Quimioprofilaxia para os contatos de pacientes com hanseníase: uma revisão sistemática e metanálise.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira, Ana Paula do Prado Marques
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/152637
Resumo: Introdução: Indivíduos que estão em estreita associação ou proximidade com pacientes com hanseníase têm maior chance de adquirir a doença. A eficácia da quimioprofilaxia na prevenção da hanseníase nos contatos dos pacientes afetados para um ótimo controle da doença ainda não é clara. Métodos: pesquisas eletrônicas de Medline, EMBASE, CENTRAL e LILACS até outubro de 2017 foram realizadas para identificar estudos elegíveis. As listas de referência de estudos potencialmente elegíveis foram revisadas. Incluímos ensaios clínicos randomizados (RCTs) que compararam a quimioprofilaxia com placebo para a prevenção da infecção da hanseníase em contatos de pacientes afetados. O par de revisores examinou de forma independente artigos elegíveis, extraiu dados e avaliou o risco de viés. A abordagem GRADE foi utilizada para avaliar a certeza geral da evidência. Resultados: seis ECRs, incluindo 52.483 participantes, se mostraram elegíveis. Os resultados sugeriram uma redução estatisticamente significativa na hanseníase clínica em contatos até dois anos (Rácio de Risco (RR) 0,32, Intervalo Confidencial (IC) 0,11 0,62; p <0,0007; I2 = 70%, p = 0,07; evidência de qualidade) e de dois a cinco anos de seguimento (RR 0,51, IC 95% 0,29, 0,89; p = 0,02; I2 = 80%, p <0,0005; evidência de baixa qualidade) com o uso de 6 quimioprofilaxia em comparação com placebo. No entanto, os resultados sugeriram uma redução não significativa na hanseníase clínica nos contatos ao longo de cinco anos (RR 0,77, IC 95% 0,46, 1,28; p = 0,31; I2 = 48%, p = 0,16; evidência de baixa qualidade). Conclusões: evidências de baixa qualidade mostram que a quimioprofilaxia é efetiva na redução da hanseníase clínica em contatos até dois anos e de dois a cinco anos. No entanto, evidências de baixa qualidade mostram que não há efeito significativo da quimioprofilaxia ao longo de cinco anos.
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