Excreção de patógenos e inocuidade das carcaças de bovinos alimentados com silagem de grãos úmidos de destilaria

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nunes, Letícia Borges
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/180624
Resumo: O objetivo deste estudo foi determinar a excreção de patógenos e inocuidade da carcaça de bovinos alimentados com diferentes níveis de silagem inoculada de grãos úmidos de destilaria desengordurados (WDG). Um total de 100 bovinos machos não castrados, 50% Angus e 50% Nelore, foram divididos aleatoriamente entre quatro dietas (N = 25) compostas por diferentes níveis de silagem de WDG (0, 15, 30 e 45% da matéria seca dietética). Amostras de fezes foram colhidas por meio de suabe da junção reto anal, 15 dias antes do abate, para determinar as ocorrências e quantificação de Escherichia coli produtora de toxina Shiga (STEC), E. coli enteropatogênica (EPEC) e Salmonella spp. por meio da técnica qPCR. Também foram colhidas, 52 dias antes do abate, amostras de fezes de cada animal do piso do curral, logo após defecação, as quais foram submetidas a análises físico-químicas. Logo após o abate, a ocorrência e a contagem de indicadores higiênicos e sanitários, E. coli não patogênica, coliformes totais e bactérias aeróbias mesófilas, assim como, a ocorrência de STEC, EPEC e Salmonella spp., foram determinados a partir de amostras colhidas por meio de esponja da superfície das carcaças das regiões do coxão, flanco, peito e pescoço. Os resultados quantitativos foram submetidos a análises de variância e os dados binários foram submetidos a análises logísticas com razão de chances. Todas as análises estatísticas foram realizadas no software estatístico SAS 9.4 considerando um nível de significância de 5%. Os resultados demonstraram que não houve diferença entre os tratamentos para a ocorrência e contagem de coliformes totais e E. coli não patogênica, assim como para a contagem de bactérias aeróbias mesófilas nas amostras de carcaças (P > 0,05). A ocorrência de STEC nas fezes foi de 91,7, 95,7, 100 e 92% e nas carcaças de 20,4, 12,8, 7,3 e 3,7% nos tratamentos 0, 15, 30 45% de WDG, respectivamente (P > 0,05). Todas as amostras foram negativas para Salmonella spp. Embora não tenham sido encontradas diferenças significativas na ocorrência de STEC, a ocorrência observada nesse estudo foi elevada, o que indica risco a saúde pública. Em conclusão, a inclusão de WDG na dieta não influenciou no aumento da ocorrência de patógenos nas fezes e carcaças de bovinos.
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Amostras de fezes foram colhidas por meio de suabe da junção reto anal, 15 dias antes do abate, para determinar as ocorrências e quantificação de Escherichia coli produtora de toxina Shiga (STEC), E. coli enteropatogênica (EPEC) e Salmonella spp. por meio da técnica qPCR. Também foram colhidas, 52 dias antes do abate, amostras de fezes de cada animal do piso do curral, logo após defecação, as quais foram submetidas a análises físico-químicas. Logo após o abate, a ocorrência e a contagem de indicadores higiênicos e sanitários, E. coli não patogênica, coliformes totais e bactérias aeróbias mesófilas, assim como, a ocorrência de STEC, EPEC e Salmonella spp., foram determinados a partir de amostras colhidas por meio de esponja da superfície das carcaças das regiões do coxão, flanco, peito e pescoço. Os resultados quantitativos foram submetidos a análises de variância e os dados binários foram submetidos a análises logísticas com razão de chances. Todas as análises estatísticas foram realizadas no software estatístico SAS 9.4 considerando um nível de significância de 5%. Os resultados demonstraram que não houve diferença entre os tratamentos para a ocorrência e contagem de coliformes totais e E. coli não patogênica, assim como para a contagem de bactérias aeróbias mesófilas nas amostras de carcaças (P > 0,05). A ocorrência de STEC nas fezes foi de 91,7, 95,7, 100 e 92% e nas carcaças de 20,4, 12,8, 7,3 e 3,7% nos tratamentos 0, 15, 30 45% de WDG, respectivamente (P > 0,05). Todas as amostras foram negativas para Salmonella spp. Embora não tenham sido encontradas diferenças significativas na ocorrência de STEC, a ocorrência observada nesse estudo foi elevada, o que indica risco a saúde pública. Em conclusão, a inclusão de WDG na dieta não influenciou no aumento da ocorrência de patógenos nas fezes e carcaças de bovinos.The objective of this study was to determine the pathogen excretion and carcass safety of cattle fed different levels of inoculated silage from degreased wet distillery grains (WDG). A total of 100 male, 50% Angus and 50% Nelore male bulls were randomly divided into four diets (N = 25) composed of different levels of WDG silage (0, 15, 30 and 45% of dietary dry matter) . Stool specimens were collected by rectal anal junction swab 15 days prior to slaughter to determine the occurrences and quantification of Shiga toxin-producing Escherichia coli (STEC), E. coli enteropathogenic (EPEC) and Salmonella spp. by the qPCR technique. Samples of faeces from each animal on the corral floor were also collected, 52 days before slaughter, immediately after defecation, which were submitted to physical-chemical analysis. Immediately after slaughtering, the occurrence and counting of hygienic and sanitary indicators, non-pathogenic E. coli, total coliforms, and mesophilic aerobic bacteria, as well as the occurrence of STEC, EPEC and Salmonella spp., were determined from samples collected by medium of the surface of the carcasses of the regions of the tail, flank, chest and neck. The quantitative results were submitted to analysis of variance and the binary data were submitted to logistic analyzes with odds ratio. All statistical analyzes were performed in SAS 9.4 statistical software considering a significance level of 5%. The results showed that there was no difference between treatments for the occurrence and counts of total coliforms and non-pathogenic E. coli, as well as for the counting of mesophilic aerobic bacteria in the carcass samples (P > 0.05). The occurrence of stool STEC was 91.7, 95.7, 100 and 92% and in the carcasses of 20.4, 12.8, 7.3 and 3.7% in treatments 0, 15, 30, 45% of WDG, respectively (P > 0.05). All samples were negative for Salmonella spp. Although no significant differences were found in the occurrence of STEC, the occurrence observed in this study was high, which indicates a risk to public health. In conclusion, the inclusion of WDG in the diet did not influence in the increase of the pathogen occurrence in the feces and bovine carcasses.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Roça, Roberto de Oliveira [UNESP]Sampaio, Guilherme Sicca Lopes [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Nunes, Letícia Borges2019-01-31T17:42:40Z2019-01-31T17:42:40Z2018-12-13info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/18062400091218133004064022P3porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-09-09T17:49:25Zoai:repositorio.unesp.br:11449/180624Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestrepositoriounesp@unesp.bropendoar:29462024-09-09T17:49:25Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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