(Não) façam silêncio: ensino de arte e o direito à palavra de meninas e mulheres na escola pública
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/193572 |
Resumo: | Esta pesquisa busca investigar os espaços de voz e silêncio que estudantes têm na escola pública, enfatizando em um primeiro momento como os processos de escolarização ensinam, de forma implícita, o disciplinamento dos corpos, a obediência e o silêncio, destacando o papel fundamental da arquitetura e da estrutura escolar nesse sentido. Os aspectos da visualidade e da cultura visual produzida e vivenciada no espaço escolar são pontos de partida para uma análise acerca dos discursos e significados mediados por elas e para as propostas de intervenção realizadas junto a estudantes do Ensino Fundamental II em uma escola da rede municipal de ensino da cidade de São Paulo, durante as aulas de arte e em projetos no contraturno da escola, estabelecidos na tentativa de ocupar os espaços da escola com as vozes das estudantes e observar as repercussões e desdobramentos dessas ações. Também é intenção aqui debater o entendimento das imagens que ocupam a escola como escolhas pedagógicas que dão visibilidade a determinados discursos visuais ao mesmo tempo em que invisibilizam outros, assim como a relevância que essas imagens podem ter no encorajamento ou no silenciamento das vozes das estudantes. Por fim, há uma reflexão sobre a formação de um grupo de meninas na escola entre 2018 e 2019, acompanhada de uma análise sobre a ação coletiva como forma possível de identificar, reconhecer e assumir a própria voz. Enfatizando as desigualdades vividas pelas diferentes trajetórias escolares, sobretudo as de gênero, classe e raça, a pedagogia libertária anarquista orienta a perspectiva pedagógica e política adotada tanto nas práticas pedagógicas quanto artísticas, apontando nas considerações finais para o entendimento das estratégias visuais como práticas artísticas, políticas e pedagógicas que podem desestabilizar algumas certezas, questionar hierarquias e vislumbrar o exercício da liberdade como ação que deve ser praticada e construída de forma coletiva. |
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(Não) façam silêncio: ensino de arte e o direito à palavra de meninas e mulheres na escola pública(Don't) be silent: art education and girls and women' speech rights in the public schoolEscola públicaCultura visualIntervenção artísticaSilenciamentoEducação - aspectos sociaisEducação - aspectos políticosEscolas públicas - BrasilIntervenção (arte)Arte e educaçãoPublic schoolVisual cultureArtistic interventionSilencingEsta pesquisa busca investigar os espaços de voz e silêncio que estudantes têm na escola pública, enfatizando em um primeiro momento como os processos de escolarização ensinam, de forma implícita, o disciplinamento dos corpos, a obediência e o silêncio, destacando o papel fundamental da arquitetura e da estrutura escolar nesse sentido. Os aspectos da visualidade e da cultura visual produzida e vivenciada no espaço escolar são pontos de partida para uma análise acerca dos discursos e significados mediados por elas e para as propostas de intervenção realizadas junto a estudantes do Ensino Fundamental II em uma escola da rede municipal de ensino da cidade de São Paulo, durante as aulas de arte e em projetos no contraturno da escola, estabelecidos na tentativa de ocupar os espaços da escola com as vozes das estudantes e observar as repercussões e desdobramentos dessas ações. Também é intenção aqui debater o entendimento das imagens que ocupam a escola como escolhas pedagógicas que dão visibilidade a determinados discursos visuais ao mesmo tempo em que invisibilizam outros, assim como a relevância que essas imagens podem ter no encorajamento ou no silenciamento das vozes das estudantes. Por fim, há uma reflexão sobre a formação de um grupo de meninas na escola entre 2018 e 2019, acompanhada de uma análise sobre a ação coletiva como forma possível de identificar, reconhecer e assumir a própria voz. Enfatizando as desigualdades vividas pelas diferentes trajetórias escolares, sobretudo as de gênero, classe e raça, a pedagogia libertária anarquista orienta a perspectiva pedagógica e política adotada tanto nas práticas pedagógicas quanto artísticas, apontando nas considerações finais para o entendimento das estratégias visuais como práticas artísticas, políticas e pedagógicas que podem desestabilizar algumas certezas, questionar hierarquias e vislumbrar o exercício da liberdade como ação que deve ser praticada e construída de forma coletiva.This research aims to investigate the spaces of voice and silence that students have in the public school, emphasizing at first how schooling processes implicitly teach the disciplining of bodies, obedience and silence, highlighting the fundamental role of school architecture and structure in this sense. The aspects of visuality and visual culture produced and experienced in the school space are a starting points for an analysis about the speeches and meanings mediated by them; and for the intervention proposals carried out with elementary school students in a municipal public school in the city of São Paulo, during art classes and after-school projects, that was established as a way of trying to occupy school spaces with the voices of students and observe the repercussions and consequences of these actions. It is also intended here to debate the understanding of the images that occupy the school as pedagogical choices that give visibility to certain visual discourses while making others invisible, as well as the relevance that these images can have in encouraging or silencing students’ voices. Finally, there is a reflection about the formation of a girls’ group in the school between 2018 and 2019, accompanied by an analysis of collective action as a possible way of identifying, recognizing and assuming their own voice. Emphasizing the inequalities experienced in different school trajectories, especially those of gender, class and race, the anarchist libertarian pedagogy guides the pedagogical and political perspective adopted in both pedagogical and artistic practices; pointing at the final considerations to the understanding of visual strategies as artistic, political and pedagogical practices that can destabilize some certainties, question hierarchies and envision the exercise of freedom as an action that must be practiced and built collectively.Universidade Estadual Paulista (Unesp)Bredariolli, Rita Luciana Berti [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Carvalho, Marília Alves de [UNESP]2020-09-23T19:56:58Z2020-09-23T19:56:58Z2020-08-21info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/19357233004013063P409707612175415250000-0003-2739-6933porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-10-04T19:13:30Zoai:repositorio.unesp.br:11449/193572Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestrepositoriounesp@unesp.bropendoar:29462024-10-04T19:13:30Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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