Investigação da proteína Anexina A1 em placentas humanas infectadas por Zika vírus
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/182052 |
Resumo: | Introdução: A associação da infecção por Zika vírus (ZIKV) com malformação congênita e sequelas neurológicas trouxe uma preocupação global significativa. Estudos recentes têm mostrado que a infecção viral induz altos níveis de inflamação nas vilosidades placentárias. Neste contexto, a proteína anti-inflamatória anexina 1 (ANXA1) tem sido avaliada especialmente em células de defesa e associada com atividades antiparasitárias em explantes placentários infectados. Embora esses efeitos tenham sido explorados em diversas investigações, suas atividades ainda não estão completamente esclarecidas em placentas infectadas com ZIKV. Objetivos: Avaliar o envolvimento da proteína ANXA1 em placentas de mães infectadas pelo ZIKV. Materiais e métodos: Com o sangue materno e placentas, usando a técnica PCR em tempo real, foi possível classificar três grupos de estudo: (i) Neg/Neg (mãe e placenta negativas para o vírus), (ii) Pos/Neg (mãe infectada com vírus e placenta negativa) e (iii) Pos/Pos (mãe e placenta infectadas com vírus). Os fragmentos placentários foram fixados, incluídos em parafina e analisados para presença do ZIKV (anti-flavivirus 4g2), estruturalmente e para imunomarcações de células trofoblásticas (citoqueratina), mesenquimais e endoteliais (vimentina) e vasos (α-sma). As células inflamatórias foram analisadas por imunofluorescência e os níveis das citocinas IL-1β, IL-6, IL-10, TNF-α, IL-8 pelo analisador Multiplex Magpix. A expressão da ANXA1 foi avaliada por imunohistoquímica, Western blott e PCR em tempo real. Resultados: A presença do vírus ZIKV no grupo Pos/Pos mostra placentas com alterações estruturais, incluindo descolamento e desorganização do sinciciotrofoblástico. A infecção materna por ZIKV desencadeou resposta inflamatória na placenta, observada pelo recrutamento de células inflamatórias e aumento dos níveis de citocinas. Esses dados podem ser relacionados com a diminuição da idade gestacional e peso dos recém-nascidos. A ANXA1 foi altamente expressa no sinciciotrofoblasto nos grupos estudados, com diminuição na expressão gênica e proteica nos grupos infectados. Esses resultados apontam um mecanismo de defesa para evitar a infecção placentária. Conclusões: Em conjunto, nossos resultados mostram que a infecção materna por ZIKV é suficiente para desenvolver uma resposta inflamatória placentária, possivelmente modulando a ANXA1. Esses dados são inovadores e podem abrir um novo caminho para exploração futura dos mecanismos de ação dessa proteína no processo gestacional. |
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Investigação da proteína Anexina A1 em placentas humanas infectadas por Zika vírusInvestigation of Annexin A1 protein in human placentae infected by Zika virusPlacenta humanaSinciciotrofoblastoInflamaçãoNeutrófilosCitocinasAnexina A1Human placentaSyncytiotrophoblastInflammationNeutrophilsCytokinesAnnexin A1Introdução: A associação da infecção por Zika vírus (ZIKV) com malformação congênita e sequelas neurológicas trouxe uma preocupação global significativa. Estudos recentes têm mostrado que a infecção viral induz altos níveis de inflamação nas vilosidades placentárias. Neste contexto, a proteína anti-inflamatória anexina 1 (ANXA1) tem sido avaliada especialmente em células de defesa e associada com atividades antiparasitárias em explantes placentários infectados. Embora esses efeitos tenham sido explorados em diversas investigações, suas atividades ainda não estão completamente esclarecidas em placentas infectadas com ZIKV. Objetivos: Avaliar o envolvimento da proteína ANXA1 em placentas de mães infectadas pelo ZIKV. Materiais e métodos: Com o sangue materno e placentas, usando a técnica PCR em tempo real, foi possível classificar três grupos de estudo: (i) Neg/Neg (mãe e placenta negativas para o vírus), (ii) Pos/Neg (mãe infectada com vírus e placenta negativa) e (iii) Pos/Pos (mãe e placenta infectadas com vírus). Os fragmentos placentários foram fixados, incluídos em parafina e analisados para presença do ZIKV (anti-flavivirus 4g2), estruturalmente e para imunomarcações de células trofoblásticas (citoqueratina), mesenquimais e endoteliais (vimentina) e vasos (α-sma). As células inflamatórias foram analisadas por imunofluorescência e os níveis das citocinas IL-1β, IL-6, IL-10, TNF-α, IL-8 pelo analisador Multiplex Magpix. A expressão da ANXA1 foi avaliada por imunohistoquímica, Western blott e PCR em tempo real. Resultados: A presença do vírus ZIKV no grupo Pos/Pos mostra placentas com alterações estruturais, incluindo descolamento e desorganização do sinciciotrofoblástico. A infecção materna por ZIKV desencadeou resposta inflamatória na placenta, observada pelo recrutamento de células inflamatórias e aumento dos níveis de citocinas. Esses dados podem ser relacionados com a diminuição da idade gestacional e peso dos recém-nascidos. A ANXA1 foi altamente expressa no sinciciotrofoblasto nos grupos estudados, com diminuição na expressão gênica e proteica nos grupos infectados. Esses resultados apontam um mecanismo de defesa para evitar a infecção placentária. Conclusões: Em conjunto, nossos resultados mostram que a infecção materna por ZIKV é suficiente para desenvolver uma resposta inflamatória placentária, possivelmente modulando a ANXA1. Esses dados são inovadores e podem abrir um novo caminho para exploração futura dos mecanismos de ação dessa proteína no processo gestacional.Introduction: The association of Zika virus infection (ZIKV) with congenital malformation and neurological sequelae brought a significant global concern. Recent studies have shown that maternal viral infection induces inflammation in the placental tissue. In this context, the antiinflammatory protein annexin 1 (ANXA1) has been specially related to resolution of inflammation through multiple mechanisms and associated with antiparasitic activity in infected placental explants. Although these effects have been explored in several investigations, its activities have not yet been fully elucidated in placentas infected with ZIKV. Objectives: This study was conducted to evaluate the involvement of ANXA1 in placentas of ZIKV-infected mothers. Methods: With maternal blood and placenta, using the rt-PCR techinique, It was classified three study groups: Neg/Neg (mother and placenta negative for the virus), Pos/Neg (infected mother, but no virus detected in placenta) and Pos/Pos (mother and placenta infected with ZIKV). Placental fragments were fixed, embedded in paraffin and analyzed for the presence of ZIKV (anti-flavivirus 4g2), structurally, and immunohistochemistry for trophoblast (cytokeratin), mesenchymal and endothelial cells (vimentin) and arterial vessels (α-sma). Inflammatory cells were analyzed by immunofluorescence (CD-3, CD-15 and CD45 positive cells) and levels of the cytokines IL-1β, IL-6, IL-10, TNF-α, IL-8 by the Magpix Multiplex analyzer. ANXA1 expression was assessed by immunohistochemistry, Western blot and real-time PCR. Results: The presence of ZIKV in the Pos/Pos group shows placentas with structural alterations, including detachment and disorganization of the syncyciotrophoblast. Maternal infection by ZIKV triggered an placental inflammatory response, observed by recruitment of inflammatory cells and increased levels of cytokines. In the syncytiotrophoblast, ANXA1 was expressed in nuclei and cytoplasm, and its expression was decreased in mother/placenta infected specimens. These results points to a mechanism of placental defense to avoid infection. In summary, our results show that maternal infection with ZIKV is able to develop a placental inflammatory response, which might be related to the ANXA1 modulation. These data are innovative and might open a new path of future exploration of this protein mechanism of action in the gestational process.Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)FAPESP: 2017/09136-3FAPESP: 2018/07895-7 (BEPE)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Oliani, Sonia Maria [UNESP]Moreli, Jusciele BroginUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Mendes, Rafaela Batista Molás2019-05-16T20:08:31Z2019-05-16T20:08:31Z2019-04-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/18205200091653933004153023P5porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-11-11T06:09:55Zoai:repositorio.unesp.br:11449/182052Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T17:22:22.419227Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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Introdução: A associação da infecção por Zika vírus (ZIKV) com malformação congênita e sequelas neurológicas trouxe uma preocupação global significativa. Estudos recentes têm mostrado que a infecção viral induz altos níveis de inflamação nas vilosidades placentárias. Neste contexto, a proteína anti-inflamatória anexina 1 (ANXA1) tem sido avaliada especialmente em células de defesa e associada com atividades antiparasitárias em explantes placentários infectados. Embora esses efeitos tenham sido explorados em diversas investigações, suas atividades ainda não estão completamente esclarecidas em placentas infectadas com ZIKV. Objetivos: Avaliar o envolvimento da proteína ANXA1 em placentas de mães infectadas pelo ZIKV. Materiais e métodos: Com o sangue materno e placentas, usando a técnica PCR em tempo real, foi possível classificar três grupos de estudo: (i) Neg/Neg (mãe e placenta negativas para o vírus), (ii) Pos/Neg (mãe infectada com vírus e placenta negativa) e (iii) Pos/Pos (mãe e placenta infectadas com vírus). Os fragmentos placentários foram fixados, incluídos em parafina e analisados para presença do ZIKV (anti-flavivirus 4g2), estruturalmente e para imunomarcações de células trofoblásticas (citoqueratina), mesenquimais e endoteliais (vimentina) e vasos (α-sma). As células inflamatórias foram analisadas por imunofluorescência e os níveis das citocinas IL-1β, IL-6, IL-10, TNF-α, IL-8 pelo analisador Multiplex Magpix. A expressão da ANXA1 foi avaliada por imunohistoquímica, Western blott e PCR em tempo real. Resultados: A presença do vírus ZIKV no grupo Pos/Pos mostra placentas com alterações estruturais, incluindo descolamento e desorganização do sinciciotrofoblástico. A infecção materna por ZIKV desencadeou resposta inflamatória na placenta, observada pelo recrutamento de células inflamatórias e aumento dos níveis de citocinas. Esses dados podem ser relacionados com a diminuição da idade gestacional e peso dos recém-nascidos. A ANXA1 foi altamente expressa no sinciciotrofoblasto nos grupos estudados, com diminuição na expressão gênica e proteica nos grupos infectados. Esses resultados apontam um mecanismo de defesa para evitar a infecção placentária. Conclusões: Em conjunto, nossos resultados mostram que a infecção materna por ZIKV é suficiente para desenvolver uma resposta inflamatória placentária, possivelmente modulando a ANXA1. Esses dados são inovadores e podem abrir um novo caminho para exploração futura dos mecanismos de ação dessa proteína no processo gestacional. |
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