Estudo retrospectivo de fraturas do seio frontal: avaliação de 16 anos de atendimento na Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto - USP
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58136/tde-01122022-201921/ |
Resumo: | Os traumas faciais têm ocorrido principalmente pelos acidentes de trânsito e agressões físicas, dentre diversas outras etiologias. Atingem todos os ossos da face em diferentes proporções, sendo o osso frontal, ou fratura do seio frontal uma ocorrência de baixo grau de incidência, variando entre 2 e 15% das fraturas faciais, principalmente por apresentar maior resistência as forças externas. O seio frontal não está presente ao nascimento, tem seu desenvolvimento ao longo dos anos através da pneumatização do seio etmoidal até geralmente os 12 a 16 anos de idade. Apresenta uma parede anterior espessa que suporta grandes quantidades de energia, já a parede posterior, que separa o seio frontal das meninges, é fina, fraturas isoladas das paredes ou em associação são possíveis, variando suas ocorrências na literatura. O principal objetivo do tratamento dessa condição é a manutenção do funcionamento fisiológico do seio frontal e sua restaurar sua anatomia, a modalidade do tratamento proposto irá variar de acordo com os achados, como grandes deslocamentos, comunicação com as meninges, alterações do sistema de drenagem, vazamento de líquido cefalorraquidiano e alterações estéticas. O objetivo do trabalho é traçar e avaliar o perfil epidemiológico das fraturas do seio frontal atendidas pela equipe de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Faciais da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto/SP, entre os períodos de 2002 a 2018. Foram avaliadas 9.412 fichas de atendimento referentes a todos os atendimentos da equipe, selecionando 113 com diagnóstico de fratura do seio frontal. A incidência encontrada de fratura do seio frontal foi de 2,5%, com a maioria dos pacientes do sexo masculino, jovens adultos, com os acidentes de trânsito responsável por mais da metade de todos os casos. Em 75,2% dos casos ocorreram associações com demais fraturas da face, o tratamento prevalente foi o cirúrgico com redução e fixação interna (52,2%). Complicações ocorreram em uma proporção compatível com a descrita na literatura, e em algumas situações, com menores incidências. |
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Estudo retrospectivo de fraturas do seio frontal: avaliação de 16 anos de atendimento na Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto - USPRetrospective study of frontal sinus fractures: 16-year evaluation at Ribeirão Preto School of Dentistry - USPEpidemiological studyEstudo epidemiológicoFratura de seio frontalFrontal sinus fractureMaxillofacial traumaTrauma bucomaxilo-facialOs traumas faciais têm ocorrido principalmente pelos acidentes de trânsito e agressões físicas, dentre diversas outras etiologias. Atingem todos os ossos da face em diferentes proporções, sendo o osso frontal, ou fratura do seio frontal uma ocorrência de baixo grau de incidência, variando entre 2 e 15% das fraturas faciais, principalmente por apresentar maior resistência as forças externas. O seio frontal não está presente ao nascimento, tem seu desenvolvimento ao longo dos anos através da pneumatização do seio etmoidal até geralmente os 12 a 16 anos de idade. Apresenta uma parede anterior espessa que suporta grandes quantidades de energia, já a parede posterior, que separa o seio frontal das meninges, é fina, fraturas isoladas das paredes ou em associação são possíveis, variando suas ocorrências na literatura. O principal objetivo do tratamento dessa condição é a manutenção do funcionamento fisiológico do seio frontal e sua restaurar sua anatomia, a modalidade do tratamento proposto irá variar de acordo com os achados, como grandes deslocamentos, comunicação com as meninges, alterações do sistema de drenagem, vazamento de líquido cefalorraquidiano e alterações estéticas. O objetivo do trabalho é traçar e avaliar o perfil epidemiológico das fraturas do seio frontal atendidas pela equipe de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Faciais da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto/SP, entre os períodos de 2002 a 2018. Foram avaliadas 9.412 fichas de atendimento referentes a todos os atendimentos da equipe, selecionando 113 com diagnóstico de fratura do seio frontal. A incidência encontrada de fratura do seio frontal foi de 2,5%, com a maioria dos pacientes do sexo masculino, jovens adultos, com os acidentes de trânsito responsável por mais da metade de todos os casos. Em 75,2% dos casos ocorreram associações com demais fraturas da face, o tratamento prevalente foi o cirúrgico com redução e fixação interna (52,2%). Complicações ocorreram em uma proporção compatível com a descrita na literatura, e em algumas situações, com menores incidências.Facial trauma has mainly occurred due to traffic accidents and physical aggression, among several other etiologies. They affect all facial bones in different proportions, being the frontal bone, or frontal sinus fracture, a low incidence occurrence, varying between 2 and 15% of facial fractures, mainly due to its greater resistance to external forces. The frontal sinus is not present at birth, it develops over the years through pneumatization of the ethmoid sinus until generally 12 to 16 years old. The anterior wall is thick and supports large amounts of energy, whereas the posterior wall, which separates the frontal sinus from the meninges, is thin, isolated fractures of the walls or in association are possible, varying their occurrences in the literature. The main objective of the treatment of this condition is the maintenance of the physiological functioning of the frontal sinus and its restoration to its anatomy. Cerebrospinal fluid leakage and aesthetic changes. The objective of this study is to trace and evaluate the epidemiological profile of frontal sinus fractures attended by the oral and maxillofacial surgery and traumatology team of the Ribeirão Preto School of Dentistry / SP, from 2002 to 2018. A total of 9,412 care forms were evaluated for all the team\'s appointments, selecting 113 with a diagnosis of frontal sinus fracture. The incidence of frontal sinus fracture was found to be 2.5%, with the majority of male patients, young adults, with traffic accidents accounting for more than half of all cases. In 75.2% of the cases there were associations with other facial fractures, the prevalent treatment was surgical with reduction and rigid internal fixation (52.2%). Complications occurred in a proportion compatible with that described in the literature, and in some situations, with lower incidences.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPTrivellato, Alexandre EliasNogueira, Lucas Costa2022-02-14info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58136/tde-01122022-201921/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2022-12-07T15:23:56Zoai:teses.usp.br:tde-01122022-201921Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212022-12-07T15:23:56Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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