Reconhecimento ético em Hegel à luz do conceito de família
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/93164 |
Resumo: | É possível perceber ao longo das principais obras de Hegel a presença de uma ética, desde os escritos da juventude cujo interesse se volta exclusivamente às temáticas religiosas até os escritos da maturidade, com preocupações com a coletividade. No entanto, como apresentaremos ao longo do texto, não se trata de uma ética normativa. Procuramos apresentar os momentos de amadurecimento do ethos, partindo da noção de religião popular, enquanto totalidade, tomando como modelo a denominada “bela” vida ética grega dos tempos de Tübingem, até o conceito de família como primeiro momento da eticidade apresentada na “Filosofia do Direito” (1821). Entre estes dois momentos, destacaremos a recepção hegeliana à filosofia moral kantiana em Berna, como também o conceito de destino e amor, momentos de unificação por influência de Hölderlin em Frankfurt. Com efeito, estes momentos de unificação já se apresentam em O “Sistema da vida ética” nos primeiros anos de Hegel em Iena. No “Sistema da vida ética” a família é apresentada como potência ética natural e o povo como potência ética absoluta. O texto pode ser compreendido como a sistematização dos escritos da juventude. As potências éticas, família e povo, que neste momento guardam dentro de si o direito natural, como escreve Hegel no artigo “Sobre as maneiras científicas de tratar o direito natural”, na “Fenomenologia do Espírito” (1807) se exteriorizam. Como diz Hegel no § 437 da referida obra trata-se da luta pelo reconhecimento nas figuras históricas de Antígona e Creonte. Deste modo no primeiro capítulo da dissertação teremos a construção do edifício ético natural, no segundo capítulo, se manifesta a cisão entre a família e a cidade. Por fim, concluímos o trabalho apresentando a família a partir do § 157 da “Filosofia do Direito” como vida ética inaugural... |
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Reconhecimento ético em Hegel à luz do conceito de famíliaHegel, Georg Wilhelm Friedrich, 1770-1831ÉticaReconhecimento (Filosofia)FamíliaÉ possível perceber ao longo das principais obras de Hegel a presença de uma ética, desde os escritos da juventude cujo interesse se volta exclusivamente às temáticas religiosas até os escritos da maturidade, com preocupações com a coletividade. No entanto, como apresentaremos ao longo do texto, não se trata de uma ética normativa. Procuramos apresentar os momentos de amadurecimento do ethos, partindo da noção de religião popular, enquanto totalidade, tomando como modelo a denominada “bela” vida ética grega dos tempos de Tübingem, até o conceito de família como primeiro momento da eticidade apresentada na “Filosofia do Direito” (1821). Entre estes dois momentos, destacaremos a recepção hegeliana à filosofia moral kantiana em Berna, como também o conceito de destino e amor, momentos de unificação por influência de Hölderlin em Frankfurt. Com efeito, estes momentos de unificação já se apresentam em O “Sistema da vida ética” nos primeiros anos de Hegel em Iena. No “Sistema da vida ética” a família é apresentada como potência ética natural e o povo como potência ética absoluta. O texto pode ser compreendido como a sistematização dos escritos da juventude. As potências éticas, família e povo, que neste momento guardam dentro de si o direito natural, como escreve Hegel no artigo “Sobre as maneiras científicas de tratar o direito natural”, na “Fenomenologia do Espírito” (1807) se exteriorizam. Como diz Hegel no § 437 da referida obra trata-se da luta pelo reconhecimento nas figuras históricas de Antígona e Creonte. Deste modo no primeiro capítulo da dissertação teremos a construção do edifício ético natural, no segundo capítulo, se manifesta a cisão entre a família e a cidade. Por fim, concluímos o trabalho apresentando a família a partir do § 157 da “Filosofia do Direito” como vida ética inaugural...It can be seen along the main works of Hegel, from the writings of youth whose interest turns exclusively to religious themes to the writings of maturity with concerns about the community, the presence of an ethics. However, as throughout the present text, it is not merely (a ruling ethics) ethical rules. We present the moments of maturity of ethos based on the notion of popular religion as a whole, taking as model the so-called beautiful Greek ethical life of the Tübingen times until the notion of family as the first moment of an ethics presented in the Philosophy of Right (1821). Between these two moments we will highlight the Hegelian reception of the Kantian moral philosophy in Bern, as well as the notion of fate and love as moments of unification under the influence of Hölderlin in Frankfurt. Indeed, these moments of unification present themselves in the System of Ethical Life, written in the first years of Hegel in Jena. In the System of Ethical Life, the family is presented as a potent natural ethics and the people as absolute ethical power. The text can be understood as the systematization of the writings of youth. These potent ethics, people and family that at the moment hold within themselves the natural right, as Hegel writes in the article About the Scientific Manners of Approaching the Natural Right, as well as in the Phenomenology of Spirit (1807) are exteriorized. As Hegel mentions on the §437 of the Phenomenology, the struggle ist for recognition of the historical characters of Antigona and Creonte. This way, as in the first chapter of the dissertation we have the building of an ethical nature, in the second chapter there is the separation of the family and the city. Finally, we finish the work presenting the family as seen from the § 157 of Hegel's Philosophy of Right the initial ethical life... (Complete abstract click electronic access below)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Novelli, Pedro Geraldo Aparecido [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Oliveira, Claudeni Rodrigues de [UNESP]2014-06-11T19:26:20Z2014-06-11T19:26:20Z2012-09-28info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis80 f.application/pdfOLIVEIRA, Claudeni Rodrigues de. Reconhecimento ético em Hegel à luz do conceito de família. 2012. 80 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Filosofia e Ciências de Marília, 2012.http://hdl.handle.net/11449/93164000722361oliveira_cr_me_mar.pdf33004110041P128882620067461060000-0001-7750-7246Alephreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-08-13T17:49:37Zoai:repositorio.unesp.br:11449/93164Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-13T17:49:37Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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É possível perceber ao longo das principais obras de Hegel a presença de uma ética, desde os escritos da juventude cujo interesse se volta exclusivamente às temáticas religiosas até os escritos da maturidade, com preocupações com a coletividade. No entanto, como apresentaremos ao longo do texto, não se trata de uma ética normativa. Procuramos apresentar os momentos de amadurecimento do ethos, partindo da noção de religião popular, enquanto totalidade, tomando como modelo a denominada “bela” vida ética grega dos tempos de Tübingem, até o conceito de família como primeiro momento da eticidade apresentada na “Filosofia do Direito” (1821). Entre estes dois momentos, destacaremos a recepção hegeliana à filosofia moral kantiana em Berna, como também o conceito de destino e amor, momentos de unificação por influência de Hölderlin em Frankfurt. Com efeito, estes momentos de unificação já se apresentam em O “Sistema da vida ética” nos primeiros anos de Hegel em Iena. No “Sistema da vida ética” a família é apresentada como potência ética natural e o povo como potência ética absoluta. O texto pode ser compreendido como a sistematização dos escritos da juventude. As potências éticas, família e povo, que neste momento guardam dentro de si o direito natural, como escreve Hegel no artigo “Sobre as maneiras científicas de tratar o direito natural”, na “Fenomenologia do Espírito” (1807) se exteriorizam. Como diz Hegel no § 437 da referida obra trata-se da luta pelo reconhecimento nas figuras históricas de Antígona e Creonte. Deste modo no primeiro capítulo da dissertação teremos a construção do edifício ético natural, no segundo capítulo, se manifesta a cisão entre a família e a cidade. Por fim, concluímos o trabalho apresentando a família a partir do § 157 da “Filosofia do Direito” como vida ética inaugural... |
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