Desempenho, parâmetros hematológicos e grau de helmintose em bezerros filhos de vacas previamente classificados por diferentes níveis de infecção parasitária

• Autor(a) principal: Yamada, Paulo Henrique [UNESP]
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/139505
• topic: Bovino; Helmintos; Resistência; Nelore; Beef; Helminths; Resistance; Nellore

O objetivo do presente trabalho foi avaliar o grau de verminose, ganho de peso e parâmetros hematológicos de 45 bezerros, da raça Nelore, fêmeas e machos contemporâneos, oriundos de matrizes do mesmo rebanho previamente classificadas por diferentes níveis de infecção parasitária, sendo avaliados dos 3 aos 15 meses de idade. Os animais foram divididos em grupos conforme a classificação de suas mães, sendo filhos de resistentes (G1), resilientes (G2) e susceptíveis (G3). Realizaram-se coletas de fezes a cada 28 dias para a contagem de ovos por grama de fezes (OPG), coprocultura e identificação das larvas. As pesagens dos animais foram realizadas a cada 28 dias, a partir do desmame e as coletas de sangue foram realizadas no início e no término do experimento para determinar o volume globular, proteína plasmática total e contagem de eosinófilos do sangue. O resultado obtido para a contagem de OPG aos três meses de idade demonstrou que não houve diferença significativa (P<0,05) entre G1, G2 e G3, tanto dos machos como das fêmeas. No período de três a oito meses de idade, o OPG dos bezerros machos também não apresentou diferença entre os grupos, já as bezerras filhas de vacas previamente classificadas como susceptíveis (G3) apresentaram um OPG superior em relação às filhas das resistentes e resilientes (G1 e G2). Na média geral (machos e fêmeas) das contagens de ovos também observaram-sevalores superiores nos grupos dos animais filhos de vacas susceptíveis. Após o desmame, o OPG médio geral e OPG médio das fêmeas continuaram apresentando diferença(P<0,05)no G1 e G2 em relação ao G3, mantendo os grupos filhos de vacas resistentes e resilientes com o OPG inferior ao grupo de filhos de vacas previamente classificadas como susceptíveis. Em relação ao peso, houve diferença significativa no ganho de peso diário geral (machos e fêmeas), em que os animais do G3 apresentaram um menor ganho de peso em relação aos demais grupos (P<0,05). Os G1 e G2 não apresentaram diferença significativa. Nos parâmetros hematológicos observou-se que não houve diferença significativa em nenhum dos parâmetros avaliados entre os três grupos para machos e fêmeas. Nas coproculturas de todos os grupos foram encontradas, em ordem de prevalência, larvas de Cooperia spp.,Haemonchus spp. eOesophagostomum spp., e, apenas nos G3 foram encontradas larvas de Trichostrongylus spp. Desta forma conclui-se que bezerras filhas de vacas susceptíveis podem sofrer influência de suas mães em relação a carga parasitária e consequentemente redução em seu desempenho produtivo. No entanto, bezerros machos filhos de vacas resistentes, resilientes e susceptíveis não sofreram influência de suas mães no grau de verminose e desempenho. E que diferentes grupos de matrizes previamente classificadas não influenciaram nos parâmetros hematológicos de seus filhos.