Suplementação de β-alanina associada ao HIIT não altera a resposta sérica de BDNF e a função executiva pelo teste de Stroop em indivíduos saudáveis

• Autor(a) principal: Mendonça, Paloma Tavares
• Data de Publicação: 2024
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: https://hdl.handle.net/11449/256009
• topic: Carnosina; Lactato sanguíneo; Função executiva; Carnosine; Blood lactate; Executive function

Função executiva é um aspecto cognitivo crucial que envolve adaptações a novas situações e melhorias na flexibilidade cognitiva. A suplementação de β-alanina associada ao treinamento intermitente de alta intensidade (HIIT) poderia ter resultados benéficos pelo impacto no retardo da fadiga e uma possível atuação da carnosina na função cerebral, intensificando respostas das funções executivas. O objetivo da pesquisa é investigar o impacto de 14 semanas de suplementação de β-alanina e treinamento intermitente de alta intensidade (HIIT) nas concentrações de Brain-Derived Neurotrophic Factor (BDNF) e possíveis desdobramentos nas funções executivas. Para isso, foram recrutados 13 voluntários do sexo masculino, seguindo de forma estratificada e randomicamente divididos em grupo de suplementação de β-alanina (6,4 g⸳dia-1) e placebo (dextrose) por 4 semanas iniciais. Nas 10 semanas subsequentes, iniciou-se o treinamento intermitente de alta intensidade (HIIT) em esteira ergométrica, que consistiu na realização de 10 esforços de 1 minuto a 130% do ponto de compensação respiratório (PCR), com intervalos passivos de 1 minuto entre cada esforço (relação esforço:pausa 1:1). Nos momentos pré e pós cada marco de intervenção [i.e., Baseline; pós suplementação (PÓS I) e pós 10 semanas de treinamento em junção com suplementação (PÓS-II)] foram realizada uma sessão de HIIE com avaliação ergoespirométrica, concentração de lactato sanguíneo e função executiva pelo teste de Stroop. O grupo que realizou a suplementação de β-alanina não apresentou mudanças significantes nas concentrações de BDNF e no desempenho do Teste de Stroop nas comparações realizadas anterior a uma sessão de HIIE após 4 semanas de suplementação isoladamente e 10 semanas de suplementação associada ao treino (p > 0,05). Da mesma forma, não foram observadas alterações significativas durante uma sessão de HIIE (p > 0,05), após as intervenções (p > 0,05). Apesar desses achados, o HIIT demonstrou melhorias nos parâmetros cardiorrespiratórios da intensidade mínima associada ao V̇ O2max – iV̇ O2max (p = 0,01) e PCR (p = 0,01). Concluímos que a suplementação com β-alanina isoladamente ou associada ao HIIT não melhorou as concentrações de BDNF e o desempenho do teste de Stroop.