A política externa do governo Bolsonaro: uma análise dos primeiros 100 dias de gestão
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/236257 |
Resumo: | O presente trabalho tem como objeto de estudo os resultados obtidos pela política externa do governo Bolsonaro durante os primeiros 100 dias de governo. As últimas eleições brasileiras para a presidência foram marcadas por um intenso embate ideológico entre os candidatos, e o resultado trouxe uma promessa de alteração significativa na forma de governar o país. As relações internacionais foram escolhidas como ponto de partida por conta do pouco destaque dado a este quesito, tanto nos planos de governo quanto nas discussões gerais, mesmo tendo importância significativa na política de um país, principalmente em um momento de facilidade nas conexões com outros países. Sob a análise de Magnoli (2013) e Vidigal et al. (2015), é abordado o conceito de relações internacionais e sua aplicação prática na política brasileira ao longo da história. São levadas em consideração as propostas dos governos anteriores, para que se tenha uma base comparativa da forma de governar o Brasil. Também é analisada a proposta de mudança no Ministério das Relações Exteriores, pregada por Jair Bolsonaro durante a campanha presidencial, estabelecendo a hipótese da criação de um ponto de inflexão na forma do Brasil se relacionar internacionalmente. Com os resultados da pesquisa, é possível concluir que há indícios de uma nova política externa no Brasil, com a aplicação de conceitos que, em certa medida, já foram adotados no passado, como a aproximação com países por viés ideológico, e a justificativa de se combater as relações com nações que adotam a visão política de esquerda. Mas, ainda assim, houve poucas inflexões nas relações econômicas com outros países. Apesar de pregar uma política neutra, os primeiros 100 dias de Bolsonaro foram marcados por práticas ideológicas conservadoras, criando um aparelhamento ideológico nos cargos distribuídos em seu governo, com destaque para o Itamaraty. Os recuos do governo e a insatisfação da oposição também foram essenciais para entender o cenário apresentado, visto que, por ser um país em desenvolvimento, o Brasil precisa de apoios distintos, tanto interna como externamente, em busca do crescimento em âmbito internacional. |
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A política externa do governo Bolsonaro: uma análise dos primeiros 100 dias de gestãoThe foreign policy of the Bolsonaro government: an analysis of the first 100 days of managementRelações InternacionaisPolítica externaBolsonaroComunicaçãoGovernoInternational RelationsForeign policyCommunicationGovernmentO presente trabalho tem como objeto de estudo os resultados obtidos pela política externa do governo Bolsonaro durante os primeiros 100 dias de governo. As últimas eleições brasileiras para a presidência foram marcadas por um intenso embate ideológico entre os candidatos, e o resultado trouxe uma promessa de alteração significativa na forma de governar o país. As relações internacionais foram escolhidas como ponto de partida por conta do pouco destaque dado a este quesito, tanto nos planos de governo quanto nas discussões gerais, mesmo tendo importância significativa na política de um país, principalmente em um momento de facilidade nas conexões com outros países. Sob a análise de Magnoli (2013) e Vidigal et al. (2015), é abordado o conceito de relações internacionais e sua aplicação prática na política brasileira ao longo da história. São levadas em consideração as propostas dos governos anteriores, para que se tenha uma base comparativa da forma de governar o Brasil. Também é analisada a proposta de mudança no Ministério das Relações Exteriores, pregada por Jair Bolsonaro durante a campanha presidencial, estabelecendo a hipótese da criação de um ponto de inflexão na forma do Brasil se relacionar internacionalmente. Com os resultados da pesquisa, é possível concluir que há indícios de uma nova política externa no Brasil, com a aplicação de conceitos que, em certa medida, já foram adotados no passado, como a aproximação com países por viés ideológico, e a justificativa de se combater as relações com nações que adotam a visão política de esquerda. Mas, ainda assim, houve poucas inflexões nas relações econômicas com outros países. Apesar de pregar uma política neutra, os primeiros 100 dias de Bolsonaro foram marcados por práticas ideológicas conservadoras, criando um aparelhamento ideológico nos cargos distribuídos em seu governo, com destaque para o Itamaraty. Os recuos do governo e a insatisfação da oposição também foram essenciais para entender o cenário apresentado, visto que, por ser um país em desenvolvimento, o Brasil precisa de apoios distintos, tanto interna como externamente, em busca do crescimento em âmbito internacional.The present work has as object of study the results obtained by Bolsonaro government foreign policy during the first 100 days of government. The last brazilian elections, to the presidency, were marked by an intense ideological clash between the candidates, and the result brought a promise of significant change in the way of governing the country. International relations were chosen as a starting point because of the lack of emphasis on this issue, both in government plans and in general discussions, even though significant in a country's politics, especially at a time of ease in connections with other countries. Under the analysis of Magnoli (2013) and Vidigal et al. (2015), is approached the concept of international relations and its practical application in Brazilian politics throughout history. The proposals of previous governments are taken into consideration, so as to have a comparative basis of the way of governing Brazil. It is also analyzed the proposal of change in the Ministry of Foreign Affairs, preached by Jair Bolsonaro during the presidential campaign, establishing the hypothesis of the creation of an inflection point in the way Brazil relates internationally. With the results of the research, it is possible to conclude that there is evidence of a new foreign policy in Brazil, and the application of concepts that, to a certain extent, have already been adopted in the past, such as the approach to countries by ideological bias, and the justification for combating relations with nations that adopt the left-wing political vision. But still, there were few inflections in economic relations with other countries. Despite preaching a neutral policy, Bolsonaro's first 100 days were marked by conservative ideological practices, creating an ideological rigging in the positions distributed under his government, highlighting the Itamaraty. The government's setbacks and opposition dissatisfaction were also essential to understand the scenario presented, since, as a developing country, Brazil needs distinct support, both internally and externally, in pursuit of international growth.Não recebi financiamentoUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Vicente, Maximiliano Martin [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Sousa, Júlio César Pereira de2022-08-23T15:07:12Z2022-08-23T15:07:12Z2019-11-21info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/236257porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-12-21T06:24:29Zoai:repositorio.unesp.br:11449/236257Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T20:57:02.815707Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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