dialoguem de forma impessoal, mas que ao demonstrar consideração e afeto, o docente, busque diminuir a distância para se aproximar do discente. Implementando a proposta, alguns educadores chegaram a visitar o local de trabalho dos funcionários-alunos, e assim gerou-se um vínculo ainda maior do que o esperado, a ponto do professor até ligar para os alunos para confirmar presença na aula. Outra proposta, foi a de elaborar uma aula mais criativa, que despertasse nos seus alunos-colegas o interesse pelos estudos. Isso permitiu que os alunos fossem valorizados e estimulados aumentando a auto-estima. Alguns fatos observados foram: alunos estudando em casa o conteúdo da aula seguinte, aumento do número de alunos que participavam da aula fazendo perguntas ao professor. Observouse que com essas atitudes ocorreu um aumento significativo na presença dos alunos em sala de aula e os educadores também se sentiram mais envolvidos com o planejamento das aulas. Com o fortalecimento do laço de amizade entre educadores e alunos, os professores encontram mais facilidade em avaliar seus alunos, pois agora, eles conhecem mais profundamente as necessidades e as limitações dos seus alunos, podendo os problemas serem direcionados de forma a suprir as possíveis dificuldades dos discentes.