Arte de rua: a criminalização da cultura preta e periférica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Maria Eduarda Stefany Soares
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Oliveira, Talles André de
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/238249
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo apresentar um estudo sobre a arte de rua, suas variadas formas de expressão, seu surgimento, o seu potencial na construção de um pensamento crítico e revolucionário. Por outro lado, evidencia também, como a sociedade e o seu pensamento dominante materializado nas estruturas de poder tem promovido o processo de criminalização da arte de rua. O estudo tem como base a pesquisa bibliográfica e documental, seguindo a perspectiva sócio histórica, com demarcações importantes acerca das suas manifestações durante o período da ditadura empresarial e militar no Brasil, considerando o período de 1964 a 1986, foram 21 anos de perseguição, censuras e impedimento das manifestações críticas ao governos e à forma societária vigente. Após o período ditatorial, embora tenha sido conquistado o Estado Democrático de Direito, a partir da Constituição Federal de 1988 (CF/1988), as perseguições, a criminalização que afetam a construção da identidade e da vivência da comunidade e da cultura preta e periférica, ainda se mantém, como demonstrado durante este estudo. A CF (1988) apresenta importantes avanços no campo da democracia, todavia, não freou o braço repressor do Estado que comparece, sobretudo, nas periferias para impedir, intimidar, encarcerar e eliminar as formas de resistência, especialmente, quando se trata de pessoas pretas, como também da sua arte e cultura, mais vivamente demonstrada na arte de rua. Por fim, chama-se a atenção da categoria profissional de Serviço Social para a arte de rua, como uma importante forma de (re)existência, de luta e de denúncias social, política, cultural da população preta e periférica.
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