Oral drugs for hypertensive urgencies: systematic review and meta-analysis

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souza, Luciana Mendes
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Riera, Rachel, Saconato, Humberto, Demathé, Adriana [UNESP], Atallah, Álvaro Nagib
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://dx.doi.org/10.1590/S1516-31802009000600009
http://hdl.handle.net/11449/30618
Resumo: CONTEXTO E OBJETIVO: Urgências hipertensivas são definidas como elevações graves na pressão arterial sem evidência de danos agudos ou progressivos a órgãos-alvo. A necessidade de tratamento é considerada urgente, mas permite um controle gradual, utilizando-se drogas orais ou sublinguais. Se o aumento na pressão arterial não está associado a risco de vida ou danos a órgãos alvo, o controle pressórico deve ser feito lentamente durante 24 horas. em relação às urgências hipertensivas, não é conhecida qual a classe de drogas anti-hipertensivas que promove os melhores resultados e há controvérsia em relação a quando e quais as drogas devem ser utilizadas nestas situações. O objetivo desta revisão foi avaliar a efetividade e a segurança de drogas orais para urgências hipertensivas. METODOS: Esta revisão sistemática da literatura foi desenvolvida no Centro Cochrane do Brasil, e na Disciplina de Medicina de Urgência e Medicina Baseada em Evidências da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - Escola Paulista de Medicina (Unifesp-EPM), de acordo com a metodologia da Colaboração Cochrane. RESULTADOS: Os 16 ensaios clínicos aleatórios selecionados incluíram 769 participantes e demonstraram um efeito superior dos inibidores da enzima conversora de angiotensina no tratamento da urgência hipertensiva, avaliada em 223 participantes. Os efeitos adversos mais frequentes para os bloqueadores de canal de cálcio foram cefaleia (35/206), rubor (17/172) e alterações do ritmo cardíaco (14/189); para os inibidores da enzima conversora de angiotensina, o efeito colateral mais frequente foi disgeusia (25/38). CONCLUSÕES: Há evidências importantes a favor do uso de inibidores da enzima conversora da angiotensina para o tratamento de urgências hipertensivas, quando comparados aos bloqueadores dos canais de cálcio, devido a maior efetividade e à menor frequência de efeitos adversos, como cefaléia e rubor facial.
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spelling Oral drugs for hypertensive urgencies: systematic review and meta-analysisDrogas orais para urgências hipertensivas: revisão sistemática e metanáliseHipertensãoRevisão [tipo de publicação]Anti-hipertensivosInibidores da enzima conversora da angiotensinaBloqueadores dos canais de cálcioHypertensionReview [Publication Type]Antihypertensive agentsAngiotensin-converting enzyme inhibitorsCalcium channel blockersCONTEXTO E OBJETIVO: Urgências hipertensivas são definidas como elevações graves na pressão arterial sem evidência de danos agudos ou progressivos a órgãos-alvo. A necessidade de tratamento é considerada urgente, mas permite um controle gradual, utilizando-se drogas orais ou sublinguais. Se o aumento na pressão arterial não está associado a risco de vida ou danos a órgãos alvo, o controle pressórico deve ser feito lentamente durante 24 horas. em relação às urgências hipertensivas, não é conhecida qual a classe de drogas anti-hipertensivas que promove os melhores resultados e há controvérsia em relação a quando e quais as drogas devem ser utilizadas nestas situações. O objetivo desta revisão foi avaliar a efetividade e a segurança de drogas orais para urgências hipertensivas. METODOS: Esta revisão sistemática da literatura foi desenvolvida no Centro Cochrane do Brasil, e na Disciplina de Medicina de Urgência e Medicina Baseada em Evidências da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - Escola Paulista de Medicina (Unifesp-EPM), de acordo com a metodologia da Colaboração Cochrane. RESULTADOS: Os 16 ensaios clínicos aleatórios selecionados incluíram 769 participantes e demonstraram um efeito superior dos inibidores da enzima conversora de angiotensina no tratamento da urgência hipertensiva, avaliada em 223 participantes. Os efeitos adversos mais frequentes para os bloqueadores de canal de cálcio foram cefaleia (35/206), rubor (17/172) e alterações do ritmo cardíaco (14/189); para os inibidores da enzima conversora de angiotensina, o efeito colateral mais frequente foi disgeusia (25/38). CONCLUSÕES: Há evidências importantes a favor do uso de inibidores da enzima conversora da angiotensina para o tratamento de urgências hipertensivas, quando comparados aos bloqueadores dos canais de cálcio, devido a maior efetividade e à menor frequência de efeitos adversos, como cefaléia e rubor facial.CONTEXT and OBJECTIVE: Hypertensive urgencies are defined as severe elevations in blood pressure without evidence of acute or progressive target-organ damage. The need for treatment is considered urgent but allows for slow control using oral or sublingual drugs. If the increase in blood pressure is not associated with risk to life or acute target-organ damage, blood pressure control must be implemented slowly over 24 hours. For hypertensive urgencies, it is not known which class of antihypertensive drug provides the best results and there is controversy regarding when to use antihypertensive drugs and which ones to use in these situations. The aim of this review was to assess the effectiveness and safety of oral drugs for hypertensive urgencies. METHODS: This systematic review of the literature was developed at the Brazilian Cochrane Center, and in the Discipline of Emergency Medicine and Evidence-Based Medicine at the Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - Escola Paulista de Medicina (Unifesp-EPM), in accordance with the methodology of the Cochrane Collaboration. RESULTS: Sixteen randomized clinical trials including 769 participants were selected. They showed that angiotensin-converting enzyme inhibitors had a superior effect in treating hypertensive urgencies, evaluated among 223 participants. The commonest adverse event for calcium channel blockers were headache (35/206), flushing (17/172) and palpitations (14/189). For angiotensin-converting enzyme inhibitors, the principal side effect was bad taste (25/38). CONCLUSIONS: There is important evidence in favor of the use of angiotensin-converting enzyme inhibitors for treating hypertensive urgencies, compared with calcium channel blockers, considering the better effectiveness and the lower frequency of adverse effects (like headache and flushing).Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Escola Paulista de MedicinaBrazilian Cochrane CenterUniversidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) Department of MedicineUniversidade Estadual de São Paulo Department of Pathology and PropaedeuticsAssociação Paulista de Medicina (APM)Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Brazilian Cochrane CenterUniversidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Souza, Luciana MendesRiera, RachelSaconato, HumbertoDemathé, Adriana [UNESP]Atallah, Álvaro Nagib2014-05-20T15:17:49Z2014-05-20T15:17:49Z2009-11-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article366-372application/pdfhttp://dx.doi.org/10.1590/S1516-31802009000600009São Paulo Medical Journal. Associação Paulista de Medicina - APM, v. 127, n. 6, p. 366-372, 2009.1516-3180http://hdl.handle.net/11449/3061810.1590/S1516-31802009000600009S1516-31802009000600009S1516-31802009000600009.pdfSciELOreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPengSão Paulo Medical Journal1.0630,334info:eu-repo/semantics/openAccess2023-11-11T06:09:09Zoai:repositorio.unesp.br:11449/30618Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T17:21:36.259189Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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