Interações entre as infecções por Haemonchus contortus e Haemonchus placei em ovinos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Michelle Cardoso dos [UNESP]
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/150397
Resumo: Dois experimentos foram realizados no período de 2013 a 2015, em cordeiros da raça Suffolk, com objetivo de avaliar a dinâmica da infecção mista por Haemonchus contortus e Haemonchus placei em ovinos, bem como a competição e o cruzamento interespecífico com a formação de híbridos. Um cordeiro doador, livre de infecções helmínticas, recebeu infecção artificial oral única com 25.000 larvas infectantes (L3) de H. contortus, isolado de laboratório SpHco2, com múltipla resistência aos anti-helmínticos, enquanto um bezerro doador foi infectado via oral, em dose única, com 25.000 L3 de H. placei, isolado de laboratório SpHpl1, susceptível à ação do levamisol. No primeiro experimento, realizado no ano de 2013, cordeiros mantidos confinados e livres de infecções helmínticas foram inicialmente infectados com 2.000 L3 de H. placei no dia zero e 11 dias depois, os mesmos animais receberam 2.000 L3 de H. contortus (grupo parental, n=6). Coproculturas individuais dos animais do grupo parental foram utilizadas para a produção de L3, as quais foram destinadas à infecção dos animais dos grupos F1 (primeira geração filial), grupos F1-42 DPI (n=6) e F1-84 DPI (n=6), o que permitiu avaliar a produção de híbridos. Todos os animais pertencentes aos grupos: parental, F1-42 DPI e F1-84 DPI, foram eutanasiados aos 50, 42 e 84 dias pós-infecção (DPI), respectivamente, para a identificação e quantificação dos parasitas, a fim de determinar a competição interespecífica e a hibridização. Seis animais, não infectados, foram mantidos como grupo controle. No segundo experimento, desenvolvido no período de 2014 e 2015, cordeiros livres de infecções helmínticas foram infectados com 4.000 L3 de H. placei (n=16) ou com 4.000 L3 de H. contortus (n=16). Os animais foram inicialmente mantidos estabulados, para verificar o estabelecimento das infecções e depois foram alocados nas mesmas pastagens, as quais foram compartilhadas durante 357 dias. Para avaliar a evolução da infecção, dois cordeiros, de cada grupo experimental, foram eutanasiados em Fevereiro de 2014 e as eutanásias posteriores ocorreram a cada três meses, contendo três cordeiros por grupo experimental, com exceção da última eutanásia, em Fevereiro de 2015, na qual os cinco animais remanescentes de cada grupo foram eutanasiados. Animais traçadores, livres de infecções parasitárias, foram colocados na pastagem a cada três meses para avaliação da contaminação da pastagem e das espécies de nematódeos presentes. Em ambos os estudos, os animais eram pesados e nesse mesmo dia amostras de sangue e fezes eram coletadas para as análises laboratoriais. Nos dois estudos os animais foram eutanasiados para a recuperação e identificação dos parasitas. No primeiro experimento, em confinamento, houve estabelecimento da infecção por ambas as espécies, com elevadas contagens de ovos por grama de fezes (OPG). Os parasitas recuperados foram identificados morfologicamente e 2 molecularmente, comprovando o sucesso da infecção. As reações em cadeia da polimerase (PCR) com os oligonucleotídeos iniciadores (primers) espécies-específicos demonstraram a presença de H. contortus e H. placei em todos os grupos experimentais (grupo parental, F1-42 DPI e F1-84 DPI) e de oito híbridos (3,6% do total de parasitas avaliados), os quais foram recuperados dos grupos F1-42 DPI e F1-84 DPI. No segundo experimento também houve estabelecimento da infecção por ambas as espécies, com elevadas contagens de OPG e redução do volume globular nas coletas iniciais. As medidas das L3, bem como as análises morfológicas e moleculares de exemplares adultos, dos animais experimentais e traçadores demonstraram a eliminação da infecção por H. placei ao longo do tempo. Dois helmintos foram classificados como híbridos com a utilização dos mesmos primers espécies-específicos. No último estudo realizado, avaliou-se a mutação no gene da resistência ao levamisol por PCR convencional. Os primers utilizados propiciaram amplificação apenas das amostras oriundas de H. contortus. De 20 exemplares adultos de H. contortus provenientes do cordeiro doador, 85% (n=17) mostraram-se homozigotos resistentes e 15% (n=3), heterozigotos. Dos animais experimentais descritos no experimento 1, foram avaliados 126 exemplares de H. contortus, dos quais 97,6% (n=123) foram classificados como homozigotos resistentes e 2,4% (n=3) como heterozigotos. Em conclusão, demonstramos que ocorreu o estabelecimento de infecções mistas por H. contortus e H. placei em ovinos e, o acasalamento interespecífico pode resultar em descendentes híbridos. Contudo, quando ovinos infectados com H. contortus ou H. placei compartilharam as mesmas pastagens a competição interespecífica promoveu a extinção de H. placei (parasita oriundo de bovinos), com a permanência no rebanho apenas da população de H. contortus, espécie que possui os ovinos como hospedeiro preferencial. Em adição, os pares de primers de resistência ao levamisol não apresentaram bandas de amplificação com as amostras de DNA de exemplares de H. placei, contudo, o isolado de laboratório SpHco2 (H. contortus) apresentou resistência ao levamisol.
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spelling Interações entre as infecções por Haemonchus contortus e Haemonchus placei em ovinosInteraction between Haemonchus contortus and Haemonchus placei in sheepOvino - doençasBiologia molecularHaemonchus contortusNematoidesSistema gastrointestinalInfecçãoDois experimentos foram realizados no período de 2013 a 2015, em cordeiros da raça Suffolk, com objetivo de avaliar a dinâmica da infecção mista por Haemonchus contortus e Haemonchus placei em ovinos, bem como a competição e o cruzamento interespecífico com a formação de híbridos. Um cordeiro doador, livre de infecções helmínticas, recebeu infecção artificial oral única com 25.000 larvas infectantes (L3) de H. contortus, isolado de laboratório SpHco2, com múltipla resistência aos anti-helmínticos, enquanto um bezerro doador foi infectado via oral, em dose única, com 25.000 L3 de H. placei, isolado de laboratório SpHpl1, susceptível à ação do levamisol. No primeiro experimento, realizado no ano de 2013, cordeiros mantidos confinados e livres de infecções helmínticas foram inicialmente infectados com 2.000 L3 de H. placei no dia zero e 11 dias depois, os mesmos animais receberam 2.000 L3 de H. contortus (grupo parental, n=6). Coproculturas individuais dos animais do grupo parental foram utilizadas para a produção de L3, as quais foram destinadas à infecção dos animais dos grupos F1 (primeira geração filial), grupos F1-42 DPI (n=6) e F1-84 DPI (n=6), o que permitiu avaliar a produção de híbridos. Todos os animais pertencentes aos grupos: parental, F1-42 DPI e F1-84 DPI, foram eutanasiados aos 50, 42 e 84 dias pós-infecção (DPI), respectivamente, para a identificação e quantificação dos parasitas, a fim de determinar a competição interespecífica e a hibridização. Seis animais, não infectados, foram mantidos como grupo controle. No segundo experimento, desenvolvido no período de 2014 e 2015, cordeiros livres de infecções helmínticas foram infectados com 4.000 L3 de H. placei (n=16) ou com 4.000 L3 de H. contortus (n=16). Os animais foram inicialmente mantidos estabulados, para verificar o estabelecimento das infecções e depois foram alocados nas mesmas pastagens, as quais foram compartilhadas durante 357 dias. Para avaliar a evolução da infecção, dois cordeiros, de cada grupo experimental, foram eutanasiados em Fevereiro de 2014 e as eutanásias posteriores ocorreram a cada três meses, contendo três cordeiros por grupo experimental, com exceção da última eutanásia, em Fevereiro de 2015, na qual os cinco animais remanescentes de cada grupo foram eutanasiados. Animais traçadores, livres de infecções parasitárias, foram colocados na pastagem a cada três meses para avaliação da contaminação da pastagem e das espécies de nematódeos presentes. Em ambos os estudos, os animais eram pesados e nesse mesmo dia amostras de sangue e fezes eram coletadas para as análises laboratoriais. Nos dois estudos os animais foram eutanasiados para a recuperação e identificação dos parasitas. No primeiro experimento, em confinamento, houve estabelecimento da infecção por ambas as espécies, com elevadas contagens de ovos por grama de fezes (OPG). Os parasitas recuperados foram identificados morfologicamente e 2 molecularmente, comprovando o sucesso da infecção. As reações em cadeia da polimerase (PCR) com os oligonucleotídeos iniciadores (primers) espécies-específicos demonstraram a presença de H. contortus e H. placei em todos os grupos experimentais (grupo parental, F1-42 DPI e F1-84 DPI) e de oito híbridos (3,6% do total de parasitas avaliados), os quais foram recuperados dos grupos F1-42 DPI e F1-84 DPI. No segundo experimento também houve estabelecimento da infecção por ambas as espécies, com elevadas contagens de OPG e redução do volume globular nas coletas iniciais. As medidas das L3, bem como as análises morfológicas e moleculares de exemplares adultos, dos animais experimentais e traçadores demonstraram a eliminação da infecção por H. placei ao longo do tempo. Dois helmintos foram classificados como híbridos com a utilização dos mesmos primers espécies-específicos. No último estudo realizado, avaliou-se a mutação no gene da resistência ao levamisol por PCR convencional. Os primers utilizados propiciaram amplificação apenas das amostras oriundas de H. contortus. De 20 exemplares adultos de H. contortus provenientes do cordeiro doador, 85% (n=17) mostraram-se homozigotos resistentes e 15% (n=3), heterozigotos. Dos animais experimentais descritos no experimento 1, foram avaliados 126 exemplares de H. contortus, dos quais 97,6% (n=123) foram classificados como homozigotos resistentes e 2,4% (n=3) como heterozigotos. Em conclusão, demonstramos que ocorreu o estabelecimento de infecções mistas por H. contortus e H. placei em ovinos e, o acasalamento interespecífico pode resultar em descendentes híbridos. Contudo, quando ovinos infectados com H. contortus ou H. placei compartilharam as mesmas pastagens a competição interespecífica promoveu a extinção de H. placei (parasita oriundo de bovinos), com a permanência no rebanho apenas da população de H. contortus, espécie que possui os ovinos como hospedeiro preferencial. Em adição, os pares de primers de resistência ao levamisol não apresentaram bandas de amplificação com as amostras de DNA de exemplares de H. placei, contudo, o isolado de laboratório SpHco2 (H. contortus) apresentou resistência ao levamisol.Two trials were performed from 2013 until 2015 in Suffolk sheep breed, these studies aimed to evaluate the dynamics of mixed infection by Haemonchus contortus and Haemonchus placei in sheep, as well as interspecific competition and mating with the hybrid production. Initially, one worm-free donor lamb received orally, in a single dose, artificial infection with 25,000 infective larvae (L3) of H. contortus, laboratory isolate SpHco2, while the donor calf was infected orally, in a single dose, with 25,000 of H. placei, laboratory isolate SpHpl1. In the first trial, performed in 2013, worm-free lambs kept indoors received initially 2,000 L3 of H. placei on day zero and, 11 days later the same animals were infected with 2,000 L3 of H. contortus (parental group, n=6). Individual fecal cultures from parental animals were performed and were used to L3 production, which was used to the infection of the animals from F1 group (first filial generation), groups F1-42 DPI (n=6) and F1-84 DPI (n=6), which allowed the hybrid production. All animals from groups: parental, F1-42 DPI and F1-84 DPI were euthanized 50, 42 and 84 days post-infection (DPI), respectively, for the identification and quantification of the parasites in order to determine the interspecific competition and hybridization. Six animals remained as a non-infected control. On the second trial, developed in 2014 and 2015, worm-free lambs were infected with 4,000 L3 of H. placei (n=16) or 4,000 L3 of H. contortus (n=16). These animals were initially kept indoors to confirm the establishment of the infections and then the animals were allocated to the same pastures, which were shared for 357 days. To evaluate the progression of the infection, two animals for each experimental group were euthanized in February 2014 and the subsequent euthanasia occurred every three months, with three animals from each experimental group, except on the last euthanasia, in February 2015 in which the remaining five animals from each group were euthanized. Worm-free tracer animals were introduced in the pasture every three months to evaluate the pasture contamination and nematode species present. In both studies, the animals were weighed and blood and feces samples were collected on the same day to laboratory analysis. In both trials, the animals were euthanized for the parasites recovery and identification. In the first trial, in the feedlot, there was observed the establishment of the infection for both species, with high fecal egg counts (FEC). The parasites recovered were identified by morphological and molecular techniques, proving the success of the infection. Polymerase chain reaction (PCR) reactions with the oligonucleotide (primers) species-specific showed the presence of H. contortus and H. placei in all experimental groups (groups parental, F1-42 DPI and F1-84 DPI) and eight hybrids (3.6% of the total of parasites evaluated), which were recovered from F1-42 DPI and F1-84 DPI groups. In the second trial, there was also the establishment of the infection for both species, with high FEC and low packed cell volume levels in the initial collections. Measurements of the L3 as well as morphological and molecular evaluation of the adult specimens, of the experimental and tracer sheep demonstrate the elimination of the H. placei over time. Two helminths were identified as hybrids using the same species-specific primers. On the last experiment, the mutation for levamisole resistance gene was evaluated by conventional PCR. These primers provided amplification only in H. contortus specimens. Of 20 adult specimens of H. contortus from the donor lamb 85% (n=17) showed homozygous resistant and 15% (n=3), heterozygous. From experimental animals described in trial 1 were evaluated 142 H. contortus specimens and 97.6% (n=123) were homozygous resistant and 2.4% (n=3) as heterozygous. In conclusion, the establishment of mixed infections by H. contortus and H. placei in sheep occurs, and the interspecific mating can produce F1 with hybrids offspring. Nonetheless, when sheep infected with H. contortus and H. placei shared the same pastures, interspecific competition promotes the extinction of H. placei (parasite from cattle) with the presence of only H. contortus, specie that has the sheep as preferred host. In addition, the primers pairs to levamisole resistance did not present amplification bands with DNA samples of H. placei - however, the SpHco2 laboratory isolate (H. contortus) showed molecular resistance to levamisole.Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)FAPESP: 2012/23941-2FAPESP: 2015/12900-1Universidade Estadual Paulista (Unesp)Amarante, Alessandro Francisco Talamini do [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Santos, Michelle Cardoso dos [UNESP]2017-04-25T17:43:47Z2017-04-25T17:43:47Z2017-02-21info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/15039700088459133004064080P3porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-12-13T06:18:33Zoai:repositorio.unesp.br:11449/150397Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T20:13:22.424732Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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Coproculturas individuais dos animais do grupo parental foram utilizadas para a produção de L3, as quais foram destinadas à infecção dos animais dos grupos F1 (primeira geração filial), grupos F1-42 DPI (n=6) e F1-84 DPI (n=6), o que permitiu avaliar a produção de híbridos. Todos os animais pertencentes aos grupos: parental, F1-42 DPI e F1-84 DPI, foram eutanasiados aos 50, 42 e 84 dias pós-infecção (DPI), respectivamente, para a identificação e quantificação dos parasitas, a fim de determinar a competição interespecífica e a hibridização. Seis animais, não infectados, foram mantidos como grupo controle. No segundo experimento, desenvolvido no período de 2014 e 2015, cordeiros livres de infecções helmínticas foram infectados com 4.000 L3 de H. placei (n=16) ou com 4.000 L3 de H. contortus (n=16). Os animais foram inicialmente mantidos estabulados, para verificar o estabelecimento das infecções e depois foram alocados nas mesmas pastagens, as quais foram compartilhadas durante 357 dias. Para avaliar a evolução da infecção, dois cordeiros, de cada grupo experimental, foram eutanasiados em Fevereiro de 2014 e as eutanásias posteriores ocorreram a cada três meses, contendo três cordeiros por grupo experimental, com exceção da última eutanásia, em Fevereiro de 2015, na qual os cinco animais remanescentes de cada grupo foram eutanasiados. Animais traçadores, livres de infecções parasitárias, foram colocados na pastagem a cada três meses para avaliação da contaminação da pastagem e das espécies de nematódeos presentes. Em ambos os estudos, os animais eram pesados e nesse mesmo dia amostras de sangue e fezes eram coletadas para as análises laboratoriais. Nos dois estudos os animais foram eutanasiados para a recuperação e identificação dos parasitas. No primeiro experimento, em confinamento, houve estabelecimento da infecção por ambas as espécies, com elevadas contagens de ovos por grama de fezes (OPG). Os parasitas recuperados foram identificados morfologicamente e 2 molecularmente, comprovando o sucesso da infecção. As reações em cadeia da polimerase (PCR) com os oligonucleotídeos iniciadores (primers) espécies-específicos demonstraram a presença de H. contortus e H. placei em todos os grupos experimentais (grupo parental, F1-42 DPI e F1-84 DPI) e de oito híbridos (3,6% do total de parasitas avaliados), os quais foram recuperados dos grupos F1-42 DPI e F1-84 DPI. No segundo experimento também houve estabelecimento da infecção por ambas as espécies, com elevadas contagens de OPG e redução do volume globular nas coletas iniciais. As medidas das L3, bem como as análises morfológicas e moleculares de exemplares adultos, dos animais experimentais e traçadores demonstraram a eliminação da infecção por H. placei ao longo do tempo. Dois helmintos foram classificados como híbridos com a utilização dos mesmos primers espécies-específicos. No último estudo realizado, avaliou-se a mutação no gene da resistência ao levamisol por PCR convencional. Os primers utilizados propiciaram amplificação apenas das amostras oriundas de H. contortus. De 20 exemplares adultos de H. contortus provenientes do cordeiro doador, 85% (n=17) mostraram-se homozigotos resistentes e 15% (n=3), heterozigotos. Dos animais experimentais descritos no experimento 1, foram avaliados 126 exemplares de H. contortus, dos quais 97,6% (n=123) foram classificados como homozigotos resistentes e 2,4% (n=3) como heterozigotos. Em conclusão, demonstramos que ocorreu o estabelecimento de infecções mistas por H. contortus e H. placei em ovinos e, o acasalamento interespecífico pode resultar em descendentes híbridos. Contudo, quando ovinos infectados com H. contortus ou H. placei compartilharam as mesmas pastagens a competição interespecífica promoveu a extinção de H. placei (parasita oriundo de bovinos), com a permanência no rebanho apenas da população de H. contortus, espécie que possui os ovinos como hospedeiro preferencial. Em adição, os pares de primers de resistência ao levamisol não apresentaram bandas de amplificação com as amostras de DNA de exemplares de H. placei, contudo, o isolado de laboratório SpHco2 (H. contortus) apresentou resistência ao levamisol.
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