Eficácia analgésica da acupuntura preemptiva ou pós operatória em cadelas submetidas à ovariossalpingohisterectomia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferro, Ana Carla Zago Basilio
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/192845
Resumo: Introdução: A analgesia preemptiva é superior à pós-operatória para reduzir a dor e o consumo de analgésicos no pós-operatório. A acupuntura tem a mesma eficácia analgésica pós-operatória que os AINEs e os opioides em cães, no entanto, em animais indóceis não é possível realizá-la no pré-operatório e seu uso no pós-operatório imediato seria facilitado pelo efeito sedativo residual dos anestésicos. Objetivo: Investigar a eficiência analgésica da acupuntura, antes ou após à ovariossalpingohisterectomia, em comparação ao uso preemptivo do meloxicam em cadelas. Metodologia: Utilizaram-se 36 cadelas (32 ± 2 meses e 10 ± 1 kg), divididas aleatoriamente em três grupos GA - acupuntura preemptiva, GPA - acupuntura pós-operatória e GM - meloxicam preemptivo (0,2 mg/kg intravenoso). Os cães foram tranquilizados com acepromazina (0,05 mg/kg, IM), induziu-se a anestesia com propofol (5,33±0,30 mg/kg, IV) e manteve-se com isoflurano/O2. Nos cães dos grupos GA e GPA realizou-se acupuntura bilateral, nos acupontos Intestino grosso 4, Baço-pâncreas 6 e Estômago 36, durante 20 minutos, após medicação pré anestésica ou imediatamente após a cirurgia, respectivamente. Um avaliador encoberto quanto ao tratamento e previamente treinado avaliou a dor pela escala curta de Glasgow (CMPS-SF) e o escore de sedação pela escala de Wagner (ESGW), nos momentos, basal e até 24 horas após a cirurgia. Cães com pontuação ≥ 6 pela escala de Glasgow receberam resgate analgésico com 0,5 mg/kg de morfina, intramuscular. Para os dados sem distribuição normal, utilizou-se para a análise o teste de Kruskall–Wallis, seguido de Dunn e para os dados que apresentaram normalidade utilizou-se a ANOVA de duas vias, seguido do teste de Tukey. Resultados: Não houve diferença significativa entre os grupos nos escores de dor ao longo do tempo (Média geral GA 2,43±0,69, GPA 2,19±1,08, GM 2,5±1,37) e sedação (GA – 3,3 ± 2,7, GPA – 3,1 ± 3,0, GM – 2,9 ± 2,9), bem como no número de resgates analgésicos (GA = 2, GAP = 1, GM = 2). Conclusão: A acupuntura pós-cirúrgica promoveu analgesia pós-operatória em cadelas submetidas à OSH tão eficaz quanto a acupuntura ou meloxicam administrados no período pré-operatório. A relevância clínica é que se pode usar a acupuntura em cadelas submetidas à OSH, em substituição aos AINEs ou quando estes são contra-indicados.
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Metodologia: Utilizaram-se 36 cadelas (32 ± 2 meses e 10 ± 1 kg), divididas aleatoriamente em três grupos GA - acupuntura preemptiva, GPA - acupuntura pós-operatória e GM - meloxicam preemptivo (0,2 mg/kg intravenoso). Os cães foram tranquilizados com acepromazina (0,05 mg/kg, IM), induziu-se a anestesia com propofol (5,33±0,30 mg/kg, IV) e manteve-se com isoflurano/O2. Nos cães dos grupos GA e GPA realizou-se acupuntura bilateral, nos acupontos Intestino grosso 4, Baço-pâncreas 6 e Estômago 36, durante 20 minutos, após medicação pré anestésica ou imediatamente após a cirurgia, respectivamente. Um avaliador encoberto quanto ao tratamento e previamente treinado avaliou a dor pela escala curta de Glasgow (CMPS-SF) e o escore de sedação pela escala de Wagner (ESGW), nos momentos, basal e até 24 horas após a cirurgia. Cães com pontuação ≥ 6 pela escala de Glasgow receberam resgate analgésico com 0,5 mg/kg de morfina, intramuscular. Para os dados sem distribuição normal, utilizou-se para a análise o teste de Kruskall–Wallis, seguido de Dunn e para os dados que apresentaram normalidade utilizou-se a ANOVA de duas vias, seguido do teste de Tukey. Resultados: Não houve diferença significativa entre os grupos nos escores de dor ao longo do tempo (Média geral GA 2,43±0,69, GPA 2,19±1,08, GM 2,5±1,37) e sedação (GA – 3,3 ± 2,7, GPA – 3,1 ± 3,0, GM – 2,9 ± 2,9), bem como no número de resgates analgésicos (GA = 2, GAP = 1, GM = 2). Conclusão: A acupuntura pós-cirúrgica promoveu analgesia pós-operatória em cadelas submetidas à OSH tão eficaz quanto a acupuntura ou meloxicam administrados no período pré-operatório. A relevância clínica é que se pode usar a acupuntura em cadelas submetidas à OSH, em substituição aos AINEs ou quando estes são contra-indicados.Introduction: Acupuncture has the same efficacy to control postoperative pain as NSAID and opioids, however, in non-compliant animals it is difficult to perform it preoperatively and its use in the immediate postoperative period would be facilitated by the residual effect of anesthetics. Objective: To compare the analgesic efficacy of acupuncture, before or after ovariosalpingohisterectomy, in comparison to the preemptive use of meloxicam. Material and methods: Thirty six bitches were randomly divided into three 3 groups: GA (preemptive acupuncture), GPA (postoperative acupuncture) and GM (preemptive meloxicam 0.2 mg/kg IV). Dgs were tranquilized with acepromazine (0.05 mg/kg IM), anesthesia was induced with propofol (5,33±0,30 mg/kg, IV) and maintained with isoflurane/O2. Bilateral acupuncture was performed in dogs of the GA and GPA, in LI4, Sp6 and S36 acupoints for 20 minutes, before or immediately after surgery respectively. A blind and previously trained evaluator assessed pain using the short-form Glasgow Composite Measure Pain Scale (CMPS-SF) and sedation before and until 24 hours post-operatively. Dogs with a score ≥6 according to Glasgow scale received analgesia with morphine 0.5 mg/kg IM. Data were analyzed by Kruskall – Wallis, followed by Dunn´s test or two-way ANOVA, followed by Tukey´s test. Results: There was no difference between groups in pain over time (GA 2.43±0.69, GPA 2.19±1.08, GM 2.5±1.37) and sedation scores (GA 3.23±2.16, GPA 3.13±2.80 GM 2.95±2.32), as well as in the number of analgesic rescues (GA = 2, GAP = 1, GM = 2). Conclusion: Post-operative acupuncture promoted similar postoperative analgesia in bitches submitted to OSH as pre-operative acupuncture or meloxicam.Universidade Estadual Paulista (Unesp)Luna, Stelio Pacca Loureiro [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Ferro, Ana Carla Zago Basilio2020-06-26T14:55:32Z2020-06-26T14:55:32Z2020-04-30info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/19284500093178933004064086P1porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-01-10T06:23:49Zoai:repositorio.unesp.br:11449/192845Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-01-10T06:23:49Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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