Avaliação da orbitopatia de graves por tomografia de coerência óptica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/236379 |
Resumo: | Introdução: A orbitopatia de Graves (OG) ou oftalmopatia associada à tireoide é uma doença inflamatória autoimune do tecido orbitário, que pode causar perda permanente da visão por neuropatia óptica em 3 a 7% dos pacientes. A tomografia de coerência óptica (OCT), tecnologia de imagem de alta resolução, não invasiva, pode identificar sinais de neuropatia distireoidiana subclínica na camada de fibras nervosas da retina (CFNR) peripapilar e no complexo de células ganglionares da mácula. O diagnóstico precoce de alterações retinianas e do nervo óptico na OG é essencial para prevenir a cegueira pela doença. Objetivos: avaliar sinais precoces de neuropatia óptica através da quantificação da espessura da camada de fibras nervosas da retina na região peripapilar (CFNRp) e da espessura central da mácula em indivíduos com e sem orbitopatia de Graves, correlacionando estes parâmetros com a gravidade da doença orbitária. Casuística e Métodos: estudo transversal, realizado no período de outubro de 2020 a julho de 2021 no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB). Foram incluídos pacientes com OG em diversos estágios da doença e indivíduos saudáveis que serviram de controle. Os pacientes com OG foram submetidos ao exame oftalmológico completo e classificados quanto à atividade da doença pelo clinical activity score (CAS), e à gravidade, pelo critério do European Group on Graves’ Orbitopathy (EUGOGO). A espessura da CFNR e da mácula foi avaliada por OCT de domínio espectral. Resultados: Foram avaliados 45 pacientes (89 olhos) no grupo com OG (GOG) e 29 indivíduos (58 olhos) no grupo controle (GC). Não houve diferença estatística entre os grupos quanto às características demográficas e comorbidades (p>0,05%). Os valores de exoftalmometria foram maiores no GOG (p<0,05%). Pelo CAS, 93,3% dos pacientes estavam na fase inativa da OG. Pelo EUGOGO, 27% tinham OG leve, 66% OG moderada a grave e 7% doença muito grave. A análise tomográfica mostrou redução estatisticamente significativa da espessura média da CFNR peripapilar no quadrante temporal, no grupo GOG (p<0,05). No entanto, não houve diferença na análise da espessura peripapilar total (que incluiu os quatro quadrantes). Houve forte associação entre o nível de gravidade e a redução da espessura da CFNR peripapilar (p<0,001), com exceção do quadrante nasal, onde a redução não foi estatisticamente significativa. A avaliação da região macular não mostrou diferenças entre os grupos e a correlação com a gravidade, mostrou redução gradual da espessura nos estágios mais avançados, porém sem relevância estatística. Conclusões: Estes resultados sugerem que a OCT pode ser uma ferramenta útil na detecção de alterações precoces na CFNR peripapilar em pacientes com OG, mesmo quando a neuropatia ainda não é detectável clinicamente, e a redução mais acentuada é identificada em indivíduos mais graves. |
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Avaliação da orbitopatia de graves por tomografia de coerência ópticaDetection of dysthyroid optic neuropathy by optical coherence tomographyOrbitopatia de GravesGlândula tireoideTomografia de coerência ópticaRetinaThyroidIntrodução: A orbitopatia de Graves (OG) ou oftalmopatia associada à tireoide é uma doença inflamatória autoimune do tecido orbitário, que pode causar perda permanente da visão por neuropatia óptica em 3 a 7% dos pacientes. A tomografia de coerência óptica (OCT), tecnologia de imagem de alta resolução, não invasiva, pode identificar sinais de neuropatia distireoidiana subclínica na camada de fibras nervosas da retina (CFNR) peripapilar e no complexo de células ganglionares da mácula. O diagnóstico precoce de alterações retinianas e do nervo óptico na OG é essencial para prevenir a cegueira pela doença. Objetivos: avaliar sinais precoces de neuropatia óptica através da quantificação da espessura da camada de fibras nervosas da retina na região peripapilar (CFNRp) e da espessura central da mácula em indivíduos com e sem orbitopatia de Graves, correlacionando estes parâmetros com a gravidade da doença orbitária. Casuística e Métodos: estudo transversal, realizado no período de outubro de 2020 a julho de 2021 no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB). Foram incluídos pacientes com OG em diversos estágios da doença e indivíduos saudáveis que serviram de controle. Os pacientes com OG foram submetidos ao exame oftalmológico completo e classificados quanto à atividade da doença pelo clinical activity score (CAS), e à gravidade, pelo critério do European Group on Graves’ Orbitopathy (EUGOGO). A espessura da CFNR e da mácula foi avaliada por OCT de domínio espectral. Resultados: Foram avaliados 45 pacientes (89 olhos) no grupo com OG (GOG) e 29 indivíduos (58 olhos) no grupo controle (GC). Não houve diferença estatística entre os grupos quanto às características demográficas e comorbidades (p>0,05%). Os valores de exoftalmometria foram maiores no GOG (p<0,05%). Pelo CAS, 93,3% dos pacientes estavam na fase inativa da OG. Pelo EUGOGO, 27% tinham OG leve, 66% OG moderada a grave e 7% doença muito grave. A análise tomográfica mostrou redução estatisticamente significativa da espessura média da CFNR peripapilar no quadrante temporal, no grupo GOG (p<0,05). No entanto, não houve diferença na análise da espessura peripapilar total (que incluiu os quatro quadrantes). Houve forte associação entre o nível de gravidade e a redução da espessura da CFNR peripapilar (p<0,001), com exceção do quadrante nasal, onde a redução não foi estatisticamente significativa. A avaliação da região macular não mostrou diferenças entre os grupos e a correlação com a gravidade, mostrou redução gradual da espessura nos estágios mais avançados, porém sem relevância estatística. Conclusões: Estes resultados sugerem que a OCT pode ser uma ferramenta útil na detecção de alterações precoces na CFNR peripapilar em pacientes com OG, mesmo quando a neuropatia ainda não é detectável clinicamente, e a redução mais acentuada é identificada em indivíduos mais graves.Background: Graves' orbitopathy (GO) or thyroid-associated ophthalmopathy is an autoimmune inflammatory disease of the orbital tissue, which can cause permanent vision loss due to optic neuropathy in 3 to 7% of patients. Optical coherence tomography (OCT), a high-resolution, non-invasive imaging technology, can identify subclinical dysthyroid neuropathy in the peripapillary retinal nerve fiber layer (RNFL) and the macular ganglion cell complex. Early diagnosis of retinal and optic nerve changes in GO is essential to prevent blindness from the disease. Objectives: To evaluate early signs of optic neuropathy through peripapillary RNFL and macular region thickness measurement in patients with and without GO and to correlate these parameters with the severity of the orbital disease. Methods: A cross-sectional study was carried out from October 2020 to July 2021 at the Clinical Hospital of Botucatu Medical School (HCFMB). Patients with GO at different stages of the disease and healthy individuals who served as controls were included. Patients with GO underwent a complete ophthalmological examination and were classified as to disease activity by the clinical activity score (CAS) and severity, by the criteria of the European Group on Graves' Orbitopathy (EUGOGO). RNFL and macula thickness were assessed by spectral-domain OCT. Results: 45 patients (89 eyes) in the GO group (GOG) and 29 subjects (58 eyes) in the control group (CG) were evaluated. There was no statistical difference between the groups regarding demographic characteristics and comorbidities (p>0.05%). Exophthalmometry values were higher in GOG (p<0.05%). According to CAS, 93.3% of patients were in the inactive phase of GO. According to EUGOGO, 27% had mild GO, 66% had moderate to severe GO, and 7% had very severe disease. Tomographic analysis showed a statistically significant reduction in the mean peripapillary RNFL thickness in the temporal quadrant in the GOG group (p<0.05). However, there was no difference in the analysis of total peripapillary thickness (which included the four quadrants). There was a strong association between the severity level and the reduction in peripapillary RNFL thickness (p<0.001), except in the nasal quadrant, where the decline was not statistically significant. The evaluation of the macular region showed no differences between the groups, and the correlation with severity showed a gradual reduction in thickness in the most advanced stages but without statistical relevance. Conclusions: These results suggest that OCT can be a valuable tool in detecting early changes in peripapillary RNFL in patients with GO, even when neuropathy is not yet clinically detectable. Furthermore, a more critical reduction was seen in severe forms of orbital disease.Universidade Estadual Paulista (Unesp)Jorge, Eliane Chaves [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Andrade, Alisson Lima2022-08-31T13:50:39Z2022-08-31T13:50:39Z2022-07-12info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/23637933004064088P4porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-09-03T18:52:11Zoai:repositorio.unesp.br:11449/236379Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestrepositoriounesp@unesp.bropendoar:29462024-09-03T18:52:11Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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