Ensaio clínico randomizado comparando palonosetrona com ondansetrona para profilaxia de náuseas e vômitos após histerectomia abdominal sob raquianestesia com morfina
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/152451 |
Resumo: | Introdução: histerectomia abdominal é cirurgia amplamente realizada no mundo, e raquianestesia com adição de morfina é considerada a técnica anestésica de escolha devido a melhor qualidade de recuperação e adequado controle da dor pós-operatória. No entanto, náuseas e vômitos pós-operatórios (NVPO) são problemas frequentes quando morfina é utilizada no neuroeixo. Palonosetrona é um antagonista serotoninérgico potente e com longa duração de ação, efetivo na prevenção de NVPO após anestesia geral. O seu efeito após anestesia no neuroeixo ainda não foi estabelecido. Nós comparamos palonosetrona com ondansetrona para profilaxia de NVPO quando raquianestesia com morfina foi usada em pacientes com alto risco para NVPO. A hipótese é que a palonosetrona promove melhor controle de NVPO quando comparada com ondansetrona nesse contexto. Métodos: após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, foram incluídas no estudo 140 pacientes elegíveis para histerectomia abdominal sob raquianestesia com adição de morfina. Todas receberam anestesia subaracnóidea com administração de 15 mg de bupivacaína hiperbárica e 0,1 mg de morfina. Dexametasona 8 mg foi administrada por via endovenosa em todas as pacientes como uma abordagem multimodal para prevenção de NVPO. As pacientes foram divididas aleatoriamente em dois grupos para receber 0,075 mg de palonosetrona ou 4 mg de ondansetrona antes do início da cirurgia. O desfecho primário avaliado foi a incidência global de NVPO nas 48h após a cirurgia. Adicionalmente, náuseas e vômitos foram analisados separadamente, e classificados como eventos precoces (≤ 6h) ou tardios (> 6h). Questionários foram aplicados para determinar a ocorrência de NVPO clinicamente importante, e satisfação geral. Resultados: a incidência global de NVPO foi de 42,9% no grupo palonosetrona e 52,9% no grupo ondansetrona (p = 0,23). Não houve diferença estatisticamente significante na incidência de náusea precoce (21,4% vs 27,1%, p = 0,43), náusea tardia (30% vs 35,7%, p = 0,47), ou vômito precoce (14,3% vs 20%, p = 0,37) entre os dois grupos. A ocorrência de vômitos tardios foi significativamente menor no grupo palonosetrona (11,4% vs 27,1%, p = 0,018). NVPO clinicamente importante teve uma baixa incidência nos dois grupos (2,8% vs 5,7%, p > 0.05), e não houve diferença na satisfação dos pacientes. Conclusão: palonosetrona não reduz a incidência global de NVPO em comparação com ondansetrona, mas reduz a incidência de vômitos tardios após histerectomia abdominal sob raquianestesia e morfina subaracnóidea. |
id |
UNSP_7f7b263be53d7eada2321d830fb7c746 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.unesp.br:11449/152451 |
network_acronym_str |
UNSP |
network_name_str |
Repositório Institucional da UNESP |
repository_id_str |
2946 |
spelling |
Ensaio clínico randomizado comparando palonosetrona com ondansetrona para profilaxia de náuseas e vômitos após histerectomia abdominal sob raquianestesia com morfinaPalonosetron versus ondansetron for prevention of nausea and vomiting after abdominal hysterectomy under spinal anesthesia: Randomized, double-blind clinical trialanestesia subaracnóideamorfinanáuseas e vômitos pós-operatóriospalonosetronaondansetronamorphineondansetronpalonosetronpostoperative nausea and vomitingspinal anesthesiaIntrodução: histerectomia abdominal é cirurgia amplamente realizada no mundo, e raquianestesia com adição de morfina é considerada a técnica anestésica de escolha devido a melhor qualidade de recuperação e adequado controle da dor pós-operatória. No entanto, náuseas e vômitos pós-operatórios (NVPO) são problemas frequentes quando morfina é utilizada no neuroeixo. Palonosetrona é um antagonista serotoninérgico potente e com longa duração de ação, efetivo na prevenção de NVPO após anestesia geral. O seu efeito após anestesia no neuroeixo ainda não foi estabelecido. Nós comparamos palonosetrona com ondansetrona para profilaxia de NVPO quando raquianestesia com morfina foi usada em pacientes com alto risco para NVPO. A hipótese é que a palonosetrona promove melhor controle de NVPO quando comparada com ondansetrona nesse contexto. Métodos: após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, foram incluídas no estudo 140 pacientes elegíveis para histerectomia abdominal sob raquianestesia com adição de morfina. Todas receberam anestesia subaracnóidea com administração de 15 mg de bupivacaína hiperbárica e 0,1 mg de morfina. Dexametasona 8 mg foi administrada por via endovenosa em todas as pacientes como uma abordagem multimodal para prevenção de NVPO. As pacientes foram divididas aleatoriamente em dois grupos para receber 0,075 mg de palonosetrona ou 4 mg de ondansetrona antes do início da cirurgia. O desfecho primário avaliado foi a incidência global de NVPO nas 48h após a cirurgia. Adicionalmente, náuseas e vômitos foram analisados separadamente, e classificados como eventos precoces (≤ 6h) ou tardios (> 6h). Questionários foram aplicados para determinar a ocorrência de NVPO clinicamente importante, e satisfação geral. Resultados: a incidência global de NVPO foi de 42,9% no grupo palonosetrona e 52,9% no grupo ondansetrona (p = 0,23). Não houve diferença estatisticamente significante na incidência de náusea precoce (21,4% vs 27,1%, p = 0,43), náusea tardia (30% vs 35,7%, p = 0,47), ou vômito precoce (14,3% vs 20%, p = 0,37) entre os dois grupos. A ocorrência de vômitos tardios foi significativamente menor no grupo palonosetrona (11,4% vs 27,1%, p = 0,018). NVPO clinicamente importante teve uma baixa incidência nos dois grupos (2,8% vs 5,7%, p > 0.05), e não houve diferença na satisfação dos pacientes. Conclusão: palonosetrona não reduz a incidência global de NVPO em comparação com ondansetrona, mas reduz a incidência de vômitos tardios após histerectomia abdominal sob raquianestesia e morfina subaracnóidea.Universidade Estadual Paulista (Unesp)Módolo, Norma Sueli Pinheiro [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Campos, Guilherme Oliveira2018-01-10T12:10:42Z2018-01-10T12:10:42Z2017-12-11info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/15245100089573633004064076P6porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-09-02T15:32:02Zoai:repositorio.unesp.br:11449/152451Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestrepositoriounesp@unesp.bropendoar:29462024-09-02T15:32:02Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Ensaio clínico randomizado comparando palonosetrona com ondansetrona para profilaxia de náuseas e vômitos após histerectomia abdominal sob raquianestesia com morfina Palonosetron versus ondansetron for prevention of nausea and vomiting after abdominal hysterectomy under spinal anesthesia: Randomized, double-blind clinical trial |
title |
Ensaio clínico randomizado comparando palonosetrona com ondansetrona para profilaxia de náuseas e vômitos após histerectomia abdominal sob raquianestesia com morfina |
spellingShingle |
Ensaio clínico randomizado comparando palonosetrona com ondansetrona para profilaxia de náuseas e vômitos após histerectomia abdominal sob raquianestesia com morfina Campos, Guilherme Oliveira anestesia subaracnóidea morfina náuseas e vômitos pós-operatórios palonosetrona ondansetrona morphine ondansetron palonosetron postoperative nausea and vomiting spinal anesthesia |
title_short |
Ensaio clínico randomizado comparando palonosetrona com ondansetrona para profilaxia de náuseas e vômitos após histerectomia abdominal sob raquianestesia com morfina |
title_full |
Ensaio clínico randomizado comparando palonosetrona com ondansetrona para profilaxia de náuseas e vômitos após histerectomia abdominal sob raquianestesia com morfina |
title_fullStr |
Ensaio clínico randomizado comparando palonosetrona com ondansetrona para profilaxia de náuseas e vômitos após histerectomia abdominal sob raquianestesia com morfina |
title_full_unstemmed |
Ensaio clínico randomizado comparando palonosetrona com ondansetrona para profilaxia de náuseas e vômitos após histerectomia abdominal sob raquianestesia com morfina |
title_sort |
Ensaio clínico randomizado comparando palonosetrona com ondansetrona para profilaxia de náuseas e vômitos após histerectomia abdominal sob raquianestesia com morfina |
author |
Campos, Guilherme Oliveira |
author_facet |
Campos, Guilherme Oliveira |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Módolo, Norma Sueli Pinheiro [UNESP] Universidade Estadual Paulista (Unesp) |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Campos, Guilherme Oliveira |
dc.subject.por.fl_str_mv |
anestesia subaracnóidea morfina náuseas e vômitos pós-operatórios palonosetrona ondansetrona morphine ondansetron palonosetron postoperative nausea and vomiting spinal anesthesia |
topic |
anestesia subaracnóidea morfina náuseas e vômitos pós-operatórios palonosetrona ondansetrona morphine ondansetron palonosetron postoperative nausea and vomiting spinal anesthesia |
description |
Introdução: histerectomia abdominal é cirurgia amplamente realizada no mundo, e raquianestesia com adição de morfina é considerada a técnica anestésica de escolha devido a melhor qualidade de recuperação e adequado controle da dor pós-operatória. No entanto, náuseas e vômitos pós-operatórios (NVPO) são problemas frequentes quando morfina é utilizada no neuroeixo. Palonosetrona é um antagonista serotoninérgico potente e com longa duração de ação, efetivo na prevenção de NVPO após anestesia geral. O seu efeito após anestesia no neuroeixo ainda não foi estabelecido. Nós comparamos palonosetrona com ondansetrona para profilaxia de NVPO quando raquianestesia com morfina foi usada em pacientes com alto risco para NVPO. A hipótese é que a palonosetrona promove melhor controle de NVPO quando comparada com ondansetrona nesse contexto. Métodos: após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, foram incluídas no estudo 140 pacientes elegíveis para histerectomia abdominal sob raquianestesia com adição de morfina. Todas receberam anestesia subaracnóidea com administração de 15 mg de bupivacaína hiperbárica e 0,1 mg de morfina. Dexametasona 8 mg foi administrada por via endovenosa em todas as pacientes como uma abordagem multimodal para prevenção de NVPO. As pacientes foram divididas aleatoriamente em dois grupos para receber 0,075 mg de palonosetrona ou 4 mg de ondansetrona antes do início da cirurgia. O desfecho primário avaliado foi a incidência global de NVPO nas 48h após a cirurgia. Adicionalmente, náuseas e vômitos foram analisados separadamente, e classificados como eventos precoces (≤ 6h) ou tardios (> 6h). Questionários foram aplicados para determinar a ocorrência de NVPO clinicamente importante, e satisfação geral. Resultados: a incidência global de NVPO foi de 42,9% no grupo palonosetrona e 52,9% no grupo ondansetrona (p = 0,23). Não houve diferença estatisticamente significante na incidência de náusea precoce (21,4% vs 27,1%, p = 0,43), náusea tardia (30% vs 35,7%, p = 0,47), ou vômito precoce (14,3% vs 20%, p = 0,37) entre os dois grupos. A ocorrência de vômitos tardios foi significativamente menor no grupo palonosetrona (11,4% vs 27,1%, p = 0,018). NVPO clinicamente importante teve uma baixa incidência nos dois grupos (2,8% vs 5,7%, p > 0.05), e não houve diferença na satisfação dos pacientes. Conclusão: palonosetrona não reduz a incidência global de NVPO em comparação com ondansetrona, mas reduz a incidência de vômitos tardios após histerectomia abdominal sob raquianestesia e morfina subaracnóidea. |
publishDate |
2017 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2017-12-11 2018-01-10T12:10:42Z 2018-01-10T12:10:42Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/11449/152451 000895736 33004064076P6 |
url |
http://hdl.handle.net/11449/152451 |
identifier_str_mv |
000895736 33004064076P6 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Estadual Paulista (Unesp) |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Estadual Paulista (Unesp) |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UNESP instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP) instacron:UNESP |
instname_str |
Universidade Estadual Paulista (UNESP) |
instacron_str |
UNESP |
institution |
UNESP |
reponame_str |
Repositório Institucional da UNESP |
collection |
Repositório Institucional da UNESP |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP) |
repository.mail.fl_str_mv |
repositoriounesp@unesp.br |
_version_ |
1826304441713688576 |