Adaptações morfofuncionais dos sarcômeros da junção miotendínea de ratos Wistar após protocolo de escalada

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Crivelli, Gustavo
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/234575
Resumo: O sistema muscular esquelético é estruturado principalmente por proteínas contráteis que formam o tecido muscular, e eventualmente, possibilitam os mais variados movimentos dos segmentos corporais. Microscopicamente, cada fibra muscular é individualmente formada por estruturas ainda menores, os miofilamentos, constituídos por actina e miosina, sobrepostos para efetuarem a contração muscular, realizada pelos sarcômeros em série. O exercício físico resistido pode apresentar diversos benefícios para o indivíduo, como o ganho de força pela hipertrofia muscular, além de auxiliar na possibilidade de menores predisposições a lesões quando executado corretamente, além de alterações significantes da composição morfológica dos grupamentos musculares envolvidos. A principal região caracterizada por predisposição a lesões e alta plasticidade é denominada de junção miotendínea (JMT), a qual é funcionalmente a principal região transmissora de força do sistema muscular esquelético ao tecido tendíneo. O objetivo do presente estudo consistiu em descrever as alterações morfológicas e funcionais da região da junção miotendínea no músculo gastrocnêmio de ratos Wistar após a realização dos protocolos de treinamento em escada vertical. Foram utilizados 30 ratos com 90 dias de idade, originários do Biotério Central da UNESP – Campus de Botucatu (SP), divididos em 3 grupos (n=10): C – Controle; E – Escalada; e ER – Escalada Resistida. Os animais dos grupos E e ER foram submetidos a um protocolo de exercício físico em escada vertical, onde realizaram um total de 24 sessões intervaladas, com 4-9 escaladas e 8-12 movimentos dinâmicos por sessão, durante dois meses. O grupo ER teve um adicional progressivo de carga durante as escaladas, executando cada tentativa com 50%, 75%, 90% e 100% respectivamente da massa corporal individual, com acréscimo de 30g para cada escalada subsequente. O grupo E executou o mesmo protocolo de escalada sem o acréscimo da sobrecarga. Ao término dos protocolos de treinamento, as amostras foram coletadas e processadas para a microscopia de luz, análises histoquímicas e microscopia eletrônica de transmissão. Foram evidenciadas alterações morfológicas, ultraestruturais, e morfométricas na região da junção miotendínea e no ventre muscular. Os resultados demonstraram que houve aumento significativo da densidade de fibras tipo II, aumento da carga máxima carregada e dos comprimentos e espessuras de invaginações e evaginações, assim como a diminuição de fibras do tipo I e do comprimento dos sarcômeros do Grupo Escalada Resistida. Concluímos que o treinamento de escalada vertical promoveu remodelação estrutural da interface da junção miotendínea, possibilitando maior área de contato, com redução nos comprimentos dos sarcômeros após treinamento resistido e consequentemente maior transmissão de força.
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