Conversas de corredores: coordenação pedagógica, narrativas, experiência e formação continuada de professores que ensinam matemática nos anos iniciais do ensino fundamental
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/182339 |
Resumo: | A/o Coordenadora/r Pedagógica/o, figura importante do processo educativo, vive mergulhada/o na complexidade da rotina escolar desempenhando inúmeras tarefas que, muitas vezes, sobrepõem-se a formação de professores, sua principal atividade. Isso faz com que sua identidade de formadora/r nem sempre seja legitimada pela comunidade escolar. Colabora com isso, um histórico confuso, as diversas nomenclaturas atribuídas à função em diferentes tempos, espaços e contextos e a ausência do termo “coordenação pedagógica” na principal lei educacional do país. Em relação à formação de professores que ensinam matemática nos anos iniciais pode-se dizer que as/os coordenadoras/es não receberam a preparação necessária para realizá-la na Formação Inicial e precisam formar-se, enquanto formam. Assim, esta pesquisa tem por objetivos investigar como as/os coordenadoras/es pedagógicas/os, ao “revisitarem” a sua ação por meio das narrativas, relatam os desafios presentes em sua função de formadora/r de professoras/es e como realizam essa formação continuada voltada para a Matemática ensinada pela/os professoras/es nos anos iniciais do Ensino Fundamental; e, também, discutir a formação continuada voltada para o ensino de Matemática, bem como o currículo explicitado pelas narrativas dos fazeres das/dos coordenadoras/es pedagógicas/os dos anos iniciais do Ensino Fundamental. E fazer isso em tom de conversa. Para isso trabalhou-se, numa abordagem qualitativa, com a Pesquisa Narrativa e as experiências das coordenadoras foram relatadas no que designamos “conversas de corredores” por consideramos os corredores da escola, espaços de grande circulação das/os coordenadoras/es e locais onde as relações acontecem. As conversas, gravadas em áudio, foram realizadas com quatro coordenadoras da rede municipal de São José do Rio Preto, nos corredores das escolas, durando cerca de uma hora cada. Depois de transcritas, as coordenadoras puderam acrescentar ou retirar excertos. A quantidade de sujeitos foi avaliada em função das características da pesquisa narrativa e escolha dos sujeitos considerou a relevância do trabalho dessas coordenadoras no município. As análises se deram à luz dos escritos de Jorge Larrosa sobre narrativa e experiência, pensando a educação, a coordenação pedagógica e o ensino de Matemática pelo par experiência/sentido, como propõe o autor, e deram origem a crônicas que sintetizam as conclusões tiradas a partir das conversas. Pelas conversas foi possível compreender como as/os Coordenadoras/es Pedagógicas/os traçam caminhos para legitimar o seus papéis de formadoras/es, identificam as necessidades formativas do seu contexto, colocam em uso os seus saberes para discutirem com as/os professoras/es formas de ação sobre os fazeres docentes, pensam o currículo e as estratégias formativas utilizadas na realização da formação continuada em serviço no contexto da Matemática dos anos iniciais do Ensino Fundamental. Acreditamos que o trabalho tenha dado voz às/aos coordenadoras/es pedagógicas/os no campo da pesquisa, alterando os papéis dos sujeitos que a fazem, fortalecendo o vínculo entre escola e universidade e enriquecendo o discurso que valida a função formativa da coordenação pedagógica. Conclui-se que é necessário construir um currículo e uma Educação Matemática mais pautados nas formas pelas quais as pessoas percebem as experiências subjetivas e culturais que as circundam, experiências essas que podem contribuir para o preenchimento da lacuna existente entre os saberes adquiridos na escola e na vida. |
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Conversas de corredores: coordenação pedagógica, narrativas, experiência e formação continuada de professores que ensinam matemática nos anos iniciais do ensino fundamentalHallway conversations: pedagogical coordination, narratives, experiences, continuous formation in service in the context of the mathematics of the initial years of the elementary schoolCoordenador pedagógicoCurrículoFormação continuadaNarrativasMatemática nos anos iniciaisPedagogical coordinatorCurriculumContinuing in-service trainingNarrativesMathematics in the initial yearsA/o Coordenadora/r Pedagógica/o, figura importante do processo educativo, vive mergulhada/o na complexidade da rotina escolar desempenhando inúmeras tarefas que, muitas vezes, sobrepõem-se a formação de professores, sua principal atividade. Isso faz com que sua identidade de formadora/r nem sempre seja legitimada pela comunidade escolar. Colabora com isso, um histórico confuso, as diversas nomenclaturas atribuídas à função em diferentes tempos, espaços e contextos e a ausência do termo “coordenação pedagógica” na principal lei educacional do país. Em relação à formação de professores que ensinam matemática nos anos iniciais pode-se dizer que as/os coordenadoras/es não receberam a preparação necessária para realizá-la na Formação Inicial e precisam formar-se, enquanto formam. Assim, esta pesquisa tem por objetivos investigar como as/os coordenadoras/es pedagógicas/os, ao “revisitarem” a sua ação por meio das narrativas, relatam os desafios presentes em sua função de formadora/r de professoras/es e como realizam essa formação continuada voltada para a Matemática ensinada pela/os professoras/es nos anos iniciais do Ensino Fundamental; e, também, discutir a formação continuada voltada para o ensino de Matemática, bem como o currículo explicitado pelas narrativas dos fazeres das/dos coordenadoras/es pedagógicas/os dos anos iniciais do Ensino Fundamental. E fazer isso em tom de conversa. Para isso trabalhou-se, numa abordagem qualitativa, com a Pesquisa Narrativa e as experiências das coordenadoras foram relatadas no que designamos “conversas de corredores” por consideramos os corredores da escola, espaços de grande circulação das/os coordenadoras/es e locais onde as relações acontecem. As conversas, gravadas em áudio, foram realizadas com quatro coordenadoras da rede municipal de São José do Rio Preto, nos corredores das escolas, durando cerca de uma hora cada. Depois de transcritas, as coordenadoras puderam acrescentar ou retirar excertos. A quantidade de sujeitos foi avaliada em função das características da pesquisa narrativa e escolha dos sujeitos considerou a relevância do trabalho dessas coordenadoras no município. As análises se deram à luz dos escritos de Jorge Larrosa sobre narrativa e experiência, pensando a educação, a coordenação pedagógica e o ensino de Matemática pelo par experiência/sentido, como propõe o autor, e deram origem a crônicas que sintetizam as conclusões tiradas a partir das conversas. Pelas conversas foi possível compreender como as/os Coordenadoras/es Pedagógicas/os traçam caminhos para legitimar o seus papéis de formadoras/es, identificam as necessidades formativas do seu contexto, colocam em uso os seus saberes para discutirem com as/os professoras/es formas de ação sobre os fazeres docentes, pensam o currículo e as estratégias formativas utilizadas na realização da formação continuada em serviço no contexto da Matemática dos anos iniciais do Ensino Fundamental. Acreditamos que o trabalho tenha dado voz às/aos coordenadoras/es pedagógicas/os no campo da pesquisa, alterando os papéis dos sujeitos que a fazem, fortalecendo o vínculo entre escola e universidade e enriquecendo o discurso que valida a função formativa da coordenação pedagógica. Conclui-se que é necessário construir um currículo e uma Educação Matemática mais pautados nas formas pelas quais as pessoas percebem as experiências subjetivas e culturais que as circundam, experiências essas que podem contribuir para o preenchimento da lacuna existente entre os saberes adquiridos na escola e na vida.The Pedagogical Coordinator, important figure in the educational process, who lives immersed in the complexity of the school routine by performing many activities, which often overlap with her/his teacher training responsibilities, and makes her/his role not fully appreciated or understood by the whole school community. It contributes to this, a confusing history, the different nomenclatures attributed to the function in different times, spaces and contexts and the absence of the term “pedagogical coordination” in the main educational law of the country. In relation to the formation of teachers who teach mathematics in the initial years, it can be said that the coordinators did not receive the necessary preparation to perform it in Initial Formation and they need to be formed as they form. The objective of this study was to understand how the Pedagogical Coordinators, by revisiting their performance through narratives, identify the challenges present in their responsibilities, design ways to legitimize their role as trainers, identify the formative needs of their context, put in use their knowledge to discuss with the teachers paths of action on teaching tasks, rethinking the curriculum and the formative strategies used in the realization of the in-service training in the context of Mathematics in the initial years of Elementary School. And do it in a conversational tone. For this purpose, a qualitative approach was employed with narratives of the coordinators' experiences, collected by what we call "hallway conversations", considering that school halls are spaces of great circulation of the coordinator and places where, in fact, relations happen. The conversation, recorded in audio, were carried out with four coordinators of the municipal network of São José do Rio Preto – SP, in the corridors of the schools, lasting about one hour each. Once transcribed, the coordinators were able to add or remove excerpts. The number of subjects was evaluated according to the characteristics of the narrative research and the subjects’ choice considered the origin of the work of these coordinators in the municipality. The conversations were analyzed in the light of Jorge Larrosa 's writings on narrative and experience, thinking about education, pedagogical coordination and the teaching of Mathematics by the pair of experience / sense, as the author proposes, and gave rise to chronicles that synthesized the conclusions drawn from from the conversations. Through the conversations, it was possible to understand how the Pedagogical Coordinators/guides the paths to legitimize their role of trainers, identify the formative needs of their context, put their knowledge to use to discuss with the teachers forms of action on the teachers’ actions, think the curriculum and the formative strategies used in the accomplishment of the continuous formation in service in the context of the Mathematics of the initial years of the Elementary School. We believe that the work was given to the pedagogical coordinators, changing the roles of those who research, strengthening the link between the school and the university, and enriching the discourse that validates the formative function of the pedagogical coordinator and contributing with a curriculum and a Mathematical Education more guided by the ways in which people perceive the subjective and cultural experiences that surround them, which can contribute to filling the gap between the knowledge acquired in school and in life.Universidade Estadual Paulista (Unesp)Gonçalves, Harryson Júnio Lessa [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Santana, Marcela Lopes de2019-06-18T18:01:45Z2019-06-18T18:01:45Z2019-02-25info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/18233900091777233004153078P4porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-10-23T06:04:45Zoai:repositorio.unesp.br:11449/182339Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T15:40:48.179191Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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