O nazismo vai ao cinema: construção identitária na obra de Leni Riefenstahl

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Frigeri, Renata Aparecida
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/154083
Resumo: Esta pesquisa visa investigar como Leni Riefenstahl usou o cinema, um instrumento da modernidade, para explorar elementos pertencentes ao romantismo histórico presentes no Zeitgeist, o “espírito do tempo”, e assim redefinir a identidade ariana em sua obra cinematográfica, como almejada por Adolf Hitler. As quatro produções selecionadas para análise são A Luz Azul (Das blaue Licht, 1932), O Triunfo da Vontade (Triumph des Willens, 1935), Olympia (Idem, 1938) e Tiefland (Idem, 1954). Embora as películas contemplem temas distintos e tenham sido produzidas com um intervalo de 22 anos, elas possuem unicidade identária em seu cerne. Esta tese percorre os contextos histórico, político e cultural, respectivamente, por meio das obras de Richard Evans (2014), Ian Kershaw (2010), Peter Gay (1978), Siegfried Kracauer (1988) e Lotte Eisner (1985); os conceitos de cultura e identidade são adotados a partir da perspectiva de Denys Cuche (1999) e Clifford Geertz (2015). Para a análise das películas, elegeu-se como metodologia o esquema quaternário de Massimo Canevacci (1990) e a binariedade proposta por Claude Lévi-Strauss (2012 e 2013). Os filmes selecionados fornecem elementos que permitem aferir o espírito do tempo na Alemanha, assim como a ideologia da diretora, que mesmo após a queda do regime nazista manteve em sua obra elementos identitários alinhados com o propósito de Hitler.
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