La misma nota, forever e Las biuty queens: travestilidades em trânsito nas narrativas de Iván Monalisa Ojeda
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/11449/254345 http://lattes.cnpq.br/4906543803011970 https://orcid.org/0000-0003-1275-3280 |
Resumo: | Esta tese analisa as obras La misma nota, forever (2014) e Las biuty queens (2019), de Iván Monalisa Ojeda – artista dissidente, imigrante chilena e transgender two-spirit –, focalizando as relações entre subalternidade e escrita enunciadas nas narrativas. O texto de Monalisa Ojeda agrupa, numa linguagem callejera que funde o espanhol e o inglês (spanglish), um conjunto de contos/crônicas em primeira pessoa, girando em torno das experiências de travestis-locas-prostitutas nos Estados Unidos, em fins do século XX e início do século XXI, flagrando os processos de gentrificação dos bairros nova-iorquinos, as políticas de controle e regulação de imigrantes “ilegais”, além da organização de uma comunidade travesti-loca reivindicando direitos e expressão. A partir das perspectivas dos estudos decoloniais e da analítica cuir, este trabalho opera com os conceitos “colonialidade do poder” (QUIJANO, 2000; MIGNOLO, 2003; GROSFOGUEL, 2008), “colonialidade de gênero” (LUGONES, 2008; SEGATO, 2012), “literatura menor” (DELEUZE; GUATTARI, 2017), “contrassexualidade” (PRECIADO, 2014), “transloca” e “loca” (LA FOUNTAIN-STOKES, 2014, 2021), “perfomatividade” e “assembleia” (BUTLER, 2002, 2003, 2004, 2006, 2019) e “narrativa de comunidade” (ZAGARELL, 1988), as relações possíveis entre o cuir e a decolonialidade (PEREIRA, 2015, 2019; VERGUEIRO, 2016), além de teorias literárias contemporâneas. Argumenta-se que, por meio de uma enunciação urgente de corporeidades estranhadas aos preceitos de organização social e aos discursos oficiais, Monalisa Ojeda articula memórias, precariedades, eroticidades, gozos, violências, desejos e deslocamentos em um ritmo narrativo que condensa mantras, linguagens, dialetos e códigos como signos de desestabilização e resistência a um contexto de exclusão e subalternização. Desse modo, por meio de certos elementos e procedimentos textuais (como a repetição e a oscilação sintática), Monalisa Ojeda esboça um projeto cuir decolonial, pois afronta e desloca a cisheteronormatividade, os estereótipos, as fronteiras entre as línguas, as identidades e os gêneros (gender e genre), perfazendo um espaço minoritário de criação/desejo que possibilita a resistência de um coletivo, de uma comunidade. Os textos, assim, não encenam apenas a construção do arcabouço cultural de um “imaginário travesti-loca em Nova York”, mas inscrevem um processo poético e estético cuja escrita é motor de busca, rememoração e reafirmação política de uma comunidade. |
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La misma nota, forever e Las biuty queens: travestilidades em trânsito nas narrativas de Iván Monalisa OjedaLa misma nota, forever and Las biuty queens: Travestilidades in Transit in the Narratives of Iván Monalisa OjedaLa misma nota, forever y Las biuty queens: travestilidades en tránsito en las narrativas de Iván Monalisa OjedaIván Monalisa OjedaCuir decolonialResistênciaSubalternidadeTravestilidadesCuir decolonialResistenciaSubalternidadDecolonial cuirResistanceSubalternityEsta tese analisa as obras La misma nota, forever (2014) e Las biuty queens (2019), de Iván Monalisa Ojeda – artista dissidente, imigrante chilena e transgender two-spirit –, focalizando as relações entre subalternidade e escrita enunciadas nas narrativas. O texto de Monalisa Ojeda agrupa, numa linguagem callejera que funde o espanhol e o inglês (spanglish), um conjunto de contos/crônicas em primeira pessoa, girando em torno das experiências de travestis-locas-prostitutas nos Estados Unidos, em fins do século XX e início do século XXI, flagrando os processos de gentrificação dos bairros nova-iorquinos, as políticas de controle e regulação de imigrantes “ilegais”, além da organização de uma comunidade travesti-loca reivindicando direitos e expressão. A partir das perspectivas dos estudos decoloniais e da analítica cuir, este trabalho opera com os conceitos “colonialidade do poder” (QUIJANO, 2000; MIGNOLO, 2003; GROSFOGUEL, 2008), “colonialidade de gênero” (LUGONES, 2008; SEGATO, 2012), “literatura menor” (DELEUZE; GUATTARI, 2017), “contrassexualidade” (PRECIADO, 2014), “transloca” e “loca” (LA FOUNTAIN-STOKES, 2014, 2021), “perfomatividade” e “assembleia” (BUTLER, 2002, 2003, 2004, 2006, 2019) e “narrativa de comunidade” (ZAGARELL, 1988), as relações possíveis entre o cuir e a decolonialidade (PEREIRA, 2015, 2019; VERGUEIRO, 2016), além de teorias literárias contemporâneas. Argumenta-se que, por meio de uma enunciação urgente de corporeidades estranhadas aos preceitos de organização social e aos discursos oficiais, Monalisa Ojeda articula memórias, precariedades, eroticidades, gozos, violências, desejos e deslocamentos em um ritmo narrativo que condensa mantras, linguagens, dialetos e códigos como signos de desestabilização e resistência a um contexto de exclusão e subalternização. Desse modo, por meio de certos elementos e procedimentos textuais (como a repetição e a oscilação sintática), Monalisa Ojeda esboça um projeto cuir decolonial, pois afronta e desloca a cisheteronormatividade, os estereótipos, as fronteiras entre as línguas, as identidades e os gêneros (gender e genre), perfazendo um espaço minoritário de criação/desejo que possibilita a resistência de um coletivo, de uma comunidade. Os textos, assim, não encenam apenas a construção do arcabouço cultural de um “imaginário travesti-loca em Nova York”, mas inscrevem um processo poético e estético cuja escrita é motor de busca, rememoração e reafirmação política de uma comunidade.Esta tesis analiza las obras La misma nota, forever (2014) y Las biuty queens (2019), de Iván Monalisa Ojeda – artista disidente, inmigrante chilena y transgender two-spirit –, focalizando las relaciones entre subalternidad y escritura enunciadas en las narrativas. El texto de Monalisa Ojeda agrupa, en un lenguaje callejero que fusiona el español y el inglés (spanglish), un conjunto de cuentos/crónicas en primera persona, girando en torno a las experiencias de travestis locas prostitutas en los Estados Unidos, a finales del siglo XX y principios del siglo XXI, capturando los procesos de gentrificación de los barrios neoyorquinos, las políticas de control y regulación de inmigrantes “ilegales”, además de la organización de una comunidad travesti loca que reclama derechos y expresión. Desde las perspectivas de los estudios decoloniales y la analítica cuir, este trabajo trabaja con los conceptos de “colonialidad del poder” (QUIJANO, 2000; MIGNOLO, 2003; GROSFOGUEL, 2008), “colonialidad de género” (LUGONES, 2008; SEGATO, 2012), “literatura menor” (DELEUZE; GUATTARI, 2017), “contrasexualidad” (PRECIADO, 2014), “transloca” y “loca” (LA FOUNTAIN-STOKES, 2014, 2021), “performatividad” y “asamblea” (BUTLER, 2002, 2003, 2004, 2006, 2019), y “narrativa de comunidade” (ZAGARELL, 1988), explorando las posibles relaciones entre lo cuir y la decolonialidad (PEREIRA, 2015, 2019; VERGUEIRO, 2016), además de teorías literarias contemporáneas. Se argumenta que, a través de una enunciación urgente de corporalidades extrañas a los preceptos de organización social y a los discursos oficiales, Monalisa Ojeda articula memorias, precariedades, erotismos, placeres, violencias, deseos y desplazamientos en un ritmo narrativo que condensa mantras, lenguajes, dialectos y códigos como signos de desestabilización y resistencia a un contexto de exclusión y subalternización. De este modo, a través de ciertos elementos y procedimientos textuales (como la repetición y la oscilación sintáctica), Monalisa Ojeda esboza un proyecto cuir decolonial, ya que desafía y desplaza la cis-heteronormatividad, los estereotipos, las fronteras entre las lenguas, las identidades y los géneros (gender y genre), creando un espacio minoritario de creación/deseo que permite la resistencia de un colectivo, de una comunidad. Los textos, así, no solo representan la construcción del marco cultural de un “imaginario travesti-loca en Nueva York”, sino que inscriben un proceso poético y estético cuya escritura es motor de búsqueda, rememoración y reafirmación política de una comunidad.This thesis examines the works La misma nota, forever (2014) and Las biuty queens (2019) by Iván Monalisa Ojeda – a dissident artist, Chilean immigrant, and transgender two-spirit – focusing on the relationships between subalternity and writing articulated in the narratives. Monalisa Ojeda's text brings together a collection of first-person stories/chronicles in a street language that merges Spanish and English (Spanglish). These narratives revolve around the experiences of travestis-locas-prostitutes in the United States at the end of the 20th century and the beginning of the 21st century, capturing the processes of gentrification in New York neighborhoods, policies for the control and regulation of “ilegal” immigrants, and the organization of a travesti-loca community advocating for rights and expression. Drawing on decolonial studies and cuir analytics, this work operates with the concepts of “coloniality of power” (QUIJANO, 2000; MIGNOLO, 2003; GROSFOGUEL, 2008), “coloniality of gender” (LUGONES, 2008; SEGATO, 2012), “minor literature” (DELEUZE; GUATTARI, 2017), “contrasexuality” (PRECIADO, 2014), “transloca” and “loca” (LA FOUNTAIN-STOKES, 2014, 2021), “performativity” and “assembly” (BUTLER, 2002, 2003, 2004, 2006, 2019), and “narrative of community” (ZAGARELL, 1988), exploring the possible relationships between cuir and decoloniality (PEREIRA, 2015, 2019; VERGUEIRO, 2016), as well as contemporary literary theories. The argument posits that through an urgent enunciation of corporealities estranged from the precepts of social organization and official discourses, Monalisa Ojeda articulates memories, precariousness, eroticisms, pleasures, violence, desires, and displacements in a narrative rhythm that condenses mantras, languages, dialects, and codes as signs of destabilization and resistance to a context of exclusion and subalternization. Thus, through certain textual elements and procedures (such as repetition and syntactic oscillation), Monalisa Ojeda outlines a decolonial cuir project, confronting and displacing cisheteronormativity, stereotypes, language boundaries, identities, and genders (gender and genre), creating a minority space of creation/desire that enables the resistance of a collective, a community. The texts, therefore, not only stage the construction of the cultural framework of an “imaginary travesti-loca in New York” but also inscribe a poetic and aesthetic process whose writing is a driving force for search, remembrance, and political reaffirmation of a community.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)CAPES: 001Universidade Estadual Paulista (Unesp)Nigro, Cláudia Maria Ceneviva [UNESP]Soares, Luiz Henrique Moreira2024-03-20T14:04:23Z2024-03-20T14:04:23Z2024-02-23info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfSOARES, Luiz Henrique Moreira. La misma nota, forever e Las biuty queens: travestilidades em trânsito nas narrativas de Iván Monalisa Ojeda. (Doutorado em Letras ). 2024. 250 f. - Universidade Estadual Paulista (Unesp), Instituto de Biociências Letras e Ciências Exatas (Ibilce), São José do Rio Preto, 2024.https://hdl.handle.net/11449/254345http://lattes.cnpq.br/4906543803011970https://orcid.org/0000-0003-1275-3280porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-03-21T06:03:16Zoai:repositorio.unesp.br:11449/254345Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T15:09:03.229540Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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