Seleção de clones de eucalipto para tolerância à seca no nordeste do Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/157471 |
Resumo: | No Brasil, em 2016, havia 7,84 milhões de hectares plantados com árvores, sendo 14% desta relativa ao segmento de carvão vegetal e siderurgia. O país está entre os maiores produtores de carvão vegetal do mundo. Existem mais de 120 indústrias que utilizam carvão vegetal no processo de produção de ferro-gusa, de ferro-ligas e de aço, os principais polos de consumo de carvão estão localizados nos estados de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Maranhão e Pará. A cultura do eucalipto nos estados do norte e nordeste do Brasil, como Tocantins, Pará, Maranhão e Piauí, é relativamente nova e tem como limitação a pouca seleção de materiais adaptados as altas temperaturas e ao severo e prolongado período de déficit hídrico. Desta forma, o objetivo desta pesquisa foi estudar os parâmetros e variabilidade genética para a tolerância à seca, determinar a interação genótipos x ambientes e selecionar clones para a tolerância à seca, em testes clonais plantados em dois ambientes no município de Grajaú, estado do Maranhão. Os testes foram plantados em janeiro de 2011, em solos argiloso e arenoso, com 130 clones, sendo 112 provenientes de seleção massal em talhões comerciais plantados com sementes e posteriormente identificadas como E. urophylla, híbrido E. grandis x E. urophylla, E. pellita, E. camaldulensis e E. tereticornis e 18 clones comerciais. Os testes clonais foram implantados no delineamento de blocos casualizados, com uma planta por parcela e 20 repetições. A partir do segundo ano foram medidos anualmente diâmetro à altura do peito (DAP, 1,30 m), altura total e estimado volume de madeira por árvore. Os parâmetros genéticos foram estimados com base no procedimento REML/BLUP. Os resultados mostraram que os clones de eucalipto estudados apresentaram alta variabilidade para a tolerância à seca. O teste da razão de verossimilhança (LRT) foi significativo a 5% para clones e para a interação clone x local. As estimativas das herdabilidades de aproximadamente 0,8, foram altas para as características de crescimento, assim como as acurácias na seleção dos clones (70% para a altura e 80% para DAP e volume). Houve interação simples entre genótipos x ambientes para os clones, nas condições de variação de solo. A alta restrição de água no solo não permitiu maiores diferenças de produtividade dos clones nos diferentes ambientes. Observações de sobrevivência e qualidade em campo foram feitas para a seleção dos melhores clones em função da alta mortalidade nos testes. Os seis melhores clones (1, 3, 4, 10, 30 e 35) apresentam tipicidade fenotípica de E. camaldulensis e foram indicados para plantios em escala pré-operacional ou testes em maior escala. Houve diferença na seleção pela análise individual e pela interação genótipos x ambientes. A seleção dos melhores clones com base apenas na análise individual poderia ser errada ou excluir clones importantes. |
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No Brasil, em 2016, havia 7,84 milhões de hectares plantados com árvores, sendo 14% desta relativa ao segmento de carvão vegetal e siderurgia. O país está entre os maiores produtores de carvão vegetal do mundo. Existem mais de 120 indústrias que utilizam carvão vegetal no processo de produção de ferro-gusa, de ferro-ligas e de aço, os principais polos de consumo de carvão estão localizados nos estados de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Maranhão e Pará. A cultura do eucalipto nos estados do norte e nordeste do Brasil, como Tocantins, Pará, Maranhão e Piauí, é relativamente nova e tem como limitação a pouca seleção de materiais adaptados as altas temperaturas e ao severo e prolongado período de déficit hídrico. Desta forma, o objetivo desta pesquisa foi estudar os parâmetros e variabilidade genética para a tolerância à seca, determinar a interação genótipos x ambientes e selecionar clones para a tolerância à seca, em testes clonais plantados em dois ambientes no município de Grajaú, estado do Maranhão. Os testes foram plantados em janeiro de 2011, em solos argiloso e arenoso, com 130 clones, sendo 112 provenientes de seleção massal em talhões comerciais plantados com sementes e posteriormente identificadas como E. urophylla, híbrido E. grandis x E. urophylla, E. pellita, E. camaldulensis e E. tereticornis e 18 clones comerciais. Os testes clonais foram implantados no delineamento de blocos casualizados, com uma planta por parcela e 20 repetições. A partir do segundo ano foram medidos anualmente diâmetro à altura do peito (DAP, 1,30 m), altura total e estimado volume de madeira por árvore. Os parâmetros genéticos foram estimados com base no procedimento REML/BLUP. Os resultados mostraram que os clones de eucalipto estudados apresentaram alta variabilidade para a tolerância à seca. O teste da razão de verossimilhança (LRT) foi significativo a 5% para clones e para a interação clone x local. As estimativas das herdabilidades de aproximadamente 0,8, foram altas para as características de crescimento, assim como as acurácias na seleção dos clones (70% para a altura e 80% para DAP e volume). Houve interação simples entre genótipos x ambientes para os clones, nas condições de variação de solo. A alta restrição de água no solo não permitiu maiores diferenças de produtividade dos clones nos diferentes ambientes. Observações de sobrevivência e qualidade em campo foram feitas para a seleção dos melhores clones em função da alta mortalidade nos testes. Os seis melhores clones (1, 3, 4, 10, 30 e 35) apresentam tipicidade fenotípica de E. camaldulensis e foram indicados para plantios em escala pré-operacional ou testes em maior escala. Houve diferença na seleção pela análise individual e pela interação genótipos x ambientes. A seleção dos melhores clones com base apenas na análise individual poderia ser errada ou excluir clones importantes. |
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