Curso de extensão universitária: bases físicas e ecossistemas das regiões de Bonito e Pantanal sul-matogrossense

• Autor(a) principal: Brandt Neto, Max [UNESP]
• Data de Publicação: 2001
• Outros Autores: Manzini, Flávio Fernando [UNESP]
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: http://proex.reitoria.unesp.br/congressos/Congressos/1__Congresso/Meio_Ambiente/Trabalho19.htm; http://hdl.handle.net/11449/148103

Esta atividade de extensão universitária foi realizada pela quinta vez em novembro de 1998, sempre dirigida a estudantes do Curso de Ciências Biológicas do nosso Instituto, constituindo curso no campo, que inclui aulas teórico-práticas desenvolvidas na própria natureza, ou seja, em dois dos mais importantes ambientes naturais do Brasil: Pantanal e Cerrado, com seus ecossistemas completamente diversos, facilmente visualizáveis em termos de substrato geológico, fauna e flora. O desenvolvimento desta atividade possibilita aos alunos contato direto com o ambiente físico e biológico, interando assim conhecimentos adquiridos até então, durante o curso de graduação, o que os leva, como quase biólogos formados, a uma visão mais globalizada das características destes dois ecossistemas. Considerando-se que o curso envolve viagem de cerca de 2.500 quilômetros, hospedagem, refeições, visitas previamente marcadas na região de Bonito (MS), materiais para uso no campo, vacinação, poupança financeira prévia dos alunos para sua manutenção, seu planejamento ocorre com meses de antecedência. Apesar das inúmeras dificuldades sempre encontradas na efetivação do curso, os resultados observados no interesse, participação e avaliações efetuadas pelos alunos fornecem-nos energia e motivação, suficientes, o que tem possibilitado sua realização em caráter anual. Dentre as dificuldades encontradas, em primeiro lugar está o transporte, o que tem sido resolvido, através do empréstimo de ônibus de outras Unidades da UNESP ou mesmo fretamento, neste aspecto, acreditamos que o problema está solucionado visto que o IBILCE hoje dispõe de um excelente ônibus. Outro aspecto diz respeito aos custos envolvidos no desenvolvimento, que englobam diárias (docentes e motoristas), combustível, pedágios, etc. Deve ser destacada também no aspecto de custos, que a poupança prévia efetuada por parte dos alunos possibilita a sua manutenção durante o período de desenvolvimento do curso (sete dias). O organograma do curso começa a ser desenvolvido no mês de novembro, quando apresenta-se aos alunos interessados (possíveis formandos no ano seguinte) os custos previstos e é elaborada a pré-lista de interessados. Em abril elabora-se lista de confirmação de participação, a partir do que começam as providências como reserva de ônibus, contatos prévios com locais a serem visitados etc. Em agosto, os alunos enviam percentual financeiro para confirmação de hospedagem e visitas na região de Bonito. Em outubro, são fornecidas informações aos alunos sobre as regiões a serem visitadas dificuldades, providências necessárias (ex: vacinação contra febre amarela), roteiro, textos, etc. Paralelamente, durante todo o período são desenvolvidas as atividades burocráticas acadêmicas (aprovação do curso por orgãos colegiados, solicitação de afastamentos etc.). Em novembro ocorre a realização do curso, avaliações, elaboração de relatórios e conseqüente finalização, seguido do início do processo para o ano seguinte. No entender dos coordenadores, o curso tem alcançado seus objetivos, comprovado pela sua periodicidade, aceitação e intensos elogios por parte dos alunos, que destacam em suas avaliações a importância do mesmo na formação do Biólogo, chegando a considerá-lo como imprescindível. Deste modo acredita-se no seu valor informativo e formativo. Finalizando deve ser considerado que qualquer aprimoramento de conhecimentos dos alunos, irá ocasionar em reflexos positivos no seu futuro profissional, e conseqüentemente na valorização da Universidade no contexto da sociedade.