Avaliação da atividade anti-inflamatória intestinal da dieta enriquecida com farinha de banana prata verde (Musa sp AAB) no modelo de inflamação intestinal induzida por TNBS em ratos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/152942 |
Resumo: | A Doença Inflamatória Intestinal (DII) é uma doença inflamatória crônica e idiopática do intestino que inclui duas doenças distintas: a Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa. Os pacientes acometidos pela DII podem sofrer de dor abdominal, diarreia e de outros sintomas socialmente inaceitáveis que comprometem sua qualidade de vida. Embora exista uma grande quantidade de fármacos destinados ao tratamento da DII, fatores como o alto custo de aquisição, os efeitos colaterais e o fato de uma parte dos pacientes não responderem inicialmente ao tratamento, têm despertado o interesse de pesquisadores na busca de novas abordagens de tratamento para a doença. Uma das alternativas é a utilização de produtos naturais com propriedades antioxidante e/ou imunomoduladora, assim como de produtos que possam modular a microbiota intestinal, prevenindo recidivas ou complementando o tratamento de pacientes acometidos pela DII. Com base nisso, estudos realizados por nosso grupo de pesquisa com a farinha de banana nanica verde (Musa sp AAA) demonstraram que a espécie apresentou um efeito anti-inflamatório intestinal. Considerando a similaridade química, a espécie Musa sp AAB (banana prata) foi selecionada para a realização do presente estudo. As bananas são ricas em fibras, amido resistente e fenóis, além de apresentarem alto valor nutricional por serem excelentes fontes de potássio, cálcio, fósforo e vitaminas A, B e C. De forma geral, as bananas apresentam atividades antidiarreica, antiulcerogênica, antimicrobiana, hipoglicemiante, antioxidante, anti-hipertensiva e diurética, sendo que a variedade Musa sp AAA aumentou a produção de AGCCs provavelmente por produzir efeitos prebióticos devido a presença de fibras e amido resistente em sua composição. Diante disso, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a atividade anti-inflamatória intestinal da dieta enriquecida com farinha de banana prata verde (Musa sp AAB) no modelo de inflamação intestinal induzida por TNBS em ratos. Para isso, a farinha de banana prata verde foi incorporada nas proporções de 5% e 10% na dieta de ratos machos Wistar por 28 dias antes e 7 dias após a indução do processo inflamatório intestinal. Após a morte dos animais, ocorrida no 35º dia, foram realizadas análises macroscópicas, microscópicas e bioquímicas. Neste trabalho também foi realizada uma prospecção fitoquímica do extrato etanólico 70% da farinha de banana prata verde, e avaliado o teor de fenóis totais presente nesse extrato e sua atividade antioxidante por dois diferentes métodos. Os resultados mostraram a presença de fenóis, taninos e saponinas no extrato da farinha de Musa sp AAB, e demonstrou que nos métodos in vitro utilizados, a farinha teve discreta atividade antioxidante. Contudo, in vivo a dieta enriquecida com o produto foi capaz de evitar a depleção de glutationa colônica, além de reduzir a extensão da lesão causada pela instilação do TNBS, diminuir a ocorrência de aderência entre o intestino e os órgãos adjacentes e evitar a depleção de muco no epitélio e lúmen intestinal. Assim, o presente estudo demonstrou que a dieta enriquecida com farinha de banana prata verde nas concentrações de 5% e 10% melhora o processo inflamatório intestinal devido sua propriedade antioxidante, que está provavelmente relacionada ao seu conteúdo de compostos antioxidantes, fibras e amido resistente. |
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Avaliação da atividade anti-inflamatória intestinal da dieta enriquecida com farinha de banana prata verde (Musa sp AAB) no modelo de inflamação intestinal induzida por TNBS em ratosIntestinal antiinflammatory activity of diet enriched with green dwarf prata flour (Musa sp AAB) in the trinitrobenzenesulphonic acid model of rat colitisbanana prataMusa sp AABdoença Inflamatória Intestinalmucoestresse oxidativodwarf prataMusa sp AABinflammatory bowel diseasemucusoxidative stressA Doença Inflamatória Intestinal (DII) é uma doença inflamatória crônica e idiopática do intestino que inclui duas doenças distintas: a Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa. Os pacientes acometidos pela DII podem sofrer de dor abdominal, diarreia e de outros sintomas socialmente inaceitáveis que comprometem sua qualidade de vida. Embora exista uma grande quantidade de fármacos destinados ao tratamento da DII, fatores como o alto custo de aquisição, os efeitos colaterais e o fato de uma parte dos pacientes não responderem inicialmente ao tratamento, têm despertado o interesse de pesquisadores na busca de novas abordagens de tratamento para a doença. Uma das alternativas é a utilização de produtos naturais com propriedades antioxidante e/ou imunomoduladora, assim como de produtos que possam modular a microbiota intestinal, prevenindo recidivas ou complementando o tratamento de pacientes acometidos pela DII. Com base nisso, estudos realizados por nosso grupo de pesquisa com a farinha de banana nanica verde (Musa sp AAA) demonstraram que a espécie apresentou um efeito anti-inflamatório intestinal. Considerando a similaridade química, a espécie Musa sp AAB (banana prata) foi selecionada para a realização do presente estudo. As bananas são ricas em fibras, amido resistente e fenóis, além de apresentarem alto valor nutricional por serem excelentes fontes de potássio, cálcio, fósforo e vitaminas A, B e C. De forma geral, as bananas apresentam atividades antidiarreica, antiulcerogênica, antimicrobiana, hipoglicemiante, antioxidante, anti-hipertensiva e diurética, sendo que a variedade Musa sp AAA aumentou a produção de AGCCs provavelmente por produzir efeitos prebióticos devido a presença de fibras e amido resistente em sua composição. Diante disso, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a atividade anti-inflamatória intestinal da dieta enriquecida com farinha de banana prata verde (Musa sp AAB) no modelo de inflamação intestinal induzida por TNBS em ratos. Para isso, a farinha de banana prata verde foi incorporada nas proporções de 5% e 10% na dieta de ratos machos Wistar por 28 dias antes e 7 dias após a indução do processo inflamatório intestinal. Após a morte dos animais, ocorrida no 35º dia, foram realizadas análises macroscópicas, microscópicas e bioquímicas. Neste trabalho também foi realizada uma prospecção fitoquímica do extrato etanólico 70% da farinha de banana prata verde, e avaliado o teor de fenóis totais presente nesse extrato e sua atividade antioxidante por dois diferentes métodos. Os resultados mostraram a presença de fenóis, taninos e saponinas no extrato da farinha de Musa sp AAB, e demonstrou que nos métodos in vitro utilizados, a farinha teve discreta atividade antioxidante. Contudo, in vivo a dieta enriquecida com o produto foi capaz de evitar a depleção de glutationa colônica, além de reduzir a extensão da lesão causada pela instilação do TNBS, diminuir a ocorrência de aderência entre o intestino e os órgãos adjacentes e evitar a depleção de muco no epitélio e lúmen intestinal. Assim, o presente estudo demonstrou que a dieta enriquecida com farinha de banana prata verde nas concentrações de 5% e 10% melhora o processo inflamatório intestinal devido sua propriedade antioxidante, que está provavelmente relacionada ao seu conteúdo de compostos antioxidantes, fibras e amido resistente.Inflammatory bowel disease (IBD) is a chronic and idiopathic inflammation of gastrointestinal tract that comprises two major disorders: Crohn's Disease and Ulcerative Colitis. Patients affected by IBD may suffer abdominal pain, diarrhea and other socially unacceptable symptoms that compromise their quality of life. Although there are a large number of drugs for the treatment of IBD, factors such as the high cost of acquisition, side effects and the fact that many patients do not respond initially to the available treatment, have aroused the interest of researchers to evaluate new therapeutic approaches to disease. One of these alternatives is the use of natural products with antioxidant and/or immunomodulatory properties, as well as products which can modulate the intestinal microbiota, preventing relapses or complementing patient treatments. Based on this, our research group conducted studies with green dwarf banana flour (Musa sp AAA) and demonstrated its intestinal anti-inflammatory effect. Bananas are rich in fiber, resistant starch and phenols, and have high nutritional value as they are excellent sources of potassium, calcium, phosphorus and vitamins A, B and C. Generally, bananas present antidiarrheal, antiulcerogenic, antimicrobial, hypoglycemic, antihypertensive, antihypertensive and diuretic activities. Indeed, Musa sp AAA variety increased the production of SCFAs probably because they produce prebiotic effects due to the presence of fibers and resistant starch in its composition. Considering the chemical similarity, Musa sp AAB (green dwarf prata) was selected in the present study to evaluate the intestinal anti-inflammatory activity of the diet enriched with poovan green banana flour (Musa sp AAB) in the experimental model of intestinal inflammation induced by trinitrobenzenesulfonic acid (TNBS) in rats. Green dwarf prata flour was incorporated in concentrations of 5% and 10% in the diet of male Wistar rats for 28 days before and 7 days after induction of intestinal inflammation by TNBS. The animals were killed on the 35th day and macroscopic, microscopic, biochemical and microscopic analysis were performed. Phytochemical prospection of ethanol extract 70% of banana green flour was also performed and the total phenol content present in this extract and its antioxidant activity were evaluated by two different methods: 2,2-diphenyl-1-picryl-hydrazyl (DPPH) and lipid peroxidation in membranes of rat brains. The results showed the presence of phenols, tannins and saponins in the Musa sp AAB flour extract, and a low antioxidative potential in in vitro methods used. However, enriched diet showed protective and anti-inflammatory effects in vivo, evidenced by reduction of lesion extension induced by inflammation and occurrence of adhesion between intestine and adjacent organs. Diets were also able to prevent depletion of glutathione and mucus in the colon, improving oxidative stress generated during the inflammatory process. Thus, the present study demonstrated that diets enriched with green banana flour at 5% and 10% concentrations improve intestinal inflammatory process due to its anti-inflammatory and antioxidant effects, which may be associated to its chemical composition.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Di Stasi, Luiz Claudio [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Costa, Erika Ferreira2018-03-09T12:10:44Z2018-03-09T12:10:44Z2018-02-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/15294200089803433004064052P0porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-11-19T06:11:29Zoai:repositorio.unesp.br:11449/152942Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T18:08:00.895685Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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A Doença Inflamatória Intestinal (DII) é uma doença inflamatória crônica e idiopática do intestino que inclui duas doenças distintas: a Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa. Os pacientes acometidos pela DII podem sofrer de dor abdominal, diarreia e de outros sintomas socialmente inaceitáveis que comprometem sua qualidade de vida. Embora exista uma grande quantidade de fármacos destinados ao tratamento da DII, fatores como o alto custo de aquisição, os efeitos colaterais e o fato de uma parte dos pacientes não responderem inicialmente ao tratamento, têm despertado o interesse de pesquisadores na busca de novas abordagens de tratamento para a doença. Uma das alternativas é a utilização de produtos naturais com propriedades antioxidante e/ou imunomoduladora, assim como de produtos que possam modular a microbiota intestinal, prevenindo recidivas ou complementando o tratamento de pacientes acometidos pela DII. Com base nisso, estudos realizados por nosso grupo de pesquisa com a farinha de banana nanica verde (Musa sp AAA) demonstraram que a espécie apresentou um efeito anti-inflamatório intestinal. Considerando a similaridade química, a espécie Musa sp AAB (banana prata) foi selecionada para a realização do presente estudo. As bananas são ricas em fibras, amido resistente e fenóis, além de apresentarem alto valor nutricional por serem excelentes fontes de potássio, cálcio, fósforo e vitaminas A, B e C. De forma geral, as bananas apresentam atividades antidiarreica, antiulcerogênica, antimicrobiana, hipoglicemiante, antioxidante, anti-hipertensiva e diurética, sendo que a variedade Musa sp AAA aumentou a produção de AGCCs provavelmente por produzir efeitos prebióticos devido a presença de fibras e amido resistente em sua composição. Diante disso, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a atividade anti-inflamatória intestinal da dieta enriquecida com farinha de banana prata verde (Musa sp AAB) no modelo de inflamação intestinal induzida por TNBS em ratos. Para isso, a farinha de banana prata verde foi incorporada nas proporções de 5% e 10% na dieta de ratos machos Wistar por 28 dias antes e 7 dias após a indução do processo inflamatório intestinal. Após a morte dos animais, ocorrida no 35º dia, foram realizadas análises macroscópicas, microscópicas e bioquímicas. Neste trabalho também foi realizada uma prospecção fitoquímica do extrato etanólico 70% da farinha de banana prata verde, e avaliado o teor de fenóis totais presente nesse extrato e sua atividade antioxidante por dois diferentes métodos. Os resultados mostraram a presença de fenóis, taninos e saponinas no extrato da farinha de Musa sp AAB, e demonstrou que nos métodos in vitro utilizados, a farinha teve discreta atividade antioxidante. Contudo, in vivo a dieta enriquecida com o produto foi capaz de evitar a depleção de glutationa colônica, além de reduzir a extensão da lesão causada pela instilação do TNBS, diminuir a ocorrência de aderência entre o intestino e os órgãos adjacentes e evitar a depleção de muco no epitélio e lúmen intestinal. Assim, o presente estudo demonstrou que a dieta enriquecida com farinha de banana prata verde nas concentrações de 5% e 10% melhora o processo inflamatório intestinal devido sua propriedade antioxidante, que está provavelmente relacionada ao seu conteúdo de compostos antioxidantes, fibras e amido resistente. |
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