Aneurisma de aorta infrarenal tratado por via endovascular em pacientes assintomáticos versus sintomáticos: avaliação da medida do saco aneurismático após um ano de seguimento

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva Junior, José Elias da [UNESP]
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/152531
Resumo: A correção endovascular do aneurisma de aorta abdominal (EVAR) modificou o tratamento desta patologia, reduzindo a mortalidade e as complicações, á curto prazo quando comparada à cirurgia aberta. Ainda assim, os pacientes necessitam de seguimento rigoroso a fim de reconhecer as possíveis complicações. O crescimento do diâmetro do saco aneurismático pós-EVAR está relacionado ao risco de rotura ou necessidade de reabordagem, sendo que alguns fatores pré-operatórios podem prever esse aumento. OBJETIVO:Identificar se os sintomas pré-tratamento EVAR podem ser um fator preditivo para a continuidade da expansão do saco aneurismático após tratamento, no seguimento em 12 meses. MATERIAL E MÉTODOS: Estudo retrospectivo realizado através da coleta de dados do prontuário dos pacientes em seguimento na Faculdade de Medicina de Botucatu e que preencheram critérios de inclusão. Os pacientes foram separados em dois grupos de estudos: G1- Pacientes assintomáticos quanto a presença do aneurisma de aorta infrarenal; G2- Pacientes sintomáticos quanto a presença do aneurisma de aorta infrarenal. Todos os grupos foram acompanhados por 12 meses e avaliados quanto ao crescimento do saco aneurismático após o procedimento endovascular, através de AngioTC e Duplex Scan e coleta do exame “proteína C Reativa” para avaliação inflamatória relacionada ao EVAR. RESULTADOS: Foram estudados 112 pacientes. A faixa etária apresentou uma média de 68,6 anos. 80% eram do sexo masculino e 95% brancos. A maioria dos pacientes eram hipertensos e fumantes, 74,1% e 67% respectivamente. No total houve 22,3% de endoleak e o aumento do saco aneurismático foi de 26,8%. Avaliando todos os pacientes, ocorreu diminuição do diâmetro do AAA em média de 0,8cm, entre o pré e pós-operatório. Observou se que 25,3% dos assintomáticos e 30% dos sintomáticos tiveram crescimento do saco aneurismáticos. A presença de endoleak ocorreu em 19% dos assintomáticos e 41,2% dos sintomáticos. No total, 40 % dos pacientes que evoluíram com aumento do saco aneurismático apresentavam endoleak. CONCLUSÃO: Os pacientes que tiveram dor no pré-operatório, portanto, sintomáticos, apresentaram uma taxa numérica maior do crescimento do saco aneurismático em relação ao grupo que não apresentava sintomas, mas este achado não foi estatisticamente significante. A presença do endoleak não foi a única causa do crescimento dos AAAs. Não houve diferença do PCR colhido no pré-operatório em relação ao crescimento do AAA em ambos os grupos. A hipertensão arterial foi a comorbidades mais frequente na nossa casuística.
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O crescimento do diâmetro do saco aneurismático pós-EVAR está relacionado ao risco de rotura ou necessidade de reabordagem, sendo que alguns fatores pré-operatórios podem prever esse aumento. OBJETIVO:Identificar se os sintomas pré-tratamento EVAR podem ser um fator preditivo para a continuidade da expansão do saco aneurismático após tratamento, no seguimento em 12 meses. MATERIAL E MÉTODOS: Estudo retrospectivo realizado através da coleta de dados do prontuário dos pacientes em seguimento na Faculdade de Medicina de Botucatu e que preencheram critérios de inclusão. Os pacientes foram separados em dois grupos de estudos: G1- Pacientes assintomáticos quanto a presença do aneurisma de aorta infrarenal; G2- Pacientes sintomáticos quanto a presença do aneurisma de aorta infrarenal. Todos os grupos foram acompanhados por 12 meses e avaliados quanto ao crescimento do saco aneurismático após o procedimento endovascular, através de AngioTC e Duplex Scan e coleta do exame “proteína C Reativa” para avaliação inflamatória relacionada ao EVAR. RESULTADOS: Foram estudados 112 pacientes. A faixa etária apresentou uma média de 68,6 anos. 80% eram do sexo masculino e 95% brancos. A maioria dos pacientes eram hipertensos e fumantes, 74,1% e 67% respectivamente. No total houve 22,3% de endoleak e o aumento do saco aneurismático foi de 26,8%. Avaliando todos os pacientes, ocorreu diminuição do diâmetro do AAA em média de 0,8cm, entre o pré e pós-operatório. Observou se que 25,3% dos assintomáticos e 30% dos sintomáticos tiveram crescimento do saco aneurismáticos. A presença de endoleak ocorreu em 19% dos assintomáticos e 41,2% dos sintomáticos. No total, 40 % dos pacientes que evoluíram com aumento do saco aneurismático apresentavam endoleak. CONCLUSÃO: Os pacientes que tiveram dor no pré-operatório, portanto, sintomáticos, apresentaram uma taxa numérica maior do crescimento do saco aneurismático em relação ao grupo que não apresentava sintomas, mas este achado não foi estatisticamente significante. A presença do endoleak não foi a única causa do crescimento dos AAAs. Não houve diferença do PCR colhido no pré-operatório em relação ao crescimento do AAA em ambos os grupos. A hipertensão arterial foi a comorbidades mais frequente na nossa casuística.The endovascular repair of abdominal aortic aneurysm (EVAR) modified its treatment, reducing the mortality and complications in short-term compared to open repair. Even though, patients need strict follow-up to identify possibly complications. The sac aneurysm enlargement after EVAR is related to the risk of rupture or reintervention, with some preoperative factors can predict this enlargement. OBJECTIVE: Identify if the AAA symptons, especially pain, are predictors of abdominal aortic aneurym sac enlargement after EVAR. METHODS: Retrospective study through the gathering of data about the patientes in follow-up in Botucatu School Medicine. The patients were separated in two groups: G1 – assymptomatics in the preoperative; G2 – syptomatic in the preoperative. Both groups were followed-up for 12 months to the sac enlargement through AngioCT, duplex scan and Reative-C-Protein. RESULTS: 112 patientes were analysed. The age average was 68,6 years. 80% were male and 95% white. Most of them were hypertensive and smoker, 74,1% and 67% respectively. There was 22,3% of endoleaks and 26,8% sac enlargement ratio. 25,3% of the assymptomatics and 30% of the symptomatics had sac enlargement. 19% of the assymptomatics compared with 41,2% of the symptomatics had endoleak. 40% of the patients with sac enlargement had endoleaks. CONCLUSION: The symptomatics preoperative patients has a higher risk compared with assymptomatic group. The endoleak is not the only reason for the AAA sac enlargement. There was no difference between the groups G1 and G2 related to AAA sac enlargement and Reative-CProtein. Hypertension was the most prevalent comorbidity in our study.Não recebi financiamentoUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Ceranto, Regina Moura [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Silva Junior, José Elias da [UNESP]2018-01-18T17:56:40Z2018-01-18T17:56:40Z2017-08-25info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/1525310008960162525576642780450porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-12-26T06:23:10Zoai:repositorio.unesp.br:11449/152531Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462023-12-26T06:23:10Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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Silva Junior, José Elias da [UNESP]
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description A correção endovascular do aneurisma de aorta abdominal (EVAR) modificou o tratamento desta patologia, reduzindo a mortalidade e as complicações, á curto prazo quando comparada à cirurgia aberta. Ainda assim, os pacientes necessitam de seguimento rigoroso a fim de reconhecer as possíveis complicações. O crescimento do diâmetro do saco aneurismático pós-EVAR está relacionado ao risco de rotura ou necessidade de reabordagem, sendo que alguns fatores pré-operatórios podem prever esse aumento. OBJETIVO:Identificar se os sintomas pré-tratamento EVAR podem ser um fator preditivo para a continuidade da expansão do saco aneurismático após tratamento, no seguimento em 12 meses. MATERIAL E MÉTODOS: Estudo retrospectivo realizado através da coleta de dados do prontuário dos pacientes em seguimento na Faculdade de Medicina de Botucatu e que preencheram critérios de inclusão. Os pacientes foram separados em dois grupos de estudos: G1- Pacientes assintomáticos quanto a presença do aneurisma de aorta infrarenal; G2- Pacientes sintomáticos quanto a presença do aneurisma de aorta infrarenal. Todos os grupos foram acompanhados por 12 meses e avaliados quanto ao crescimento do saco aneurismático após o procedimento endovascular, através de AngioTC e Duplex Scan e coleta do exame “proteína C Reativa” para avaliação inflamatória relacionada ao EVAR. RESULTADOS: Foram estudados 112 pacientes. A faixa etária apresentou uma média de 68,6 anos. 80% eram do sexo masculino e 95% brancos. A maioria dos pacientes eram hipertensos e fumantes, 74,1% e 67% respectivamente. No total houve 22,3% de endoleak e o aumento do saco aneurismático foi de 26,8%. Avaliando todos os pacientes, ocorreu diminuição do diâmetro do AAA em média de 0,8cm, entre o pré e pós-operatório. Observou se que 25,3% dos assintomáticos e 30% dos sintomáticos tiveram crescimento do saco aneurismáticos. A presença de endoleak ocorreu em 19% dos assintomáticos e 41,2% dos sintomáticos. No total, 40 % dos pacientes que evoluíram com aumento do saco aneurismático apresentavam endoleak. CONCLUSÃO: Os pacientes que tiveram dor no pré-operatório, portanto, sintomáticos, apresentaram uma taxa numérica maior do crescimento do saco aneurismático em relação ao grupo que não apresentava sintomas, mas este achado não foi estatisticamente significante. A presença do endoleak não foi a única causa do crescimento dos AAAs. Não houve diferença do PCR colhido no pré-operatório em relação ao crescimento do AAA em ambos os grupos. A hipertensão arterial foi a comorbidades mais frequente na nossa casuística.
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