Utilização do nitrogênio da palha de milho e de adubos verdes pela cultura do milho

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Edson Cabral da
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: Muraoka, Takashi, Buzetti, Salatiér [UNESP], Espinal, Freddy Sinencio Contreras, Trivelin, Paulo César Ocheuze
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://dx.doi.org/10.1590/S0100-06832008000700032
http://hdl.handle.net/11449/27271
Resumo: A qualidade dos resíduos vegetais de culturas comerciais e adubos verdes influencia a taxa de mineralização/imobilização de N e o respectivo aproveitamento desse nutriente pelas subseqüentes culturas. Com o objetivo de avaliar a utilização do N mineralizado da parte aérea e do sistema radicular da crotalária (Crotalaria juncea) e milheto (Pennisetum americanum) e da palha de milho, marcados com 15N, realizou-se um estudo, em casa de vegetação, no Centro de Energia Nuclear na Agricultura - CENA/USP, Piracicaba (SP), em vasos com 5 kg de solo de um Latossolo Vermelho distroférrico. Foram utilizados seis tratamentos e quatro repetições, dispostos num delineamento inteiramente casualizado, compreendendo: T1 = palha de milho-15N (parte aérea, exceto os grãos) (80 mg kg-1 de N no solo); T2 = raiz de milheto-15N (30 mg kg-1 de N no solo); T3 = parte aérea de milheto-15N (80 mg kg-1 de N no solo); T4 = raiz de crotalária-15N (30 mg kg-1 de N no solo); T5 = parte aérea de crotalária-15N (80 mg kg-1 de N no solo) e T6 = tratamento sem adição de fonte orgânica de N. Para os tratamentos que receberam raiz marcada com 15N, adicionou-se parte aérea sem marcação isotópica na mesma quantidade que naqueles que receberam parte aérea marcada, e vice-versa. As raízes foram incorporadas ao solo e a parte aérea adicionada sobre a superfície. Para avaliar absorção de N da palha de milho-15N (7,35 Mg ha-1, equivalente a 56 kg ha-1 de N) pela cultura do milho, realizou-se também um experimento de campo, na mesma área em que foi coletado solo para o experimento de casa de vegetação. A quantidade de N no milho proveniente da crotalária (111,80 mg vaso-1 N ) foi superior à do milheto (30,98 mg vaso-1 N ), que foi superior à da palha de milho (11,80 mg vaso-1N ). A crotalária proporcionou maior absorção de N e produtividade de matéria seca ao milho. O aproveitamento pelo milho do N da parte aérea da crotalária foi superior ao do N do sistema radicular, mas não houve diferença para o N do milheto. A absorção do N dos restos culturais de milho pela cultura do milho, no campo, foi de 4,1 % da quantidade inicial.
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Foram utilizados seis tratamentos e quatro repetições, dispostos num delineamento inteiramente casualizado, compreendendo: T1 = palha de milho-15N (parte aérea, exceto os grãos) (80 mg kg-1 de N no solo); T2 = raiz de milheto-15N (30 mg kg-1 de N no solo); T3 = parte aérea de milheto-15N (80 mg kg-1 de N no solo); T4 = raiz de crotalária-15N (30 mg kg-1 de N no solo); T5 = parte aérea de crotalária-15N (80 mg kg-1 de N no solo) e T6 = tratamento sem adição de fonte orgânica de N. Para os tratamentos que receberam raiz marcada com 15N, adicionou-se parte aérea sem marcação isotópica na mesma quantidade que naqueles que receberam parte aérea marcada, e vice-versa. As raízes foram incorporadas ao solo e a parte aérea adicionada sobre a superfície. Para avaliar absorção de N da palha de milho-15N (7,35 Mg ha-1, equivalente a 56 kg ha-1 de N) pela cultura do milho, realizou-se também um experimento de campo, na mesma área em que foi coletado solo para o experimento de casa de vegetação. A quantidade de N no milho proveniente da crotalária (111,80 mg vaso-1 N ) foi superior à do milheto (30,98 mg vaso-1 N ), que foi superior à da palha de milho (11,80 mg vaso-1N ). A crotalária proporcionou maior absorção de N e produtividade de matéria seca ao milho. O aproveitamento pelo milho do N da parte aérea da crotalária foi superior ao do N do sistema radicular, mas não houve diferença para o N do milheto. A absorção do N dos restos culturais de milho pela cultura do milho, no campo, foi de 4,1 % da quantidade inicial.The quality of commercial crop residues and green manure influences the N mineralization-immobilization rate and the respective use by subsequent crops. With the objective of evaluating N utilization by corn of N from the shoot and root system of sunnhemp (Crotolaria juncea) and millet (Pennicetum americanum) and corn straw, labeled with 15N, a green house experiment was carried out at the Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA/USP), Piracicaba, S. Paulo, Brazil, in 5 kg pots with dystroferric Red Latosol in a completely randomized design, with four replications and the following six treatments: T1 = 15N labeled corn straw (above ground part, except grains) (80 mg kg-1 N in soil); T2 = 15N labeled millet root (30 mg kg-1 in soil); T3 = 15N labeled millet shoot (80 mg kg-1 N in soil); T4 = 15N labeled sunnhemp root (30 mg kg-1 N in soil); T5 = 15N labeled sunnhemp shoot (80 mg kg-1 N in soil) and T6 = treatment without addition of organic N source. In the treatments with 15N labeled root application, unlabeled shoot at the same amount added as in those where labeled shoot was applied, and vice-versa. The roots were incorporated into the soil and shoots left on the surface. To evaluate N absorption from 15N corn straw (7.35 Mg ha-1, equivalent to 56 kg ha-1 N) by corn crop, a field experiment was carried out, in the same area where the soil for the green house experiment had been collected. The amount of corn N derived from sunnhemp (111.80 mg pot-1 N) was higher than from millet (30.98 mg pot-1 N), which in turn higher was than from corn plant residues (11.80 mg pot-1 N). Sunnhemp resulted in highest nitrogen absorption and dry matter weight of the corn crop. The corn utilized more N from sunnhemp shoot than from roots, but there was no difference in N derived from millet. The N absorption of corn from corn straw was 4.1 % of the initial amount in the field experiment.USP CENAUNESP FEISUniversidade de São Paulo Escola Superior de Agricultura Luiz de QueirozUNESP FEISSociedade Brasileira de Ciência do SoloUniversidade de São Paulo (USP)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Silva, Edson Cabral daMuraoka, TakashiBuzetti, Salatiér [UNESP]Espinal, Freddy Sinencio ContrerasTrivelin, Paulo César Ocheuze2014-05-20T15:09:32Z2014-05-20T15:09:32Z2008-12-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article2853-2861application/pdfhttp://dx.doi.org/10.1590/S0100-06832008000700032Revista Brasileira de Ciência do Solo. Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, v. 32, n. spe, p. 2853-2861, 2008.0100-0683http://hdl.handle.net/11449/2727110.1590/S0100-06832008000700032S0100-06832008000700032WOS:000262687100032S0100-06832008000700032.pdf6513339894781452SciELOreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporRevista Brasileira de Ciência do Solo0.7990,679info:eu-repo/semantics/openAccess2024-07-05T18:12:31Zoai:repositorio.unesp.br:11449/27271Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T13:32:08.925628Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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