Questão agrária, cooperação e mercados: novas perspectivas para o MST
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/234957 |
Resumo: | Ter nascido na ocupação da Fazenda Annoni em 1985, vivido minha infância e juventude em um assentamento, ter estudado agroecologia no Instituto IALA Paulo Freire na Venezuela de 2006 a 2012, e desde então trabalhado na comercialização dos produtos da Reforma agrária me levou a pesquisar sobre o desafio do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em organizar a produção agrícola, e posteriormente a comercialização destes produtos. Partindo desse desafio estamos planteando entender os territórios dos assentamentos a partir do estudo da renda da terra, pois acreditamos que ela é a essência da questão agrária, dessa forma descrevemos os tipos de renda da terra e buscamos aproximar a teoria da realidade dos assentamentos através de exemplos práticos. Os modos de cooperação do MST ocupam a centralidade nesse trabalho, pois neles são depositados a responsabilidade de sanar as necessidades de acesso, da organização da produção e de comercialização, assim como também o crédito e a novas tecnologias que permitam ao camponês seguir existindo como classe após a conquista da terra. Para elucidar estes sistemas de cooperação trouxemos o aporte histórico da Confederação das Cooperativas da Reforma Agrária do Brasil (CONCRAB), e da Cooperativa dos Trabalhadores Assentados da Região de Porto Alegre Ltda., (COOTAP) como exemplo atual de gestão, relação com os camponeses e com o mercado, e por ser a cooperativa que realiza a produção do principal produto de divulgação do MST que é o arroz orgânico. E por último discutimos o mercado e sua importância para o escoamento da produção. Devido o mercado ter diferentes tipos de relações, acreditamos que ele é um território em disputa, e apresentamos as dificuldades impostas pelo mercado capitalista para a comercialização do arroz orgânico, e o porquê do mercado institucional ser nosso mercado. Apresentamos também a rede Armazém do Campo, que é uma estratégia de mercado e propaganda dos produtos do MST e da Reforma Agrária, através da venda de produtos orgânicos e agroecológicos, e do debate político relacionado a alimentação saudável, além dos eventos culturais que permitem a aproximação com a sociedade. |
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Questão agrária, cooperação e mercados: novas perspectivas para o MSTCuestión agrária, cooperación y mercados: nuevas perspectivas para el MSTMSTTerritórioCooperaçãoReforma agráriaMercadoTerritoryCooperationAgrarian reformMarketTerritorioCooperaciónReforma AgrariaMercadoTer nascido na ocupação da Fazenda Annoni em 1985, vivido minha infância e juventude em um assentamento, ter estudado agroecologia no Instituto IALA Paulo Freire na Venezuela de 2006 a 2012, e desde então trabalhado na comercialização dos produtos da Reforma agrária me levou a pesquisar sobre o desafio do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em organizar a produção agrícola, e posteriormente a comercialização destes produtos. Partindo desse desafio estamos planteando entender os territórios dos assentamentos a partir do estudo da renda da terra, pois acreditamos que ela é a essência da questão agrária, dessa forma descrevemos os tipos de renda da terra e buscamos aproximar a teoria da realidade dos assentamentos através de exemplos práticos. Os modos de cooperação do MST ocupam a centralidade nesse trabalho, pois neles são depositados a responsabilidade de sanar as necessidades de acesso, da organização da produção e de comercialização, assim como também o crédito e a novas tecnologias que permitam ao camponês seguir existindo como classe após a conquista da terra. Para elucidar estes sistemas de cooperação trouxemos o aporte histórico da Confederação das Cooperativas da Reforma Agrária do Brasil (CONCRAB), e da Cooperativa dos Trabalhadores Assentados da Região de Porto Alegre Ltda., (COOTAP) como exemplo atual de gestão, relação com os camponeses e com o mercado, e por ser a cooperativa que realiza a produção do principal produto de divulgação do MST que é o arroz orgânico. E por último discutimos o mercado e sua importância para o escoamento da produção. Devido o mercado ter diferentes tipos de relações, acreditamos que ele é um território em disputa, e apresentamos as dificuldades impostas pelo mercado capitalista para a comercialização do arroz orgânico, e o porquê do mercado institucional ser nosso mercado. Apresentamos também a rede Armazém do Campo, que é uma estratégia de mercado e propaganda dos produtos do MST e da Reforma Agrária, através da venda de produtos orgânicos e agroecológicos, e do debate político relacionado a alimentação saudável, além dos eventos culturais que permitem a aproximação com a sociedade.Having been born in the occupation of Fazenda Annoni in 1985, living my childhood and youth in a settlement, having studied agroecology at the IALA Paulo Freire Institute in Venezuela from 2006 to 2012 and since then working on the commercialization of agrarian reform products led me to research about the challenge of the Landless Rural Workers Movement (MST) in organizing agricultural production, and subsequently the commercialization of these products. Based on this challenge, we intend to understand the territories of the settlements based on the study of land rent, as we believe that this is the essence of the agrarian issue. Thus, we describe the types of land rent and seek to bring theory and the reality of the settlements through practical examples. The MST's forms of cooperation are central to this work, as they are responsible for solving the needs of access, the organization of production and marketing, as well as credit and new technologies that allow the peasant to continue subsisting as a class after the conquest of a land. To clarify these cooperation systems, we have brought the historical contribution of CONCRAB, and COOTAP as a current example of management, relationship with peasants and with market, and also because it is the cooperative that produces the main product for the dissemination of the MST, which is organic rice. Finally, we discuss the market and its importance for the production flow. Because the market has different types of relationships, we believe that it is a disputed territory, and we present the difficulties imposed by the capitalist market for the commercialization of organic rice under the free land brand and why the institutional market is our one. Likewise, we present Armazém do Campo, a market and advertising strategy for MST and Agrarian Reform products, through the sale of organic and agro ecological products and the political debate related to healthy eating, in addition to cultural events that allow us to get closer to society.Nacer en la ocupación de la Hacienda Annoni en 1985, por vivir mi infancia y juventud en un asentamiento, tener estudiado agroecología en el no Instituto IALA Paulo Freire en Venezuela de 2006 a 2012, y de entonces trabajado en la comercialización de los productos de la reforma agraria me llevaron a pesquisar sobre el desafío del Movimiento de los Trabajadores Rurales Sin Tierra (MST) en organizar la producción agrícola, y posteriormente a la comercialización de estos productos. Partiendo de tal desafío estamos planteando entender los territorios de los asentamientos a partir de los estudios de la Renda de la Tierra, pues creemos que ella es la esencia de la cuestión agraria, de esta manera descebemos los Renda de la Tierra y buscamos acercar a la teoría de la realidad de los asentamientos atreves de ejemplos prácticos. Los modos de cooperación del MST ocupan la centralidad en este trabajo, pues en ellos son depositados la responsabilidad de sanar las necesidades de acceso de la organización de la producción y de la comercialización, así como también el crédito y las nuevas tecnologías que permitan al campesino seguir existiendo después de la conquista de la tierra. Para elucidar estos sistemas de cooperación traemos el aporte histórico de la Confederación das Cooperativas de la Reforma Agraria do Brasil (CONCRAB), y la Cooperativa de los Trabajadores Asentados da Región de Porto Alegre Ltda. Como ejemplo actual de gestión, relación con los camposinos y con el mercado, y por se la cooperativa que realiza la producción del principal producto de divulgación del MST, que es el arroz orgánico. Y por último discutimos el mercado y su importancia para el drenaje de la producción. Debido el mercado tener diferentes tipos de relaciones, creemos que él es un territorio en disputa, y presentamos las dificultades impuestas por el mercado capitalista para la comercialización de arroz orgánico, y lo porque el mercado institucional es el nuestro mercado. Presentamos también la red Armazém do Campo una estrategia de mercado y propaganda de los productos del MST y de la Reforma Agraria, atreves de la venta de los productos orgánicos - agroecológicos y del debate político relacionado a la alimentación saludable, además de los eventos culturales que permiten a la aproximación con la sociedad.Universidade Estadual Paulista (Unesp)Fernandes, Bernardo Mançano [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Silva, Mauro Oteiro e2022-05-30T15:50:51Z2022-05-30T15:50:51Z2020-12-11info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/23495733004013068P6porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-12-15T06:22:35Zoai:repositorio.unesp.br:11449/234957Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T20:27:12.095915Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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