Pela manutenção do status quo: análise semiótica do discurso do Movimento Escola sem Partido.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santana, Akysa
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: https://hdl.handle.net/11449/254950
Resumo: Com um discurso que aparenta estar sedimentado na sociedade, haja vista a adesão de suas pautas por parte da população, as teses do Movimento Escola Sem Partido não podem ser compreendidas nelas mesmas. Idealizado em 2004 pelo advogado Francisco Urbano Nagib, esse momento, com a pretensa de afastar a dimensão política do fazer pedagógico, desenvolve mecanismos a fim de regulamentar as atividades docentes dentro das salas de aula, com a justificativa de combater a suposta instrumentalização do sistema educacional para fins de propaganda política e partidária, ideológicos e doutrinários, e assim postula pela neutralidade do ensino. Diante disso, o objetivo desta pesquisa é investigar e analisar os significados discursivos manifestado pelo Escola Sem Partido, através dos conceitos teóricos-metodológicos da semiótica discursiva de linha francesa desenvolvida pelo linguista e filólogo Algirdas Julius Greimas e seus sucessores, a fim de evidenciar como este discurso pretende, acima de tudo, a manutenção do status quo, revelando, dessa forma, seu posicionamento político de viés conservador e antidemocrático. Assim, recorrendo ao percurso gerativo de sentido e a conceitos como os de junção, figurativização, veridicção e outros, examinam-se estratégicas de produção de sentido e convencimento no cartaz-discurso “Deveres do Professor”, para, ao final, evidenciar como o Escola Sem Partido instrumentaliza uma política própria em favor das classes e da ideologia dominante-conservadora, obstando, assim, o potencial transformador da educação.
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