Cirurgia das fraturas do seio frontal: estudo epidemiológico e análise de técnicas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Montovani, Jair Cortez
Data de Publicação: 2006
Outros Autores: Nogueira, Emanuel Araújo, Ferreira, Fabricio Dominici [UNESP], Lima Neto, Arlindo Cardoso [UNESP], Nakajima, Victor [UNESP]
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://dx.doi.org/10.1590/S0034-72992006000200009
http://hdl.handle.net/11449/29153
Resumo: O trauma do seio frontal não é raro, correspondendo a 8% das fraturas faciais. Pode afetar a lâmina anterior e/ou posterior, com ou sem envolvimento do ducto nasofrontal. Tem alto potencial para complicações e seu manejo ainda é controvertido em algumas situações. OBJETIVO: Apresentar a epidemiologia, o diagnóstico e tratamento clínico e cirúrgico de 24 pacientes com fratura do seio frontal. MATERIAL E MÉTODOS: Estudo retrospectivo, não randomizado, de 24 pacientes com fratura de seio frontal operados no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, São Paulo, Brasil. RESULTADOS: Dos 24 pacientes, 16 tinham fraturas da lâmina externa e 8, da lâmina interna e externa. em 2 casos havia lesão do ducto nasofrontal. Vinte (83,4%) pacientes tiveram fraturas faciais associadas e em 13 (54,2%) foram observadas complicações intracranianas. A incisão em asa de borboleta, abaixo da sobrancelha, foi empregada na maioria dos casos cirúrgicos com bom resultado estético. Fixação dos fragmentos ósseos com diferentes materiais (fio de aço, mononylon, miniplacas de titânio) e, se necessário, reconstrução da tábua anterior com material aloplástico ou osso parietal. CONCLUSÃO: A causa principal das fraturas do seio frontal é acidente com veículos. O tratamento depende de sua complexidade, pois comumente há lesões cranioencefálicas associadas. As técnicas cirúrgicas utilizadas são as incisões, retalho bicoronal ou na sobrancelha, infra-orbital (em asa de borboleta), associadas à cirurgia endoscópica em casos de infecção fístula liquórica e complicações orbitárias.
id UNSP_a366fa674331ac4e8da23cddbd57bf2a
oai_identifier_str oai:repositorio.unesp.br:11449/29153
network_acronym_str UNSP
network_name_str Repositório Institucional da UNESP
repository_id_str 2946
spelling Cirurgia das fraturas do seio frontal: estudo epidemiológico e análise de técnicasSurgery of frontal sinus fractures: epidemiologic study and evaluation of techniquesfratura facialseio frontaltécnicas cirúrgicasfacial fracturefrontal sinussurgical techniquesO trauma do seio frontal não é raro, correspondendo a 8% das fraturas faciais. Pode afetar a lâmina anterior e/ou posterior, com ou sem envolvimento do ducto nasofrontal. Tem alto potencial para complicações e seu manejo ainda é controvertido em algumas situações. OBJETIVO: Apresentar a epidemiologia, o diagnóstico e tratamento clínico e cirúrgico de 24 pacientes com fratura do seio frontal. MATERIAL E MÉTODOS: Estudo retrospectivo, não randomizado, de 24 pacientes com fratura de seio frontal operados no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, São Paulo, Brasil. RESULTADOS: Dos 24 pacientes, 16 tinham fraturas da lâmina externa e 8, da lâmina interna e externa. em 2 casos havia lesão do ducto nasofrontal. Vinte (83,4%) pacientes tiveram fraturas faciais associadas e em 13 (54,2%) foram observadas complicações intracranianas. A incisão em asa de borboleta, abaixo da sobrancelha, foi empregada na maioria dos casos cirúrgicos com bom resultado estético. Fixação dos fragmentos ósseos com diferentes materiais (fio de aço, mononylon, miniplacas de titânio) e, se necessário, reconstrução da tábua anterior com material aloplástico ou osso parietal. CONCLUSÃO: A causa principal das fraturas do seio frontal é acidente com veículos. O tratamento depende de sua complexidade, pois comumente há lesões cranioencefálicas associadas. As técnicas cirúrgicas utilizadas são as incisões, retalho bicoronal ou na sobrancelha, infra-orbital (em asa de borboleta), associadas à cirurgia endoscópica em casos de infecção fístula liquórica e complicações orbitárias.The frontal sinus trauma is not rare and it is 8% of the facial fractures. It can affect the anterior and/or posterior plates, with or without hitting the nasofrontal duct. It has a large potential of complications and its management still being a controversy. OBJECTIVE: To present the casuistic of fractures frontal sinus, the epidemiology and clinical and surgical management of frontal sinus fractures. MATERIALS and METHODS: Not randomized retrospective study of 24 patients with frontal sinus fractures Hospital of Clinics, School of Medicine Botucatu, São Paulo, Brazil. RESULTS: From the 24 patients, we had 16 (66,6%) fractures of the extern plate and 8 (33,4%) of both. In 2 patients the nasofrontal duct was involved. Others facial fractures were associated in 20 (83,4%) cases and major lesions of the cerebral segment were found in 13 (54,2%). Subpalpebral incision was performed in the majority with satisfactory aesthetic results. The basis of the surgical treatment was reduction and fixation with different materials (steel wire, mononylon, titanium miniplates) and if necessary we used alogen implants or parietal bone to reconstruct the anterior plate. CONCLUSION: The principal cause of frontal sinus fractures is crashed car. The management depends of the complexity, because commonly there are cranioencephalic lesions associated. The surgical thecniques used are the incisions, bicoronal flap or brow-glabella, infra-orbital rim (butterfly), associated a endoscopy sinus surgery in cases of infection, cerobrospinal fluid leak and orbital complications.UNESP Faculdade de Medicina de Botucatu Hospital das Clínicas de BotucatuUNESP Faculdade de Medicina de BotucatuUNESP Faculdade de Medicina de Botucatu Hospital das Clínicas de BotucatuUNESP Faculdade de Medicina de BotucatuABORL-CCF Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-FacialUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Montovani, Jair CortezNogueira, Emanuel AraújoFerreira, Fabricio Dominici [UNESP]Lima Neto, Arlindo Cardoso [UNESP]Nakajima, Victor [UNESP]2014-05-20T15:14:20Z2014-05-20T15:14:20Z2006-04-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article204-209application/pdfhttp://dx.doi.org/10.1590/S0034-72992006000200009Revista Brasileira de Otorrinolaringologia. ABORL-CCF Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, v. 72, n. 2, p. 204-209, 2006.0034-7299http://hdl.handle.net/11449/2915310.1590/S0034-72992006000200009S0034-72992006000200009S0034-72992006000200009.pdfSciELOreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporRevista Brasileira de Otorrinolaringologiainfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-01-16T06:27:12Zoai:repositorio.unesp.br:11449/29153Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-01-16T06:27:12Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
dc.title.none.fl_str_mv Cirurgia das fraturas do seio frontal: estudo epidemiológico e análise de técnicas
Surgery of frontal sinus fractures: epidemiologic study and evaluation of techniques
title Cirurgia das fraturas do seio frontal: estudo epidemiológico e análise de técnicas
spellingShingle Cirurgia das fraturas do seio frontal: estudo epidemiológico e análise de técnicas
Montovani, Jair Cortez
fratura facial
seio frontal
técnicas cirúrgicas
facial fracture
frontal sinus
surgical techniques
title_short Cirurgia das fraturas do seio frontal: estudo epidemiológico e análise de técnicas
title_full Cirurgia das fraturas do seio frontal: estudo epidemiológico e análise de técnicas
title_fullStr Cirurgia das fraturas do seio frontal: estudo epidemiológico e análise de técnicas
title_full_unstemmed Cirurgia das fraturas do seio frontal: estudo epidemiológico e análise de técnicas
title_sort Cirurgia das fraturas do seio frontal: estudo epidemiológico e análise de técnicas
author Montovani, Jair Cortez
author_facet Montovani, Jair Cortez
Nogueira, Emanuel Araújo
Ferreira, Fabricio Dominici [UNESP]
Lima Neto, Arlindo Cardoso [UNESP]
Nakajima, Victor [UNESP]
author_role author
author2 Nogueira, Emanuel Araújo
Ferreira, Fabricio Dominici [UNESP]
Lima Neto, Arlindo Cardoso [UNESP]
Nakajima, Victor [UNESP]
author2_role author
author
author
author
dc.contributor.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.contributor.author.fl_str_mv Montovani, Jair Cortez
Nogueira, Emanuel Araújo
Ferreira, Fabricio Dominici [UNESP]
Lima Neto, Arlindo Cardoso [UNESP]
Nakajima, Victor [UNESP]
dc.subject.por.fl_str_mv fratura facial
seio frontal
técnicas cirúrgicas
facial fracture
frontal sinus
surgical techniques
topic fratura facial
seio frontal
técnicas cirúrgicas
facial fracture
frontal sinus
surgical techniques
description O trauma do seio frontal não é raro, correspondendo a 8% das fraturas faciais. Pode afetar a lâmina anterior e/ou posterior, com ou sem envolvimento do ducto nasofrontal. Tem alto potencial para complicações e seu manejo ainda é controvertido em algumas situações. OBJETIVO: Apresentar a epidemiologia, o diagnóstico e tratamento clínico e cirúrgico de 24 pacientes com fratura do seio frontal. MATERIAL E MÉTODOS: Estudo retrospectivo, não randomizado, de 24 pacientes com fratura de seio frontal operados no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, São Paulo, Brasil. RESULTADOS: Dos 24 pacientes, 16 tinham fraturas da lâmina externa e 8, da lâmina interna e externa. em 2 casos havia lesão do ducto nasofrontal. Vinte (83,4%) pacientes tiveram fraturas faciais associadas e em 13 (54,2%) foram observadas complicações intracranianas. A incisão em asa de borboleta, abaixo da sobrancelha, foi empregada na maioria dos casos cirúrgicos com bom resultado estético. Fixação dos fragmentos ósseos com diferentes materiais (fio de aço, mononylon, miniplacas de titânio) e, se necessário, reconstrução da tábua anterior com material aloplástico ou osso parietal. CONCLUSÃO: A causa principal das fraturas do seio frontal é acidente com veículos. O tratamento depende de sua complexidade, pois comumente há lesões cranioencefálicas associadas. As técnicas cirúrgicas utilizadas são as incisões, retalho bicoronal ou na sobrancelha, infra-orbital (em asa de borboleta), associadas à cirurgia endoscópica em casos de infecção fístula liquórica e complicações orbitárias.
publishDate 2006
dc.date.none.fl_str_mv 2006-04-01
2014-05-20T15:14:20Z
2014-05-20T15:14:20Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://dx.doi.org/10.1590/S0034-72992006000200009
Revista Brasileira de Otorrinolaringologia. ABORL-CCF Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, v. 72, n. 2, p. 204-209, 2006.
0034-7299
http://hdl.handle.net/11449/29153
10.1590/S0034-72992006000200009
S0034-72992006000200009
S0034-72992006000200009.pdf
url http://dx.doi.org/10.1590/S0034-72992006000200009
http://hdl.handle.net/11449/29153
identifier_str_mv Revista Brasileira de Otorrinolaringologia. ABORL-CCF Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, v. 72, n. 2, p. 204-209, 2006.
0034-7299
10.1590/S0034-72992006000200009
S0034-72992006000200009
S0034-72992006000200009.pdf
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv Revista Brasileira de Otorrinolaringologia
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 204-209
application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv ABORL-CCF Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial
publisher.none.fl_str_mv ABORL-CCF Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial
dc.source.none.fl_str_mv SciELO
reponame:Repositório Institucional da UNESP
instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron:UNESP
instname_str Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron_str UNESP
institution UNESP
reponame_str Repositório Institucional da UNESP
collection Repositório Institucional da UNESP
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803047346471174145