O álcool na atenção primária à saúde: a atitude dos profissionais de saúde na abordagem do consumo, uso abusivo e do alcoolismo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/214319 |
Resumo: | O consumo abusivo de álcool associa-se a um grande número de morbidades como mortes e várias condições de saúde. A Atenção Primária à Saúde (APS), por seus atributos de primeiro contato, longitudinalidade, coordenação do cuidado e abordagem centrada na família e na comunidade, é o local com melhores condições para abordar o consumo de álcool como fator de risco a inúmeras doenças. Apesar disso, a identificação precoce do bebedor de risco ainda é deficiente, principalmente, para os padrões de uso que não caracterizam dependência. Considera-se que as atitudes dos profissionais, construídas socialmente, impactam em sua prática, podendo explicar a aparente dificuldade de abordagem do uso de álcool. Este estudo tem como objetivo analisar as atitudes de profissionais de saúde da Atenção Primária à Saúde quanto ao consumo e uso abusivo de álcool e o alcoolismo. Trata-se de um Estudo de Caso exploratório, que utiliza recorte transversal e abordagem quantitativa, de serviços de APS de um município de médio porte da região central do interior do estado de São Paulo. Foi enviado para todos os médicos e enfermeiros da APS um formulário eletrônico contendo questões estruturadas de resposta única, que abordavam características sociodemográficas e informações sobre seu consumo de álcool (extraídas do instrumento AUDIT-C) e sua atitude com os usuários do serviço frente ao álcool - consumo, uso abusivo e alcoolismo (extraídas do instrumento EAFAAA). Foram realizadas as análises estatísticas descritivas e inferenciais dos dados, adotando-se o nível de significância p<0,05. Dos 94 profissionais atuantes no município, 65 participaram, sendo maioria da Estratégia de Saúde da Família (76,9%), com experiência com alcoolistas (67,7%) e menos de 15 anos de atuação na profissão (63,1%). No geral, os profissionais demonstraram atitudes intermediárias, que sugerem dificuldade por parte deles de se posicionarem frente ao consumo de álcool, ao alcoolista e ao alcoolismo, sugerindo atitudes relacionadas ao desconhecimento sobre o assunto, assim como reflexos da estigmatização da doença e suas questões morais. Foram verificadas associações estatisticamente significativas entre as atitudes dos profissionais e características sociodemográficas, uso pessoal de álcool e tipos de serviço. Ser do sexo masculino e ter cor da pele branca associou-se com atitudes positivas frente ao álcool, alcoolismo e ao alcoolista e residir sozinho, com atitudes positivas em relação à bebida alcoólica e ao direito de consumo. Maior consumo em quantidade de doses e em frequência, pelos profissionais, também, associou-se com atitudes positivas em relação à bebida alcoólica e o direito de consumo. Profissionais da ESF apresentaram atitudes mais positivas, o que pode representar uma indução do modelo de atenção operacionalizado por este tipo de arranjo, que tendem a se organizarem mais próximo do modelo biopsicossocial de assistência. Conclui-se que há muito o que se avançar em relação às atitudes dos profissionais de saúde para que ofereçam assistência adequada aos usuários de álcool. Porém, a disseminação de conhecimento específico sobre a doença e a pessoa que faz uso de álcool parece ser uma das principais estratégias de enfrentamento deste problema. |
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O álcool na atenção primária à saúde: a atitude dos profissionais de saúde na abordagem do consumo, uso abusivo e do alcoolismoAlcohol in primary health care: the attitude of health professionals in the approach to consumption, abuse and alcoholismAlcoolismoAtenção primária à saúdeAtitude do pessoal de saúdeConsumo de bebidas alcoólicasO consumo abusivo de álcool associa-se a um grande número de morbidades como mortes e várias condições de saúde. A Atenção Primária à Saúde (APS), por seus atributos de primeiro contato, longitudinalidade, coordenação do cuidado e abordagem centrada na família e na comunidade, é o local com melhores condições para abordar o consumo de álcool como fator de risco a inúmeras doenças. Apesar disso, a identificação precoce do bebedor de risco ainda é deficiente, principalmente, para os padrões de uso que não caracterizam dependência. Considera-se que as atitudes dos profissionais, construídas socialmente, impactam em sua prática, podendo explicar a aparente dificuldade de abordagem do uso de álcool. Este estudo tem como objetivo analisar as atitudes de profissionais de saúde da Atenção Primária à Saúde quanto ao consumo e uso abusivo de álcool e o alcoolismo. Trata-se de um Estudo de Caso exploratório, que utiliza recorte transversal e abordagem quantitativa, de serviços de APS de um município de médio porte da região central do interior do estado de São Paulo. Foi enviado para todos os médicos e enfermeiros da APS um formulário eletrônico contendo questões estruturadas de resposta única, que abordavam características sociodemográficas e informações sobre seu consumo de álcool (extraídas do instrumento AUDIT-C) e sua atitude com os usuários do serviço frente ao álcool - consumo, uso abusivo e alcoolismo (extraídas do instrumento EAFAAA). Foram realizadas as análises estatísticas descritivas e inferenciais dos dados, adotando-se o nível de significância p<0,05. Dos 94 profissionais atuantes no município, 65 participaram, sendo maioria da Estratégia de Saúde da Família (76,9%), com experiência com alcoolistas (67,7%) e menos de 15 anos de atuação na profissão (63,1%). No geral, os profissionais demonstraram atitudes intermediárias, que sugerem dificuldade por parte deles de se posicionarem frente ao consumo de álcool, ao alcoolista e ao alcoolismo, sugerindo atitudes relacionadas ao desconhecimento sobre o assunto, assim como reflexos da estigmatização da doença e suas questões morais. Foram verificadas associações estatisticamente significativas entre as atitudes dos profissionais e características sociodemográficas, uso pessoal de álcool e tipos de serviço. Ser do sexo masculino e ter cor da pele branca associou-se com atitudes positivas frente ao álcool, alcoolismo e ao alcoolista e residir sozinho, com atitudes positivas em relação à bebida alcoólica e ao direito de consumo. Maior consumo em quantidade de doses e em frequência, pelos profissionais, também, associou-se com atitudes positivas em relação à bebida alcoólica e o direito de consumo. Profissionais da ESF apresentaram atitudes mais positivas, o que pode representar uma indução do modelo de atenção operacionalizado por este tipo de arranjo, que tendem a se organizarem mais próximo do modelo biopsicossocial de assistência. Conclui-se que há muito o que se avançar em relação às atitudes dos profissionais de saúde para que ofereçam assistência adequada aos usuários de álcool. Porém, a disseminação de conhecimento específico sobre a doença e a pessoa que faz uso de álcool parece ser uma das principais estratégias de enfrentamento deste problema.Universidade Estadual Paulista (Unesp)Padovani, Flávia Helena Pereira [UNESP]Sanine, Patricia Rodrigues {UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Magela, Natália Rocha Henriques2021-09-07T14:31:27Z2021-09-07T14:31:27Z2021-07-30info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/21431933303002001P9porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-09-04T13:35:59Zoai:repositorio.unesp.br:11449/214319Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestrepositoriounesp@unesp.bropendoar:29462024-09-04T13:35:59Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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