Respostas morfológicas e bioquímicas do músculo sóleo ao treinamento de salto vertical em meio líquido e sua repercussão na junção miotendínea

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Viliod, Marcela Coffacci de Lima [UNESP]
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/234613
Resumo: O músculo estriado esquelético é responsável pela locomoção, geração de calor, entre outras características fisiológicas. Devido sua alta plasticidade o músculo esquelético se adapta a diversos estímulos, o mecânico é o principal. Para que as ações do tecido muscular sejam transmitidas aos ossos há o tecido tendíneo qual une os dois sistemas. A principal área de transmissão de força entre estes dois tecidos é a junção miotendínea (JMT), que é altamente especializada e susceptível a lesões devido sua constante ativação. O músculo sóleo é um dos responsáveis em realizar a propulsão vertical, movimento realizado diariamente, tanto durante a prática esportiva como em atividades diárias como a locomoção. O objetivo do presente estudo consistiu em descrever as características morfológicas do ventre e da junção miotendínea do músculo sóleo de ratos Wistar adultos submetidos ao treinamento de salto vertical. Foi realizado o protocolo de salto vertical em meio líquido, onde o grupo Esporádico (ESP) realizou o treinamento 1x/semana, até a falha, enquanto o grupo Treinado (TR) realizou o treinamento 3x/ semana, com 4 séries de 10 saltos. O grupo Sedentário (S) não realizou o protocolo de treinamento de salto. Após eutanásia, o músculo sóleo foi dissecado e as amostras foram submetidas a técnica de microscopia de luz com coloração hematoxilina–eosina e picro-sírus para observar característica celular, tecido conjuntivo e realizar através da binarização das imagens para análise de dimensão fractal. A técnica histoquímica de ATPase miofibrilar foi realizada para identificar os tipos e quantificar a área de secção transversa dos tipos de fibras I, IIA e IIx. Tanto no ventre como na JMT houveram alterações morfológicas, no qual o grupo TR apresentou menor desorganização tecidual no ventre e maior atividade celular na JMT. O grupo ESP apresentou mudanças morfológicas, porém maior desorganização celular e de tecido conjuntivo. Ambos os grupos que realizaram o salto apresentaram alterações na área do tipo de fibra, com aumento das fibras tipo IIA e IIx. Concluímos que quando no treinamento realizado de forma periodizada e controlada ocorrem alterações no ventre e na JMT que favorecem a realização e transmissão de força de forma otimizada, reduzindo o potencial riscos de lesões na região da junção miotendínea. Entretanto, como diferencial, o estudo mostra que o exercício realizado sem periodicidade pode ser um potencializador de lesão, uma vez que a JMT passa a ter grande desorganização tecidual e aumento de tecido conjuntivo na região intersticial, reduzindo assim sua elasticidade.
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