Intervenção psicopedagógica: uma chance de mudar o rumo da história
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2005 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://www.unesp.br/proex/programas/pcct_3congresso.php http://hdl.handle.net/11449/143579 |
Resumo: | Desenvolvemos um trabalho de intervenção psicopedagógica junto aos alunos desprivilegiados economicamente e carentes da cultura acadêmica, matriculados no Centro Vocacional da Criança e do Adolescente de Cândido Mota (SP). Tais indivíduos são amiúde vistos por seus professores como portadores de dificuldades de aprendizagem e de problemas de comportamento. Além disso, entendemos que o domínio da língua escrita é fundamental para o pleno exercício da cidadania. Isto posto, buscamos, com a referida intervenção, atingir os seguintes analisar criticamente o cotidiano escolar e sua influência na produção ou na manutenção das dificuldades de aprendizagem e de comportamento, realizar diagnóstico psicopedagógico e intervenção psicopedagógica junto à clientela atendida, bem como orientar os pais e os familiares de tais indivíduos. com base na teoria do desenvolvimento moral de Jean Piaget e na de Emília Ferreiro sobre o processo de aquisição da língua escrita, inicialmente observamos o cotidiano das crianças na Instituição (como sociabilidade, linguagem, nível de aprendizagem, afetividade e coordenação motora). Em seguida, buscamos interagir com elas, com a finalidade de estabelecer o rapport. Ato contínuo, aplicamos provas psicológicas derivadas do método clínico-crítico piagetiano. De posse das informações, e mediante os resultados das provas psicológicas, desenvolvemos atividades de acordo com o nível de desenvolvimento cognitivo, afetivo e moral dos pacientes. Buscávamos basicamente apresentar situações que fossem potencialmente conflituosas, de tal maneira que a criança se visse obrigada a ativar seus mecanismos internos de equilibração. Com isso, ter-se-ia como resultado o desenvolvimento de novas estruturas cognitivas e morais e, em decorrência, a apresentação de uma nova e mais ampla compreensão do real. Como atividades que levassem a este fim, desenvolvemos ateliês de leitura e de escrita (contos de fada, compra em supermercado, montagem de calendário, elaboração de cartas), de expressão corporal e artística, de matemática e com jogos de regra. apontaram que as crianças deixam de apresentar paulatinamente dificuldades escolares e problemas de comportamento na medida em que são vistas como cidadãs, sendo que o processo de leitura e de escrita passa a ser significativo para elas. Este trabalho nos possibilita argumentar que a extensão universitária, neste caso, constitui um fator de inclusão social já que viabiliza a construção de expectativas acerca de uma vida futura melhor e o exercício pleno da cidadania. Como diz Marilena Chauí, saber ler e escrever possibilita ter acesso à lei que compreende todos os cidadãos brasileiros como, pelo menos no plano formal, sujeitos dos mesmos deveres e direitos. |
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