Post partum reproductive assessment in lowland Tapir (Tapirus terrestris): a case report

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Cláudio Alvarenga de
Data de Publicação: 2001
Outros Autores: Nogueira, Guilherme de Paula [UNESP], Castro, João Cesar Bedran de [UNESP]
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://dx.doi.org/10.1590/S1413-95962001000600009
http://hdl.handle.net/11449/30321
Resumo: O tapir ou anta, descrito como o maior mamífero terrestre brasileiro, pertence à ordem Perissodactila, subordem Hippomorfa, superfamília Tapiroidea e família Tapiridae. Na floresta úmida está envolvido com a dispersão de sementes em função das características do tubo digestivo. O acompanhamento do ciclo estral permite avaliar e compreender a atividade reprodutiva nas espécies animais. Nos animais silvestres, o estresse da contenção pode interferir na própria ciclicidade gonadal, uma das alternativas é o acompanhamento dos hormônios gonadais nas excretas. Buscamos neste trabalho o acompanhamento periódico da atividade gonadal através da quantificação de progesterona no leite. Utilizamos uma fêmea recém-parida no Zoológico de Araçatuba, da qual colhemos leite, esfregaço vaginal e temperatura retal. A progesterona foi quantificada por radioimunoensaio de fase sólida (Coat-a-Count, DPC®) com curva padrão fornecida pela F.A.O. O ensaio mostrou sensibilidade de 1,25 nmol/l com coeficiente de variação intra-ensaio de 15,36%. Durante a fase de lactação, a fêmea não apresentou níveis detectáveis de progesterona por 158 dias (de novembro a abril). O primeiro pico de produção foi de 2,3 nmol/l e apresentou duração de 5 dias. O segundo pico de 3,54 nmol/l teve uma duração de 23 dias. Setenta e quatro dias após o aparecimento da progesterona no leite a lactação cessou. Podemos concluir que a fêmea de tapir apresentou um período de anestro lactacional de aproximadamente 5 meses e voltou a ciclar no outono (abril) sugerindo pouca influência do fotoperíodo. A quantificação da progesterona no leite mostrou-se útil para o acompanhamento do ciclo estral na espécie, porém a variação da citologia vaginal e temperatura retal não apresentaram correlação com os níveis hormonais.
id UNSP_abd5f64b533457cde5359ccb8e258b6f
oai_identifier_str oai:repositorio.unesp.br:11449/30321
network_acronym_str UNSP
network_name_str Repositório Institucional da UNESP
repository_id_str 2946
spelling Post partum reproductive assessment in lowland Tapir (Tapirus terrestris): a case reportAvaliação reprodutiva pós-parto em Tapir (Tapirus terrestris): relato de casoTapirus terrestrisLeiteProgesteronaReprodução AnimalAntasTapirus terrestrisMilkProgesteroneAnimal reproductionO tapir ou anta, descrito como o maior mamífero terrestre brasileiro, pertence à ordem Perissodactila, subordem Hippomorfa, superfamília Tapiroidea e família Tapiridae. Na floresta úmida está envolvido com a dispersão de sementes em função das características do tubo digestivo. O acompanhamento do ciclo estral permite avaliar e compreender a atividade reprodutiva nas espécies animais. Nos animais silvestres, o estresse da contenção pode interferir na própria ciclicidade gonadal, uma das alternativas é o acompanhamento dos hormônios gonadais nas excretas. Buscamos neste trabalho o acompanhamento periódico da atividade gonadal através da quantificação de progesterona no leite. Utilizamos uma fêmea recém-parida no Zoológico de Araçatuba, da qual colhemos leite, esfregaço vaginal e temperatura retal. A progesterona foi quantificada por radioimunoensaio de fase sólida (Coat-a-Count, DPC®) com curva padrão fornecida pela F.A.O. O ensaio mostrou sensibilidade de 1,25 nmol/l com coeficiente de variação intra-ensaio de 15,36%. Durante a fase de lactação, a fêmea não apresentou níveis detectáveis de progesterona por 158 dias (de novembro a abril). O primeiro pico de produção foi de 2,3 nmol/l e apresentou duração de 5 dias. O segundo pico de 3,54 nmol/l teve uma duração de 23 dias. Setenta e quatro dias após o aparecimento da progesterona no leite a lactação cessou. Podemos concluir que a fêmea de tapir apresentou um período de anestro lactacional de aproximadamente 5 meses e voltou a ciclar no outono (abril) sugerindo pouca influência do fotoperíodo. A quantificação da progesterona no leite mostrou-se útil para o acompanhamento do ciclo estral na espécie, porém a variação da citologia vaginal e temperatura retal não apresentaram correlação com os níveis hormonais.The lowland tapir is the biggest Brazilian terrestrial mammal, which belongs to the order Perissodactyla, suborder Hippomorpha, superfamily Tapiroidea and a member of the family Tapiridae. At tropical forest the tapir is involved with seed dispersal. The knowledge of this wild animal reproductive cycle is one way to help its preservation. The stress due to restrain of captive or free-ranging wild animal in order to sample collection limits endocrine study once it can be hazard for the estrous cycle. One possibility is to quantify gonadal hormones at the excreta. Progesterone milk levels were studied in a tapir housed at the Araçatuba Zoo, in São Paulo, Brazil. Milk samples, vaginal cytology and rectal temperature were collected during lactation. The progesterone was quantified by radioimmunoassay solid phase (Coat-a-Count, DPC®). The standard was supplied by CENA-FAO and the assay showed sensitivity of 1.25 nmol/L with intra-assay variation of 15.36%. During most of the lactation (November to June) the female showed no detectable levels of progesterone. After 158 days (from November to April) it was detected the first progesterone peak with 2.3 nmol/L that lasted for 5 days. The second progesterone peak of 3.54 nmol/L lasted for 23 days. The lactation ceased 74 days after the first milk progesterone surge. This animal showed a prolonged lactational anestrous period (nearly 5 months) and the return of gonadal cycle by fall suggested no positive photo-period influence. The milk progesterone quantification showed to be useful for reproductive cycle evaluation of this animal, although vaginal cytology and temperature fluctuation had no relationship with hormonal levels.Fundação para o Desenvolvimento da UNESP (FUNDUNESP)Universidade de São Paulo Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia Departamento de Reprodução AnimalUniversidade Estadual PaulistaUniversidade Estadual PaulistaUniversidade de São Paulo (USP), Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ)Universidade de São Paulo (USP)Universidade Estadual Paulista (Unesp)OLIVEIRA, Cláudio Alvarenga deNogueira, Guilherme de Paula [UNESP]Castro, João Cesar Bedran de [UNESP]2014-05-20T15:17:06Z2014-05-20T15:17:06Z2001-01-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article290-292application/pdfhttp://dx.doi.org/10.1590/S1413-95962001000600009Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science. Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia / Universidade de São Paulo, v. 38, n. 6, p. 290-292, 2001.1413-9596http://hdl.handle.net/11449/3032110.1590/S1413-95962001000600009S1413-95962001000600009S1413-95962001000600009.pdf3329795767651284SciELOreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPengBrazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science0,225info:eu-repo/semantics/openAccess2023-10-24T06:13:05Zoai:repositorio.unesp.br:11449/30321Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462023-10-24T06:13:05Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
dc.title.none.fl_str_mv Post partum reproductive assessment in lowland Tapir (Tapirus terrestris): a case report
Avaliação reprodutiva pós-parto em Tapir (Tapirus terrestris): relato de caso
title Post partum reproductive assessment in lowland Tapir (Tapirus terrestris): a case report
spellingShingle Post partum reproductive assessment in lowland Tapir (Tapirus terrestris): a case report
OLIVEIRA, Cláudio Alvarenga de
Tapirus terrestris
Leite
Progesterona
Reprodução Animal
Antas
Tapirus terrestris
Milk
Progesterone
Animal reproduction
title_short Post partum reproductive assessment in lowland Tapir (Tapirus terrestris): a case report
title_full Post partum reproductive assessment in lowland Tapir (Tapirus terrestris): a case report
title_fullStr Post partum reproductive assessment in lowland Tapir (Tapirus terrestris): a case report
title_full_unstemmed Post partum reproductive assessment in lowland Tapir (Tapirus terrestris): a case report
title_sort Post partum reproductive assessment in lowland Tapir (Tapirus terrestris): a case report
author OLIVEIRA, Cláudio Alvarenga de
author_facet OLIVEIRA, Cláudio Alvarenga de
Nogueira, Guilherme de Paula [UNESP]
Castro, João Cesar Bedran de [UNESP]
author_role author
author2 Nogueira, Guilherme de Paula [UNESP]
Castro, João Cesar Bedran de [UNESP]
author2_role author
author
dc.contributor.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo (USP)
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.contributor.author.fl_str_mv OLIVEIRA, Cláudio Alvarenga de
Nogueira, Guilherme de Paula [UNESP]
Castro, João Cesar Bedran de [UNESP]
dc.subject.por.fl_str_mv Tapirus terrestris
Leite
Progesterona
Reprodução Animal
Antas
Tapirus terrestris
Milk
Progesterone
Animal reproduction
topic Tapirus terrestris
Leite
Progesterona
Reprodução Animal
Antas
Tapirus terrestris
Milk
Progesterone
Animal reproduction
description O tapir ou anta, descrito como o maior mamífero terrestre brasileiro, pertence à ordem Perissodactila, subordem Hippomorfa, superfamília Tapiroidea e família Tapiridae. Na floresta úmida está envolvido com a dispersão de sementes em função das características do tubo digestivo. O acompanhamento do ciclo estral permite avaliar e compreender a atividade reprodutiva nas espécies animais. Nos animais silvestres, o estresse da contenção pode interferir na própria ciclicidade gonadal, uma das alternativas é o acompanhamento dos hormônios gonadais nas excretas. Buscamos neste trabalho o acompanhamento periódico da atividade gonadal através da quantificação de progesterona no leite. Utilizamos uma fêmea recém-parida no Zoológico de Araçatuba, da qual colhemos leite, esfregaço vaginal e temperatura retal. A progesterona foi quantificada por radioimunoensaio de fase sólida (Coat-a-Count, DPC®) com curva padrão fornecida pela F.A.O. O ensaio mostrou sensibilidade de 1,25 nmol/l com coeficiente de variação intra-ensaio de 15,36%. Durante a fase de lactação, a fêmea não apresentou níveis detectáveis de progesterona por 158 dias (de novembro a abril). O primeiro pico de produção foi de 2,3 nmol/l e apresentou duração de 5 dias. O segundo pico de 3,54 nmol/l teve uma duração de 23 dias. Setenta e quatro dias após o aparecimento da progesterona no leite a lactação cessou. Podemos concluir que a fêmea de tapir apresentou um período de anestro lactacional de aproximadamente 5 meses e voltou a ciclar no outono (abril) sugerindo pouca influência do fotoperíodo. A quantificação da progesterona no leite mostrou-se útil para o acompanhamento do ciclo estral na espécie, porém a variação da citologia vaginal e temperatura retal não apresentaram correlação com os níveis hormonais.
publishDate 2001
dc.date.none.fl_str_mv 2001-01-01
2014-05-20T15:17:06Z
2014-05-20T15:17:06Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://dx.doi.org/10.1590/S1413-95962001000600009
Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science. Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia / Universidade de São Paulo, v. 38, n. 6, p. 290-292, 2001.
1413-9596
http://hdl.handle.net/11449/30321
10.1590/S1413-95962001000600009
S1413-95962001000600009
S1413-95962001000600009.pdf
3329795767651284
url http://dx.doi.org/10.1590/S1413-95962001000600009
http://hdl.handle.net/11449/30321
identifier_str_mv Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science. Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia / Universidade de São Paulo, v. 38, n. 6, p. 290-292, 2001.
1413-9596
10.1590/S1413-95962001000600009
S1413-95962001000600009
S1413-95962001000600009.pdf
3329795767651284
dc.language.iso.fl_str_mv eng
language eng
dc.relation.none.fl_str_mv Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science
0,225
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 290-292
application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo (USP), Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ)
publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo (USP), Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ)
dc.source.none.fl_str_mv SciELO
reponame:Repositório Institucional da UNESP
instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron:UNESP
instname_str Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron_str UNESP
institution UNESP
reponame_str Repositório Institucional da UNESP
collection Repositório Institucional da UNESP
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803046143797493760