Um estudo de caso do comportamento agressivo em crianças com idades entre 1,5 a 3 anos de uma escola de educação infantil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Naliati, Aline Martins
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/192970
Resumo: A manifestação do comportamento agressivo em crianças bem pequenas é um dos desafios com o qual a escola de Educação Infantil se depara e tem sido uma fonte de preocupação de pais, de educadores e da sociedade em geral. Essa agressividade é observada cada vez mais entre as crianças e começa a se manifestar através do choro, de gritos, de chutes, de empurrões, de mordidas, de beliscões, do bater, entre outros. O período crítico é a primeira infância, pois é nessa fase que surgem os problemas de comportamento, entretanto, é nessa etapa do desenvolvimento infantil que as intervenções mostram-se mais eficazes quando planejadas de acordo com a realidade da escola, dos profissionais e das famílias. Há várias teorias procurando explicar e compreender essa conduta, e consideramos que exista uma multiplicidade de fatores envolvidos na sua origem e manutenção, que envolvem componentes biológicos, psicológicos e sociais. Particularmente, o foco da pesquisa é o desenvolvimento sociomoral da criança, pois o convívio sem agressões entre as pessoas deve ser pensado e praticado já na Educação Infantil. Nessa perspectiva, o objetivo desta pesquisa é descrever as formas de manifestações do comportamento agressivo em um agrupamento de crianças com idades entre 1,5 a 3 anos, situadas no berçário II de uma escola municipal de Educação Infantil localizada na cidade de São José do Rio Preto, no noroeste paulista. Esta pesquisa é de cunho quanti-qualitativo, a qual utilizou-se de observação para fazer um levantamento das manifestações de agressividade por dez dias e, posteriormente, foi realizada a quantificação dessas condutas. Os resultados apontaram que os comportamentos agressivos originaram-se por disputa de brinquedos, como defesa, em prol de algo (proativo), em reação a algo (reativo), por exploração, por uma necessidade fisiológica, por medo, por acidente e por estresse. Os comportamentos agressivos mais presentes durante a coleta dos dados foram o choro, o bater, o empurrar, o gritar e o beliscar, e o espaço onde houve uma frequência maior de casos foi a sala de aula. Buscou-se discutir a importância desses comportamentos para a reflexão sobre o processo de constituição do sujeito, além da relevância do processo formativo e socializante de crianças bem pequenas nas escolas de Educação Infantil. Consideramos que os resultados desta pesquisa podem oferecer aos profissionais que trabalham nas escolas de Educação Infantil a oportunidades de entendimento e de discussão de aspectos relacionados à agressividade das crianças na primeira infância.
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O período crítico é a primeira infância, pois é nessa fase que surgem os problemas de comportamento, entretanto, é nessa etapa do desenvolvimento infantil que as intervenções mostram-se mais eficazes quando planejadas de acordo com a realidade da escola, dos profissionais e das famílias. Há várias teorias procurando explicar e compreender essa conduta, e consideramos que exista uma multiplicidade de fatores envolvidos na sua origem e manutenção, que envolvem componentes biológicos, psicológicos e sociais. Particularmente, o foco da pesquisa é o desenvolvimento sociomoral da criança, pois o convívio sem agressões entre as pessoas deve ser pensado e praticado já na Educação Infantil. Nessa perspectiva, o objetivo desta pesquisa é descrever as formas de manifestações do comportamento agressivo em um agrupamento de crianças com idades entre 1,5 a 3 anos, situadas no berçário II de uma escola municipal de Educação Infantil localizada na cidade de São José do Rio Preto, no noroeste paulista. Esta pesquisa é de cunho quanti-qualitativo, a qual utilizou-se de observação para fazer um levantamento das manifestações de agressividade por dez dias e, posteriormente, foi realizada a quantificação dessas condutas. Os resultados apontaram que os comportamentos agressivos originaram-se por disputa de brinquedos, como defesa, em prol de algo (proativo), em reação a algo (reativo), por exploração, por uma necessidade fisiológica, por medo, por acidente e por estresse. Os comportamentos agressivos mais presentes durante a coleta dos dados foram o choro, o bater, o empurrar, o gritar e o beliscar, e o espaço onde houve uma frequência maior de casos foi a sala de aula. Buscou-se discutir a importância desses comportamentos para a reflexão sobre o processo de constituição do sujeito, além da relevância do processo formativo e socializante de crianças bem pequenas nas escolas de Educação Infantil. Consideramos que os resultados desta pesquisa podem oferecer aos profissionais que trabalham nas escolas de Educação Infantil a oportunidades de entendimento e de discussão de aspectos relacionados à agressividade das crianças na primeira infância.The expression of aggressive behavior in small children is one of the faced by the nursery school and it has been a source of concern for parents, educators, and general society. This aggressiveness is increasingly observed among children and begins through crying, screaming, kicking, pushing, biting, pinching, hitting, among others. The early childhood is a critical period, since it is at this age when behavior problems arise. However, it is at this stage of child development that interventions are most effective when planned according to the reality of schools, professionals and families. There are several theories attempting to explain and comprehend this conduct, and we consider that there is a multiplicity of factors involved in its origin and maintenance, which involve biological, psychological and social components. Particularly the focus of this research is the child's socio-moral development, since the coexistence without aggression between people must be thought and practiced already in early childhood education. In this perspective, the objective of this research is to describe the forms of expressions of aggressive behavior in a group of children aged between 1.5 to 3 years old attending Nursery II at a municipal nursery school located in the city of Sao Jose do Rio Preto, northwest of Sao Paulo, Brazil. This is a quanti-qualitative research that conduct a survey by observing expressions of aggressiveness for ten days, and then the quantification of these behaviors was carried out. The results showed that the aggressive behaviors originated by dispute of toys, as defense, in favor of something (proactive), in reaction to something (reactive), by exploration, a physiological need, fear, accident and stress. The aggressive behaviors that were most present during survey were crying, hitting, pushing, shouting and pinching, and the space where there was a higher frequency of cases was the classroom. It was sought to discuss the importance of these behaviors for reflection on the process of constitution of the subject, in addition to the relevance of the formative and socializing process of very young children in nursery schools. We believe that the results of this research may offer professionals who work in early childhood education opportunities to understand and discuss aspects related to the aggressiveness of children in early childhood.Universidade Estadual Paulista (Unesp)Martins, Raul Aragão [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Naliati, Aline Martins2020-07-15T19:51:22Z2020-07-15T19:51:22Z2020-06-02info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/19297033004153078P484983472397015590000-0001-6495-731Xporinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-12-03T06:11:34Zoai:repositorio.unesp.br:11449/192970Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T19:21:37.180518Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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