Gordura da medula óssea e condição corporal como parâmetros de negligência na leishmaniose visceral canina

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Morais, Hugo Ribeiro
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/182549
Resumo: Em cães com leishmaniose visceral (LVC), é comum a emaciação corporal crônica, a qual pode caracterizar negligência. Objetivou-se verificar as condições corporais e quantificar gordura de medula óssea (GMO), buscando estabelecer parâmetros que possam caracterizar casos de negligência em cães com LVC. Foram utilizados 39 cães naturalmente infectados e com diagnóstico de LVC, provenientes de Araçatuba/SP. Os animais foram divididos em três grupos: multissintomáticos (MULTI; n=25); oligo/assintomáticos (OLIGO; n=14); o grupo controle (CONT; n=11) foi constituído de cães com sorologia e PCR negativos para LVC. Foi determinado o score corporal e o índice de massa corporal (IMC) por meio da divisão do peso do animal (kg) pelo comprimento da coluna (m). A medula óssea foi colhida de ossos longos (fêmur e úmero), homogeneizada e separada em duas alíquotas para mensuração da gordura, por meio da porcentagem (método Soxhlet) e gordura sobrenadante (mm em tubo de 15mL). O grupo MULTI apresentou score corporal (1,88) inferior ao OLIGO (2,93) e CONT (3,27). O IMC do MULTI (18,33) foi menor que o do OLIGO (28,59). O IMC do CONT foi de 22,92, sem diferença (p<0,05) em relação aos animais positivos. A quantidade de GMO do MULTI foi de 1,6mm e 21,64%, valores inferiores e significativamente diferentes (p<0,05) aos do OLIGO (4mm; 58,47%) e CONT (5,5mm; 64,1%). Portanto, a avaliação macroscópica da GMO e sua quantificação é eficaz na determinação de condições corporais na LVC crônica, podendo ser um parâmetro utilizado em casos de negligência e maus tratos nesta espécie.
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