Fragmentação socioespacial e experiências urbanas em Presidente Prudente

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Victor Hugo Quissi Cordeiro da
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: https://hdl.handle.net/11449/253459
https://lattes.cnpq.br/8294275610698296
Resumo: Os processos de produção de diferenças e desigualdades socioespaciais são temas tratados na Geografia por diferentes geógrafos e perspectivas teórico-metodológicas. O espaço urbano, entendido como condição, meio e produto das relações sociais, expressa a relação entre uma lógica fragmentada e a segmentação socioespacial sendo, portanto, fundamental para a compreensão das desigualdades. O processo de fragmentação socioespacial é uma possibilidade de compreendermos como na estruturação da cidade as práticas espaciais dos citadinos definem e são definidas no contexto urbano propenso a acentuar as desigualdades socioespaciais, ainda mais agravada pela pandemia da covid-19. É a partir deste processo que observamos a condição dos sujeitos que vivem em conjuntos habitacionais do Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV) (faixa 1) em Presidente Prudente/SP e dos espaços residenciais fechados com residências de alto valor de troca, buscando objetivar a diferenciação e as desigualdades socioespaciais como caminho para se revelar nas escalas do cotidiano a sua inserção na cidade, levando em consideração as diferenças entre esses contextos socioeconômicos e espaciais distintos e mudanças advindas pelo contexto pandêmico. O processo de dispersão urbana foi discutido ao longo do texto e apresentado a partir das tipologias que este processo pode assumir no contexto latino-americano, ou seja, a precariópolis estatal e a privatópolis imobiliária, áreas marcadas respectivamente pela segregação e autossegregação socioespacial. As entrevistas semiestruturadas buscaram abordar diferentes aspectos do cotidiano e das experiências urbanas, tais como lazer, consumo, trabalho e habitação. A partir dessa metodologia pudemos identificar diferentes dimensões dos processos de segregação, autossegregação e fragmentação, indicados na maior ou menor autonomia na construção da própria espaço-temporalidade por parte dos entrevistados. Os percursos urbanos casa-trabalho-casa foram registrados a fim de apreendermos o cotidiano e elaborarmos uma análise da passagem da lógica centro-periférica para uma lógica fragmentária na qual se processa a fragmentação socioespacial não como determinante apenas, mas como forma-conteúdo do modo de pensar, fazer e viver a cidade.
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O processo de fragmentação socioespacial é uma possibilidade de compreendermos como na estruturação da cidade as práticas espaciais dos citadinos definem e são definidas no contexto urbano propenso a acentuar as desigualdades socioespaciais, ainda mais agravada pela pandemia da covid-19. É a partir deste processo que observamos a condição dos sujeitos que vivem em conjuntos habitacionais do Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV) (faixa 1) em Presidente Prudente/SP e dos espaços residenciais fechados com residências de alto valor de troca, buscando objetivar a diferenciação e as desigualdades socioespaciais como caminho para se revelar nas escalas do cotidiano a sua inserção na cidade, levando em consideração as diferenças entre esses contextos socioeconômicos e espaciais distintos e mudanças advindas pelo contexto pandêmico. O processo de dispersão urbana foi discutido ao longo do texto e apresentado a partir das tipologias que este processo pode assumir no contexto latino-americano, ou seja, a precariópolis estatal e a privatópolis imobiliária, áreas marcadas respectivamente pela segregação e autossegregação socioespacial. As entrevistas semiestruturadas buscaram abordar diferentes aspectos do cotidiano e das experiências urbanas, tais como lazer, consumo, trabalho e habitação. A partir dessa metodologia pudemos identificar diferentes dimensões dos processos de segregação, autossegregação e fragmentação, indicados na maior ou menor autonomia na construção da própria espaço-temporalidade por parte dos entrevistados. Os percursos urbanos casa-trabalho-casa foram registrados a fim de apreendermos o cotidiano e elaborarmos uma análise da passagem da lógica centro-periférica para uma lógica fragmentária na qual se processa a fragmentação socioespacial não como determinante apenas, mas como forma-conteúdo do modo de pensar, fazer e viver a cidade.The processes of producing socio-spatial differences and inequalities are themes addressed in Geography by different geographers and theoretical-methodological perspectives. Urban space, understood as a condition, medium, and product of social relations, expresses the relationship between a fragmented logic and socio-spatial segmentation, therefore being fundamental for understanding inequalities. The socio-spatial fragmentation process is a way to comprehend how, in the structuring of the city, the spatial practices of urban dwellers define and are defined in the urban context prone to accentuating socio-spatial inequalities, further exacerbated by the COVID-19 pandemic. It is from this process that we will observe the condition of individuals living in housing complexes of the Minha Casa Minha Vida Program (PMCMV) (band 1) in Presidente Prudente/SP, and closed residential spaces with high exchange value residences, aiming to objectify differentiation and socio-spatial inequalities as a path to reveal their insertion in the city on the scales of everyday life, taking into account the differences between these distinct socio-economic and spatial contexts and changes arising from the pandemic context. The process of urban dispersion will be discussed throughout the text and presented based on the typologies of this process in the Latin American context, namely, the state precariopolis and the real estate privatopolis, areas marked respectively by socio-spatial segregation and self-segregation. Semi-structured interviews sought to address different aspects of daily life and urban experiences, such as leisure, consumption, work, and housing. Through this methodology, we were able to identify different dimensions of segregation, self-segregation, and fragmentation processes, indicated by the greater or lesser autonomy in constructing their own space-time by the interviewees. Urban routes home-work-home were recorded to grasp daily life and develop an analysis of the transition from a center-periphery logic to a fragmented logic in which socio-spatial fragmentation occurs not only as a determinant but also as the form-content of the way of thinking, doing, and living in the city.Los procesos de producción de diferencias y desigualdades socioespaciales son temas abordados en la Geografía por diferentes geógrafos y perspectivas teórico-metodológicas. El espacio urbano, entendido como condición, medio y producto de las relaciones sociales, expresa la relación entre una lógica fragmentada y la segmentación socioespacial, siendo fundamental para la comprensión de las desigualdades. El proceso de fragmentación socioespacial es una manera de comprender cómo, en la estructuración de la ciudad, las prácticas espaciales de los habitantes urbanos se definen y son definidas en el contexto urbano propenso a acentuar las desigualdades socioespaciales, agravadas aún más por la pandemia de COVID-19. Es a partir de este proceso que observaremos la condición de las personas que viven en conjuntos habitacionales del Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV) (banda 1) en Presidente Prudente/SP, y en espacios residenciales cerrados con viviendas de alto valor de intercambio, buscando objetivar la diferenciación y las desigualdades socioespaciales como un camino para revelar su inserción en la ciudad en las escalas de la vida cotidiana, teniendo en cuenta las diferencias entre estos contextos socioeconómicos y espaciales distintos y los cambios derivados del contexto pandémico. El proceso de dispersión urbana se discutirá a lo largo del texto y se presentará con base en las tipologías de este proceso en el contexto latinoamericano, es decir, la precariópolis estatal y la privatópolis inmobiliaria, áreas marcadas respectivamente por la segregación socioespacial y la autossegregación. Las entrevistas semiestructuradas buscaron abordar diferentes aspectos de la vida cotidiana y las experiencias urbanas, como el ocio, el consumo, el trabajo y la vivienda. A través de esta metodología, pudimos identificar diferentes dimensiones de los procesos de segregación, autossegregación y fragmentación, indicadas por la mayor o menor autonomía en la construcción de su propia espacio-temporalidad por parte de los entrevistados. Se registraron las rutas urbanas hogar-trabajo-hogar para comprender la vida cotidiana y elaborar un análisis de la transición de una lógica centro-periferia a una lógica fragmentada en la que la fragmentación socioespacial ocurre no solo como determinante, sino también como forma-contenido de la manera de pensar, hacer y vivir la ciudad.Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)FAPESP: 2021/04735-1Universidade Estadual Paulista (Unesp)Sposito, Eliseu Savério [UNESP]Silva, Victor Hugo Quissi Cordeiro da2024-02-27T17:30:14Z2024-02-27T17:30:14Z2024-02-23info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfSilva, Victor Hugo Quissi Cordeiro da. Fragmentação socioespacial e experiências urbanas em Presidente Prudente. Eliseu Savério Sposito. 2024. 209 f. Dissertação (Mestrado em Geografia) - Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente, 2024.https://hdl.handle.net/11449/253459https://lattes.cnpq.br/8294275610698296porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-02-28T06:09:58Zoai:repositorio.unesp.br:11449/253459Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T18:47:27.003036Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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