Suscetibilidade para dependência do exercício físico e estados de humor: um estudo com praticantes regulares de corrida de rua

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Luciano, Anderson Ricardo Malmonge Barbosa
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/194246
Resumo: A prática regular de exercícios físicos é frequentemente relacionada à promoção de benefícios aos praticantes. Nas últimas décadas, a corrida de rua se popularizou em todo o mundo e os praticantes em sua maioria são corredores amadores que têm a prática como meio de promoção de qualidade de vida. Dentre os aspectos psicológicos relacionados ao exercitar-se, estudos têm demonstrado que algumas pessoas podem se tornar suscetíveis à “dependência do exercício”, condição na qual o exercício ocupa aspecto central na vida do indivíduo. Com isso, podem ser apresentadas características como: excessos de práticas, lesões, controle de peso, sintomas de abstinência, quando os exercícios não podem ser praticados, e até problemas nos relacionamentos sociais, quando as práticas são exclusivamente priorizadas. Objetivos: Investigar e analisar níveis de suscetibilidade para dependência de corrida e suas relações com volumes de prática do exercício e estados de humor (tensão, depressão, raiva, vigor, fadiga e confusão mental). Método: Pesquisa de natureza quantitativa e transversal, realizada com 761 praticantes regulares de corrida (59,8% do sexo masculino e 40,2% do sexo feminino) que consentiram em participar e responder ao Questionário Sociodemográfico, à Escala de Dependência de Corrida (EDC) e à Escala de Humor de Brunel (BRUMS). O plano de análise dos resultados foi realizado através de estatísticas descritivas (média; desvio padrão; mediana; 1º e 3º quartis; amplitude interquartílica e intervalos de confiança de 95%) e estatísticas inferenciais (Correlação de Spearman e Teste de Kruskal-Wallis). Em todos os testes foram adotados o nível de significância de p<0,05. A amostra foi dividida em três grupos de suscetibilidade para dependência: baixa (37,6%), moderada (36,4%) e alta (26%). Resultados: A resposta “concordo muito” para” A corrida tem influenciado meu estilo de vida” e “No dia em que não corro, sinto que me falta algo” foram as que apresentaram maior grau de correlação com os escores totais da EDC. Escores de dependência também apresentaram correlações positivas com as variáveis de volume de prática (anos de experiência e dias, tempo e quilometragem semanal) e aos fatores de humor de vigor e tensão. As comparações realizadas pelo Teste de Kruskal-Wallis apontaram diferenças significativas entre os grupos, pois maiores níveis de suscetibilidade para dependência apresentaram relação positiva com maiores volumes de prática de corrida e escores de vigor. Conclusões: Indicativos de dependência do exercício se relacionaram positivamente com humor positivo, indicando saúde mental da amostra avaliada. Os achados somam conhecimentos à psicologia do esporte e do exercício no que diz respeito a relação entre suscetibilidade para dependência do exercício e estados de humor de praticantes regulares de corrida.
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spelling Suscetibilidade para dependência do exercício físico e estados de humor: um estudo com praticantes regulares de corrida de ruaSusceptibility to exercise dependence and mood states: a study with regular street runnersCorrida de ruaDependência do exercícioEstados de humorStreet runningExercise dependenceMood statesA prática regular de exercícios físicos é frequentemente relacionada à promoção de benefícios aos praticantes. Nas últimas décadas, a corrida de rua se popularizou em todo o mundo e os praticantes em sua maioria são corredores amadores que têm a prática como meio de promoção de qualidade de vida. Dentre os aspectos psicológicos relacionados ao exercitar-se, estudos têm demonstrado que algumas pessoas podem se tornar suscetíveis à “dependência do exercício”, condição na qual o exercício ocupa aspecto central na vida do indivíduo. Com isso, podem ser apresentadas características como: excessos de práticas, lesões, controle de peso, sintomas de abstinência, quando os exercícios não podem ser praticados, e até problemas nos relacionamentos sociais, quando as práticas são exclusivamente priorizadas. Objetivos: Investigar e analisar níveis de suscetibilidade para dependência de corrida e suas relações com volumes de prática do exercício e estados de humor (tensão, depressão, raiva, vigor, fadiga e confusão mental). Método: Pesquisa de natureza quantitativa e transversal, realizada com 761 praticantes regulares de corrida (59,8% do sexo masculino e 40,2% do sexo feminino) que consentiram em participar e responder ao Questionário Sociodemográfico, à Escala de Dependência de Corrida (EDC) e à Escala de Humor de Brunel (BRUMS). O plano de análise dos resultados foi realizado através de estatísticas descritivas (média; desvio padrão; mediana; 1º e 3º quartis; amplitude interquartílica e intervalos de confiança de 95%) e estatísticas inferenciais (Correlação de Spearman e Teste de Kruskal-Wallis). Em todos os testes foram adotados o nível de significância de p<0,05. A amostra foi dividida em três grupos de suscetibilidade para dependência: baixa (37,6%), moderada (36,4%) e alta (26%). Resultados: A resposta “concordo muito” para” A corrida tem influenciado meu estilo de vida” e “No dia em que não corro, sinto que me falta algo” foram as que apresentaram maior grau de correlação com os escores totais da EDC. Escores de dependência também apresentaram correlações positivas com as variáveis de volume de prática (anos de experiência e dias, tempo e quilometragem semanal) e aos fatores de humor de vigor e tensão. As comparações realizadas pelo Teste de Kruskal-Wallis apontaram diferenças significativas entre os grupos, pois maiores níveis de suscetibilidade para dependência apresentaram relação positiva com maiores volumes de prática de corrida e escores de vigor. Conclusões: Indicativos de dependência do exercício se relacionaram positivamente com humor positivo, indicando saúde mental da amostra avaliada. Os achados somam conhecimentos à psicologia do esporte e do exercício no que diz respeito a relação entre suscetibilidade para dependência do exercício e estados de humor de praticantes regulares de corrida.The regular practice of physical exercise is often related to promoting benefits to practitioners. Over the last decades, street running has become popular worldwide and most runners are amateur, practicing it have quality of life. Among the psychological aspects related to exercise, studies have shown that some people may become susceptible to “exercise dependence”, a condition in which exercise occupies a central aspect in the individual's life. As a result, characteristics such as: excessive practices, injuries, weight control, withdrawal symptoms, when exercises cannot be practiced, and even social problems, when practices are exclusively prioritized, can be presented. Objectives: To investigate and analyze levels of susceptibility concerning to dependence to street running and their association with volumes of exercise and mood states (tension, depression, anger, vigor, fatigue, and mental confusion). Method: It is a quantitative and transversal research, carried out with 761 regular runners (59.8% male and 40.2% female) who consented to participate and answer the Sociodemographic Questionnaire, Negative Addiction Sale (NAS) and Brunel Mood Scale (BRUMS). The analysis plan of the results was performed using descriptive statistics (mean, standard deviation, median, 1st and 3rd quartiles, interquartile range and 95% confidence intervals), and inferential statistics (Spearman Correlation and Kruskal-Wallis Test). In all tests, significance level of p<0.05 was adopted. The sample was divided into three groups of susceptibility to dependence: low (37.6%), moderate (36.4%), and high (26%). Results: The answer “I strongly agree” for the statements “Running has influenced my lifestyle” and “I feel something is missing when I don't run”, were those which presented the highest degree of correlation with the NAS total scores. In addition, scores of dependences presented positive correlations with the variables of practice volume (years of experience and days, time, and mileage per week), and with mood tension and vigor factors. The comparisons performed by the Kruskal-Wallis Test pointed two meaningful differences between the groups since higher levels of susceptibility to dependence presented positive relation with higher volumes of running practice and vigor scores. Conclusions: Indicators of exercise dependence had a positive connection with positive mood, indicating mental health of the evaluated sample. These findings may contribute to the Psychology of Sport and Exercise concerning to the correlation between susceptibility to exercise dependence and mood states of regular runners.OutraUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Verardi, Carlos Eduardo Lopes [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Luciano, Anderson Ricardo Malmonge Barbosa2020-11-03T20:45:01Z2020-11-03T20:45:01Z2020-09-04info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/19424633004056085P0porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-12-05T06:21:42Zoai:repositorio.unesp.br:11449/194246Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T19:35:00.151575Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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