A perífrase verbal IR+infinitivo e o futuro do dialeto riopretano: um esudo na interface sociolinguística/gramaticalização. -
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/99822 |
Resumo: | O presente trabalho tem como tema central a perífrase verbal ir+infinitivo. Sob o ponto de vista da Gramaticalização, tratamos da formação da perífrase e de sua multifuncionalidade no Português Brasileiro, mais especificamente na variedade falada no interior do Estado de São Paulo. As amostras de fala integram o banco de dados Iboruna. Além da função de futuridade, a perífrase expressa também funções aspectuais, modais e de marcador discursivo, multifuncionalidade decorrente de diferentes estágios de sua gramaticalização. A partir das funções identificadas, relacionamos os graus de gramaticalidade da perífrase com a escala universal de gramaticalização das categorias verbais flexionais do complexo TAM (Tempo, Aspecto, Modo/Modalidade), comprovando a hipótese de que a escala de gramaticalização de ir+infinitivo obedece à ordem “universal” dos morfemas verbais flexionais como postulado em Bybee (1985). Sob o enfoque da Sociolinguística, procedemos ao tratamento variável da expressão de futururidade codificada por [IRPRESENTE INDICATIVO + Infinitivo] vs. [Futuro do Presente], no caso de Futuro do Presente, e por [IRPRETÉRITO IMPERFEITO + Infinitivo] vs. [Futuro do Pretérito], no caso de Futuro do Pretérito. Enquanto a expressão de Futuro do Presente não constitui regra variável na comunidade de fala investigada, visto que a mudança já se instaurou em favor da variante analítica, a expressão de Futuro do Pretérito na forma analítica é condicionada pelos seguintes fatores: estatuto sintático da oração (orações subordinadas), paradigma verbal do verbo principal (verbos regulares), tipo de estado de coisas (estado), tipo de texto (narrativo) e idade do informante (faixa etária mais jovem). Ao final, consideramos que a principal contribuição do trabalho foi a de mostrar o êxito da abordagem de um mesmo fenômeno na interface... |
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A perífrase verbal IR+infinitivo e o futuro do dialeto riopretano: um esudo na interface sociolinguística/gramaticalização. -IR+infinitiveFutureLinguistic variationGrammaticalizationO presente trabalho tem como tema central a perífrase verbal ir+infinitivo. Sob o ponto de vista da Gramaticalização, tratamos da formação da perífrase e de sua multifuncionalidade no Português Brasileiro, mais especificamente na variedade falada no interior do Estado de São Paulo. As amostras de fala integram o banco de dados Iboruna. Além da função de futuridade, a perífrase expressa também funções aspectuais, modais e de marcador discursivo, multifuncionalidade decorrente de diferentes estágios de sua gramaticalização. A partir das funções identificadas, relacionamos os graus de gramaticalidade da perífrase com a escala universal de gramaticalização das categorias verbais flexionais do complexo TAM (Tempo, Aspecto, Modo/Modalidade), comprovando a hipótese de que a escala de gramaticalização de ir+infinitivo obedece à ordem “universal” dos morfemas verbais flexionais como postulado em Bybee (1985). Sob o enfoque da Sociolinguística, procedemos ao tratamento variável da expressão de futururidade codificada por [IRPRESENTE INDICATIVO + Infinitivo] vs. [Futuro do Presente], no caso de Futuro do Presente, e por [IRPRETÉRITO IMPERFEITO + Infinitivo] vs. [Futuro do Pretérito], no caso de Futuro do Pretérito. Enquanto a expressão de Futuro do Presente não constitui regra variável na comunidade de fala investigada, visto que a mudança já se instaurou em favor da variante analítica, a expressão de Futuro do Pretérito na forma analítica é condicionada pelos seguintes fatores: estatuto sintático da oração (orações subordinadas), paradigma verbal do verbo principal (verbos regulares), tipo de estado de coisas (estado), tipo de texto (narrativo) e idade do informante (faixa etária mais jovem). Ao final, consideramos que a principal contribuição do trabalho foi a de mostrar o êxito da abordagem de um mesmo fenômeno na interface...This study focuses on the ir+infinitive verbal periphrasis. From the aspect of Grammaticalization, this study approaches the formation of the periphrasis and its multifunctionality in Brazilian Portuguese language, especially in the variety used in the interior of São Paulo State. The samples of speech integrate the Iboruna database. Besides the function of futurity, the periphrasis also expresses aspectual and modal functions, and acts as discourse marker. This multifunctionality derives from different stages of its grammaticalization. Based on the functions identified, we have related the grammaticality degrees of the periphrasis to the universal scale of grammaticalization of flexional verbal categories of the TAM complex (Time, Aspect, Mode/Modality), proving the hypothesis that the grammaticalization scale of ir+infinitive follows the “universal” order of flexional verbal morphemes, as postulated in Bybee (1985). Under the focus of Sociolinguistics, we proceed to the variable treatment of the expression of futurity encoded by [IRPRESENT INDICATIVE + Infinitive] vs. [Future of Present], in the case of the Future of Present, and by [IRIMPERFECT PRETERITE + Infinitive] vs. [Future of Preterite], in the case of the Future of Preterite. While the expression of the Future of Present does not constitute a variable rule in the speech community investigated – due to the fact that the change has already been established in favor of the analytical variant –, the expression of the Future of Preterite is conditioned by the following factors: syntactic statute of the clause (subordinate clause), verbal paradigm of the main verb (regular verbs), type of state of things (state), type of text (narrative) and age of the informer (youngest age-group). Finally, it is possible to consider that the main contribution of this study was to show the success of approaching the same phenomenon... (Complete abstract click electronic access below)Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Gonçalves, Sebastião Carlos Leite [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Fonseca, Ana Maria Hernandes da [UNESP]2014-06-11T19:30:21Z2014-06-11T19:30:21Z2010-07-13info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis172 f. : il.application/pdfFONSECA, Ana Maria Hernandes da. A perífrase verbal IR+infinitivo e o futuro do dialeto riopretano: um esudo na interface sociolinguística/gramaticalização. -. 2010. 172 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, 2010.http://hdl.handle.net/11449/99822000623055fonseca_amh_me_sjrp.pdf33004153069P5Alephreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-11-26T06:16:00Zoai:repositorio.unesp.br:11449/99822Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T18:48:29.799515Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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O presente trabalho tem como tema central a perífrase verbal ir+infinitivo. Sob o ponto de vista da Gramaticalização, tratamos da formação da perífrase e de sua multifuncionalidade no Português Brasileiro, mais especificamente na variedade falada no interior do Estado de São Paulo. As amostras de fala integram o banco de dados Iboruna. Além da função de futuridade, a perífrase expressa também funções aspectuais, modais e de marcador discursivo, multifuncionalidade decorrente de diferentes estágios de sua gramaticalização. A partir das funções identificadas, relacionamos os graus de gramaticalidade da perífrase com a escala universal de gramaticalização das categorias verbais flexionais do complexo TAM (Tempo, Aspecto, Modo/Modalidade), comprovando a hipótese de que a escala de gramaticalização de ir+infinitivo obedece à ordem “universal” dos morfemas verbais flexionais como postulado em Bybee (1985). Sob o enfoque da Sociolinguística, procedemos ao tratamento variável da expressão de futururidade codificada por [IRPRESENTE INDICATIVO + Infinitivo] vs. [Futuro do Presente], no caso de Futuro do Presente, e por [IRPRETÉRITO IMPERFEITO + Infinitivo] vs. [Futuro do Pretérito], no caso de Futuro do Pretérito. Enquanto a expressão de Futuro do Presente não constitui regra variável na comunidade de fala investigada, visto que a mudança já se instaurou em favor da variante analítica, a expressão de Futuro do Pretérito na forma analítica é condicionada pelos seguintes fatores: estatuto sintático da oração (orações subordinadas), paradigma verbal do verbo principal (verbos regulares), tipo de estado de coisas (estado), tipo de texto (narrativo) e idade do informante (faixa etária mais jovem). Ao final, consideramos que a principal contribuição do trabalho foi a de mostrar o êxito da abordagem de um mesmo fenômeno na interface... |
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