O zoológico existencialista de Edward Albee

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Leite, André Luiz [UNESP]
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/91594
Resumo: A obra de arte dramática, diferentemente de outras formas artístico-literárias, é a que de forma mais prática e imediata estabelece uma relação entre seu realizador e o público ao qual ela é destinada. Contudo, o drama moderno, produzido a partir do final do século XIX, passou por uma série de crises e adaptações quanto à forma e ao conteúdo, decorrentes de várias mudanças ocorridas nos mais diversos setores da sociedade. Edward Albee é um dos maiores dramaturgos norte-americanos da segunda metade do séc. XX. Seguindo uma tradição que produziria grandes talentos como Eugene O'Neill, Tennessee Williams e Arthur Miller, o novo autor surge em 1958 com seu texto, The Zoo Story, associado ao Teatro do Absurdo. A peça de forma minimalista põe em cena dois bancos de praça e duas personagens: Peter que é a própria personificação do self made man, já que está enjaulado aos ideais e aos valores burgueses de vida, e Jerry o outsider ou o transeunte permanente que não se insere nos padrões, no código moral e de valores socialmente estabelecidos. Entretanto, ou por isso mesmo, possui uma capacidade reflexiva extremamente aguçada. O objetivo é tratar de um aspecto da peça - a questão da absurvidade e da liberdade, como formas de transcender a angústia existencial e a vida sem significado em um contexto destituído de símbolos metafísicos. Analisar-se-ão os elementos relacionados a estes tópicos bem como o modo que servem de instrumento para o esvaziamento da ideologia burguesa, que culmina na crítica ácida que Edward Albee desfere ao American way of life.
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