A percepção de pessoas com deficiência intelectual sobre as emoções no contexto de residência inclusiva

• Autor(a) principal: Braga, Isadora Tomaz
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/213720
• topic: Emoção; Deficiência Intelectual; Residência Inclusiva; Emotion; Intellectual Disability; Inclusive Residence

Os estudos que fazem aproximações sobre os temas emoções e deficiência intelectual estão em desenvolvimento nos últimos anos, porém ainda é bastante difícil encontrar textos que não tratem os temas de maneira segmentada. Torna-se considerável a promoção de pesquisas que possam aproximá-los tendo em vista a contribuição com o avanço da ciência para o desenvolvimento de instrumentos e intervenções que tratem de aspectos emocionais. Nesta direção, esta pesquisa teve como objetivo geral analisar as competências emocionais de pessoas com deficiência intelectual e como objetivos específicos: identificar as facilidades e dificuldades nas tarefas de descrição, nomeação, identificação e exemplificação das emoções; verificar a habilidade de relacionar as emoções às vivências e compreender a relação entre a identificação emocional e o contexto em que se inserem. Os participantes foram 12 homens com idades entre 20 a 57 anos, com diagnóstico de deficiência intelectual e que fazem parte de um serviço de acolhimento institucional, nomeado de Residência Inclusiva. Foram aplicados os seguintes instrumentos: teste baseado em fotografias, roteiro de entrevista semiestruturada e questionário de caracterização do participante. A análise dos dados foi realizada por meio do método da análise de conteúdo. Os resultados obtidos se referem a identificação de 53% das emoções investigadas, ou seja, os residentes identificaram e exemplificaram mais da metade das emoções apresentadas. As emoções de maior facilidade na identificação foram nesta ordem: alegria, tristeza, raiva, surpresa, medo e nojo. Em relação à descrição das experiências emocionais, todos os residentes descreveram pelo menos uma vivência de acordo com as emoções questionadas. A maior dificuldade observada foi na conceitualização da emoção, por ser compreendido como um conceito abstrato. Conclui-se que o conhecimento das pessoas com deficiência intelectual que participaram deste estudo acerca das emoções é basal, rompendo com a preconcepção generalizada das limitações da deficiência intelectual sobre a temática. Sugere-se por fim o aprimoramento de instrumentos de avaliação e intervenção para desenvolvimento das competências emocionais deste público.