Corpo em movimento: marcas do orçamento participativo na cidade de Suzano/SP

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dário Junior, Ivan Rubens [UNESP]
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/142810
Resumo: O presente texto registra uma experiência com o corpo implicado: a implementação do Orçamento Participativo em Suzano/SP, a cidade das flores, no período compreendido entre 2005–2008 e seus desdobramentos. Desde o primeiro momento na coordenação deste projeto, uma pergunta nos desafiava: para além das obras físicas, o que fica para a cidade com uma política desta natureza? Ou, a que conduz o Orçamento Participativo? Uma experiência coletiva, inédita, promotora de movimentos, de trânsitos sobre o chão da cidade física e trânsitos em territórios existenciais, tudo isso inevitavelmente provoca marcas. Apresentamos algumas dessas marcas no corpo da cidade, no CORPO e na cidade. No primeiro capítulo estão organizados os aspectos mais empíricos, corpos em movimento na cidade. No segundo capítulo trabalhamos três fios retirados do novelo, três eixos pulsantes de todo o trabalho, Estado, cidade e sujeito (outros), linhas em tecitura. Nos colocamos a tecer no terceiro e último capítulo: a vida veste sua roupa nova. Estado agora é de poesia, cidades são visíveis, sujeitos provam outras vestimentas e uma articulação entre elas. Educação compreendida como a mútua implicação: processo educacional e produção de subjetividade. Por fim, uma escrita fora do texto, uma fala com a vivência do campo cotidiano liberada de conhecimentos definitivos sobre o objeto. Registramos uma experiência de cidade atravessada pela produção de subjetividade. Você terá contato com um texto polifônico a partir de uma política narrativa articulada a outras políticas: política orçamentária, política de pesquisa, política de subjetividade, política de cidade. Falamos de uma política com sentido ampliado, para além das práticas relativas ao Estado. Falamos de uma política que coloca em relação os sujeitos, que dispara movimentos, que provoca encontros. Uma política compreendida como a multiplicação dos possíveis, que se faz em arranjos locais, micro-relações, conversas, cirandas e outras, nessa dimensão micro política das relações. Uma tessitura relacional instituinte na relação com o instituído. Cartografando uma multiplicidade de linhas e vozes. Linhas em tecitura, vozes em tessitura.
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Apresentamos algumas dessas marcas no corpo da cidade, no CORPO e na cidade. No primeiro capítulo estão organizados os aspectos mais empíricos, corpos em movimento na cidade. No segundo capítulo trabalhamos três fios retirados do novelo, três eixos pulsantes de todo o trabalho, Estado, cidade e sujeito (outros), linhas em tecitura. Nos colocamos a tecer no terceiro e último capítulo: a vida veste sua roupa nova. Estado agora é de poesia, cidades são visíveis, sujeitos provam outras vestimentas e uma articulação entre elas. Educação compreendida como a mútua implicação: processo educacional e produção de subjetividade. Por fim, uma escrita fora do texto, uma fala com a vivência do campo cotidiano liberada de conhecimentos definitivos sobre o objeto. Registramos uma experiência de cidade atravessada pela produção de subjetividade. Você terá contato com um texto polifônico a partir de uma política narrativa articulada a outras políticas: política orçamentária, política de pesquisa, política de subjetividade, política de cidade. Falamos de uma política com sentido ampliado, para além das práticas relativas ao Estado. Falamos de uma política que coloca em relação os sujeitos, que dispara movimentos, que provoca encontros. Uma política compreendida como a multiplicação dos possíveis, que se faz em arranjos locais, micro-relações, conversas, cirandas e outras, nessa dimensão micro política das relações. Uma tessitura relacional instituinte na relação com o instituído. Cartografando uma multiplicidade de linhas e vozes. Linhas em tecitura, vozes em tessitura.This text registers a body implied experience: the implementation of the Participatory Budgeting in Suzano/SP and its developments in the city of flowers, within the 2005-2008 period. Since the early start of this project coordination some questions challenged us: what remains to the city with such politics over and above the physical works? What leads the Participatory Budgeting? An unprecedented collective experience that promotes movements, as well as traffics above the ground of the physical city, all of these causing marks. We present some of these marks in the body of the city, into the body and into the city. In the first chapter the most empiric aspects are organized, body in movement in the city. In the second chapter, we work with the three threads taken out of the ball of thread, three pulsing shafts of the whole work, State, city and subject (others) - lines in a weaving. We place ourselves at the weave at the third and last chapter: the life wears its new gown. State now is poetry, the cities are invisible, subjects try other clothes. An articulation amongst all of this: the education comprehended on this mutual implication, its educational process and its subjective production. At last, an out of the text writing, a knowledge liberated speech experience that gives up a definitive positions towards the object. We register an experience of the city overpassed by the subjectivity production. You will be in touch with a polyphonic text, out of a narrative policy articulated with other politics: budgeting politics, research politics, subjectivity politics, city politics. We mean politics in a wide sense, beyond the State related politics. We speak about a politic which relates the subjects, which triggers movements and promotes encounters. A politic comprehended as a multiplication of possible worlds that builds itself in local arrangements, micro-relations, talks, dance rounds, in a micro-political policy of the relations. A relational instituting weave at the relation with the instituted. mapping a multipilicity of lines and voices. Weaving lines, voices in weave.Universidade Estadual Paulista (Unesp)Dias, Romualdo [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Dário Junior, Ivan Rubens [UNESP]2016-08-04T18:18:22Z2016-08-04T18:18:22Z2016-06-09info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/14281000087100133004137064P20401143132924259porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-11-13T06:12:10Zoai:repositorio.unesp.br:11449/142810Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T17:35:01.381728Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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