Uma velha moldura habitada por silêncios, um fundo territorial e seis verbos para integrar: a formação territorial do Oeste catarinense (1880/1940)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moraes, Cristina de [UNESP]
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/153843
Resumo: Esta pesquisa procurou analisar a formação territorial do Oeste de Santa Catarina, no período de 1880/1940, com o objetivo de desconstruir a interpretação de que os processos de formação possuem seu momento de gênese na implantação dos núcleos coloniais (a partir da segunda metade do século XX). Para isso, em um primeiro momento, constrói uma reflexão sobre como esta interpretação (da origem do Oeste catarinense a partir da colonização) produz uma moldura interpretativa que coloca em silêncio um significativo conjunto de eventos, agentes, relações e conflitos e acaba produzindo uma significação da “colonização” como evento fundador dessa região. Propõe-se como hipótese de investigação que essa perspectiva, de certo modo ainda vigente, acaba por tornar robusta a interpretação historiográfica proposta pela ideologia dominante. Sustenta-se, ainda, que a adoção do espaço-tempo de 1880-1940 como um fundo territorial em processo de integração corresponde a um fio investigativo que permite ultrapassar os silenciamentos produzidos pela historiografia. Também permite incorporar no enfoque acerca da formação dessa região alguns elementos que têm sido expurgados do passado oestino (como os conflitos advindos das relações de poder, os litígios territoriais, a atuação dos engenheiros militares na formação regional, o processo de mapeamento e racionalização etc). Conjuntamente com a ideia de fundo territorial, propõe-se que sejam consideradas as práticas espaciais que permitem a integração deste fundo. São identificadas seis práticas, as quais estão escritas na forma de verbos com o intuito de remeter a necessidade de compreendê-las sempre em uma perspectiva histórica, considerando-as sempre em movimento. São: partilhar, alinhavar, conhecer, significar, tecer e cultivar.
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