Qual o estágio das práticas ambientais, sociais e de governança da agroindústria brasileira?

• Autor(a) principal: Faria, Giovana Romeu
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: https://hdl.handle.net/11449/252700
• topic: Agronegócio; Sustentabilidade; Administração

Objetivo: A presente pesquisa possui como objetivo geral avaliar o estágio das práticas de ESG da agroindústria brasileira, por meio principais modelos de avaliação apontados na literatura. Procedimentos de Pesquisa: Através do software Economática, foi extraída a relação de agroindústrias listadas na B3. Para obtenção dos dados foram analisadas as metodologias utilizadas pelas plataformas Bloomberg e Refinitiv, assim foram selecionadas as variáveis. Com as informações divulgadas pelas empresas foi possível obter dados para análise. Demais dados financeiros foram levantados por meio do software Economática. Após isto, foi realizada a análise estatística descritiva, coeficiente de correlação e análise estatística por meio do Teste-T de hipótese. O período da pesquisa foi referente aos anos de 2018 a 2022. Resultados e Discussões: Com os resultados analisados foi possível observar que os trabalhos evidenciados na revisão de literatura concordam com os resultados obtidos na pesquisa. Estes sinalizam que as agroindústrias brasileiras se enquadram no estágio inicial, pois há escassez e lacunas de informações, o que acarreta a falta de transparência das organizações e impacta as necessidades dos stakeholders. Também foi observado que os temas mais abordados pelas empresas são os que estão em alta na mídia, o que indica que as empresas possuem mais interesse apenas pelos temas que trarão maior visibilidade. Implicações Gerenciais: O trabalho contribui tanto para o meio acadêmico quanto para a sociedade visto que o modelo ESG impacta o ambiente natural, sociedade e organização, revelando que no Brasil a prática de ESG encontra-se em fase inicial, pois nas empresas selecionadas existe uma carência de práticas sustentáveis e atitudes éticas, afetando também diversas áreas como contabilidade, controladoria, recursos humanos, relações com investidores, atividades comerciais (compras e vendas) por exemplo, assim impactando a transparência das organizações e o desempenho de mercado. No meio acadêmico, constatou-se que empresas com mais práticas ESG possuem maior vantagem competitiva, o que as torna mais atrativas para os stakeholders e, consequentemente, aumenta sua confiabilidade. Conclusões e Limitações da Pesquisa: Os pilares de ESG estão correlacionados entre si e grande parte das empresas da amostra fazem pouco uso de ESG e pouca divulgação dos dados, concluindo que as práticas estão se iniciando nas agroindústrias brasileiras. As limitações encontradas foram referentes a amostra da pesquisa, pois se esta fosse realizada não só com empresas listadas na B3, a amostra seria maior e os resultados poderiam ser diferentes. Quanto ao período analisado, pois se o período fosse diferente talvez os resultados obtidos revelariam outro estágio para o ESG. Outra limitação se dá pela escassez de estudos a respeito do tema no cenário nacional e a falta de padronização e ausência de informações divulgadas pelas empresas. Originalidade: A originalidade do trabalho se deve ao fato de existirem poucos trabalhos sobre o tema no Brasil e sua importância para as empresas.