O emprego da escrita epistolar como ferramenta pedagógica na alfabetização de adultos

• Autor(a) principal: Carrochano, Fernanda [UNESP]
• Data de Publicação: 2005
• Outros Autores: Camargo, Maria Rosa Rodrigues Martins de [UNESP]
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: http://www.unesp.br/proex/programas/pcct_3congresso.php; http://hdl.handle.net/11449/143716

Este trabalho refere-se a uma experiência vivenciada no segundo semestre de 2003 numa turma de educandos adultos do Projeto de Educação de Jovens e Adultos (PEJA/PROEX) do campus de Rio Claro. O projeto visa atender sujeitos que ficaram à margem da escolarização básica, contribuir para a formação de educadores e sistematizar elementos que contribuam para a construção de metodologias de ensino e para a discussão em políticas públicas. O trabalho foi realizado na turma do DAAE (Departamento Autônomo de Água e Esgoto) a qual é composta por homens, funcionários desta empresa, que visam à certificação do Ensino Fundamental. Neste trabalho relatamos e analisamos atividades de leitura e discussão de textos diversos e sua contribuição para a escrita de cartas. conhecer, através de atividades de leitura, os diferentes tipos de textos enfocando, especialmente, o estudo de sua estrutura textual e gramatical, visando ampliar o trabalho de escrita de cartas. Lembramos que a escrita de cartas é recorrente como produção de texto em provas de certificação e como prática cultural entre adultos pouco escolarizados. realizamos um trabalho com leitura e discussão de textos literários (fábulas, poesias, contos e textos jornalísticos) no qual verificamos a estrutura dos mesmos. Em seguida, solicitamos que produzissem um texto na modalidade de carta. Cabe ressaltar que esta atividade ocorreu antes de uma explicação sobre a estrutura da carta, pois assim poderíamos identificar alguns conhecimentos e dificuldades dos educandos para, a partir destas informações, elaborar as atividades de ensino seguintes. Os educandos releram individualmente as cartas produzidas registrando os possíveis erros fazendo, em seguida, a socialização e discussão dos erros registrados. Durante a discussão, recorremos ao dicionário para identificar a grafia de algumas palavras. Após esta etapa do trabalho, conversamos sobre a estrutura de uma carta e solicitamos a reescrita da carta anterior. No decorrer das atividades foram escritas outras duas cartas. observamos um aperfeiçoamento quanto à organização textual do conteúdo e quanto aos protocolos formais na produção de uma carta. É importante destacar também que os educandos demonstraram uma melhor compreensão dos textos lidos nas demais disciplinas.